"Reconstruir o Brasil será um desafio de proporções imensas – mas pode ser apenas a luta para a qual Lula passou toda a sua carreira se preparando", diz a revista
Lula na capa da World Finance (Foto: Reprodução)
247 - "Bem-vindo de volta ao palco mundial": é sob este título que a revista World Finance estampa em sua capa a foto do presidente Lula (PT), destacando a volta do Brasil ao cenário mundial após quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL).
"Os últimos quatro anos levaram Luiz Inácio Lula da Silva de uma cela para o palácio presidencial do Brasil. Em um retorno político de proporções inigualáveis, o novo presidente eleito do país volta agora para terminar a obra iniciada há duas décadas", resume a matéria - datada de 9 de janeiro - da revista que se diz "aclamada pela crítica". A World Finance é especializada em cobertura e análise da indústria financeira e da economia global.
A reportagem lembra que durante os dois primeiros mandatos de Lula o Brasil "experimentou um rápido crescimento econômico, enquanto o compromisso de Lula com os programas de combate à fome tirou milhões de pessoas da pobreza".
"Quando Lula assumiu o cargo pela primeira vez em 2003, a economia brasileira estava em um estado lamentável. A nação estava sobrecarregada com uma imensa carga de dívida, enquanto o governo cessante falhou em suas promessas de gerar empregos e reduzir a divisão social. Muitos anteciparam que a eleição de Lula anunciaria o fim do neoliberalismo no Brasil, inaugurando uma era de intervenções radicais e revisões drásticas na política econômica. Mas essa abordagem revolucionária não se concretizou. Ao assumir o poder, Lula surpreendeu seus partidários e críticos ao adotar um plano econômico muito mais convencional do que o previsto", diz a matéria.
A revista destaca ainda que, sob o comando de Lula, o Brasil se tornou uma potência mundial. "Depois de anos de baixo desempenho e crescimento lento, o Brasil estava crescendo. Ao final do segundo mandato de Lula como presidente em 2010, o país era uma espécie de potência global – tanto econômica quanto culturalmente. Selecionado para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o país havia se consolidado como um importante player no cenário global, aberto a negócios, aberto a investimentos e aberto a visitantes. Eternamente escalado como 'o país do futuro', parecia que, finalmente, o futuro havia chegado ao Brasil".
A reportagem contempla as crises econômicas e políticas que se abateram sobre o Brasil nos anos seguintes, período marcado principalmente pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela Operação Lava Jato, que levou injustamente Lula à prisão por 580 dias. "Em pouco mais de uma década, o Brasil passou de uma potência global a uma nação em grave declínio social e econômico". Sob Bolsonaro, o Brasil "se tornou um pária internacional, com sua reputação em frangalhos após anos de má gestão pandêmica, má administração ambiental e caos fiscal".
"Reconstruir o Brasil será um desafio de proporções imensas – mas pode ser apenas a luta para a qual Lula passou toda a sua carreira se preparando", diz o texto.
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