Medida é essencial para evitar a evasão de cientistas do país, avalia o presidente do CNPq
Apoio à pesquisa científica no DF (Foto: Divulgação)
Rede Brasil Atual - O presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) está prestes a anunciar reajuste nos valores das bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Trata-se de uma promessa de campanha do petista e antiga reivindicação da ciência nacional. As bolsas estão há uma década sem correção. O aumento deve ser na ordem de 44%, de acordo com o líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR).
“O presidente deve anunciar o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado. Será o primeiro aumento nos últimos 10 anos! Mestrado, de R$ 1.500 para R$ 2.160; doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.168. Viva a ciência”, disse o parlamentar. O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, confirmou a informação, mas não os valores. Ele destacou que a medida é essencial para evitar a evasão de cientistas do país, o que a comunidade científica chama de fuga de cérebros.
Galvão falou sobre o tema nesta segunda-feira (13), durante o Fórum das Sociedades Afiliadas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Ele relatou que, nos últimos seis anos, houve queda drástica nas atividades do órgão. O presidente também destacou que o governo federal assegurou aumento no orçamento das bolsas de R$ 400 milhões para 2023.
As bolsas são prioridade
O presidente da SBPC, o filósofo e professor Renato Janine Ribeiro, por sua vez, celebrou a notícia. “O pesadelo acabou, agora podemos começar a sonhar. Um novo período se abre”, disse, em referência ao fim do governo de Jair Bolsonaro (PL). O filósofo relatou que existem duas prioridades dentro da comunidade científica brasileira. Em primeiro lugar, o reajuste das bolsas de estudos. Em um segundo momento, a recomposição e reestruturação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDTC).
Já a cientista Vanderlan Bolzani, presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), disse este ser “um momento muito especial”. Ela relatou o sentimento de esperança da retomada de políticas de Estado de valorização da ciência. Para isso, ela reforçou que o primeiro passo deve ser o reajuste das bolsas. “As pessoas não conseguem mais viver com as bolsas, é importante que sejam reajustadas o mais rápido possível, porque pesquisa merece investimento”, disse.
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