Chanceler disse que proposta será discutida durante a viagem do presidente Lula à China em março
(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
247 – O chanceler Mauro Vieira afirmou, em entrevista ao jornalista Murillo Camarotto, do Valor, que Brasil e China irão discutir o aprofundamento da parceria estratégica entre os dois países, durante a viagem do presidente Lula ao país asiático, em março. “Além da política, as prioridades são econômicas, na área de ciência e tecnologia, educação, pesquisa. Há mais de dez anos a China é nosso maior parceiro comercial, com grandes investimentos, e um ator imprescindível no mundo”, disse ele. “Vamos discutir com eles a reformulação do Conselho de Segurança, os métodos de trabalho da ONU, uma nova governança global e acordos comerciais que podem surgir. O Brasil tem há quase 40 anos um programa de pesquisas espaciais e construção de satélites de observação da Terra e isso tudo tem que ser adaptado aos requerimentos atuais”, completou.
Vieira também celebrou a volta do Brasil a reuniões do G7. "O Brasil já foi convidado várias vezes para esse diálogo com países do G7, deixou de ser convidado nos últimos anos e agora volta a ser. No momento em que for efetivado o convite, o Brasil participará, sem dúvida nenhuma. Temos contribuições a apresentar. Não tem nada a ver com a posição brasileira no conflito [Rússia-Ucrânia], sobretudo no que diz respeito ao fornecimento de armas, porque nós não nos engajamos nisso, nem com a reforma do Conselho de Segurança da ONU. São assuntos que não se comunicam", pontuou.
Sobre a guerra na Ucrânia, ele reiterou que o Brasil tem posição pacifista. "O presidente tem dito repetidamente que se fala muito em guerra e em armas e que ele gostaria de ouvir mais pessoal falando em buscar a paz. Então, ele sempre se colocou à disposição para que haja um movimento de países e que a contribuição do Brasil seja considerada importante. Se convidado a participar, o Brasil poderia acrescentar a sua voz a países que querem buscar a paz, ou seja, promover uma discussão e uma condição em que se possa falar de paz e não só de guerra", afirmou.
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