Mais um dia das mães. Nova oportunidade para refletirmos acerca da
grandiosidade do papel da mulher-mãe. É impressionante como ao longo dos
anos a mulher pode ir modificando tantos aspectos de sua vida, mas
conserva ainda o desejo imperioso da maternidade. É provável que Deus
tenha inserido tal anseio dentro da alma da mulher, como se fizesse
questão de tê-la colaboradora. Realmente, percebemos que a mãe é parceira
de Deus num de seus maiores empreendimentos: a criação do ser humano. Isso
confere uma importância tão grande à mãe que praticamente todas as pessoas
a reverenciam e costumam respeitar seus sentimentos e sua dor,
principalmente quando seu filho está em perigo, doente ou morto. Todo
mundo tem uma ideia de mãe, simplesmente porque não existe pessoa que
tenha nascido neste mundo sem ter sido gestada por uma delas. Boa ou ruim,
a mãe é o ventre que abriga o indivíduo até o seu nascimento. Ainda que
ela seja cheia de defeitos, é quem nos possibilita conhecer este mundo.
Percebo que temos grandes expectativas em relação à mulher-mãe. Querendo
ou não, somos forçados a admitir que existe uma aura de sagrado na
maternidade, e isso acaba por conferir um aspecto singelo e sacro à mãe
também. Essa parceria com Deus enaltece a mãe e lhe dá uma qualificação
sublime, ainda que ela mesma não o seja. Por conta disso, muitos esperam
demais da mãe, até o que ela não pode oferecer dada às suas limitações de
pessoa humana. Fala-se muito no amor de mãe, fé de mãe, dedicação de
mãe... Como se mãe fosse pessoa sobrenatural, misteriosa; quiçá, cheia de
superpoderes.
Pois é... Eu acredito que a mãe é sim sobrenatural, poderosa, incrível.
Ela consegue ter um pressentimento tal das situações em que seus filhos
estão envolvidos que realmente não duvido seja portadora de sentidos
extras e paranormais. O tal sexto sentido. E deve haver o sétimo, o
oitavo, porque mãe quando encasqueta com uma coisa pode procurar... A
ligação dela com Deus na oração é semelhante a das demais pessoas pelo
celular, é direta; às vezes, tem chiados, mas uma hora ou outra acaba se
estabelecendo sem ruídos, perfeitamente clara. Deus sempre escuta as
orações das mães, pois Ele as admira muito. Admira tanto que também quis
ter uma mãe. Ele não precisava, mas quis ser gestado no ventre de Maria,
embalado em seu colo, amamentado em seus seios. Deus quis ser amado por
uma mãe porque não existe amor maior neste mundo; ainda que nem todas
sejam capazes de exercitar esse amor em toda a sua extensão.
A mãe dá a vida pelo seu bebê, não necessariamente porque precise morrer
por ele, mas porque faz um pouco disso a cada dia. Ela lhe dá seu ventre,
seu sangue, sua carne, suas horas de sono, seus pensamentos, seus melhores
sentimentos. A mãe momentaneamente deixa de viver para que seu filho
cresça e se fortaleça. Ela abdica de si mesma voluntariamente, às vezes,
por muitos anos. Outras, por toda a vida, principalmente quando seus
filhos são limitados, doentes ou portadores de necessidades especiais.
Isso também é dar a vida. É dar a vida em vida; para que a vida do filho
floresça, aconteça, exista. Essas mães são maravilhosas, são necessárias.
Está tão claro porque Deus quis ter uma mãe. Ele queria ser tão amado
assim também! A todas as mães um feliz dia, uma feliz maternidade!
Maria Regina Canhos Vicentin (e.mail: contato@mariaregina.com.br) é
escritora.
sábado, 12 de maio de 2012
Mãe – Parceira de Deus
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