Professor afirma que o pesadelo fascista ainda não terminou, mas diz que a democracia deve ser muito celebrada
João Cezar de Castro Rocha, Lula e Bolsonaro (Foto: Reprodução | José Cruz/Agência Brasil | Clauber Cleber Caetano/PR)
247 – O professor João Cezar de Castro Rocha, um dos principais estudiosos sobre a retórica fascista no Brasil, disse, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o pesadelo brasileiro ainda não acabou, mas ressalta a importância de celebrarmos a vitória da democracia sobre o fascismo. "A vitória de Lula foi a maior derrota da extrema direita no século 21", diz ele. "Vamos começar a celebrar. O que aconteceria com a Amazônia com mais quatro anos de Bolsonaro?", questiona.
João Cezar também diz que o ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a representação da frente ampla. Ele também afirma que é possível resgatar quem foi sequestrado pela midiosfera bolsonarista, mas diz que as instituições devem reagir à altura do desafio. "Bolsonaro e o ministro da Justiça foram cúmplices do terrorismo. Bolsonaro é o responsável intelectual pelo terrorismo", afirma. "Sempre houve antipetismo programado pela elite. Mas o ódio ao Lula era completamente antinatural", acrescenta.
"CAC laranja"
João Cezar também afirma que Jair Bolsonaro armou criminosos e terroristas. "Bolsonaro criou o CAC laranja", diz ele, sobre personagens que compram armamentos para grandes organizações criminosas. "Não ficaria surpreso se descobrirmos as digitais do general Heleno no terrorismo, mas infelizmente não vejo militares sendo presos no Brasil", aponta. "A extrema direita avança porque compreendeu de maneira perversa que cultura é o sal da terra. Não devemos controlar conteúdo, mas impedir a monetização de conteúdo extremista", finaliza.
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