Porta-voz do MRE chinês disse que Pequim acredita que o "povo norte-americano tem um julgamento justo sobre quem deve ser responsabilizado. São aqueles políticos hipócritas que ignoraram a vida e a saúde das pessoas que devem ser responsabilizados"
7 de junho de 2021, 13:19 h Atualizado em 7 de junho de 2021, 13:23
Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa (Foto: Diário do Povo on line)
Sputnik - A China rejeitou nesta segunda-feira (7) a exigência do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de pagar US$ 10 trilhões (aproximadamente R$ 50,53 trilhões) como indenização a Washington e ao mundo pela morte e destruição causada pela COVID-19, dizendo que a responsabilidade recai sobre os políticos que ignoraram a vida e a saúde das pessoas.
Trump repetidamente ignorou os fatos e tentou se esquivar de suas responsabilidades de não responder à epidemia e tentou desviar a atenção das pessoas", afirmou porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, citado pelo portal Hindu BusinessLine.
O porta-voz do MRE chinês acrescentou que Pequim acredita que o "povo norte-americano tem um julgamento justo sobre quem deve ser responsabilizado. São aqueles políticos hipócritas que ignoraram a vida e a saúde das pessoas que devem ser responsabilizados".
Indenização trilionária
No fim de semana, em discurso na convenção do Partido Republicano na Carolina do Norte, EUA, Trump afirmou que "chegou a hora" de o mundo responsabilizar a China por seu papel na atual pandemia.
"Chegou a hora da América e o mundo exigirem indenizações e responsabilização do Partido Comunista da China […]. [A] China deve pagar, eles devem pagar", acrescentou.
Trump disse ainda que a China não conseguiu controlar o SARS-CoV-2 em casa e permitiu que a COVID-19 se propagasse para o mundo como um incêndio.
Os comentários do ex-presidente norte-americano ocorrem em um momento em que a teoria de que COVID-19 se originou em um laboratório chinês tem ganhado atenção renovada depois de anteriormente ter sido descartada.
O atual presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou recentemente às agências de inteligência do país que aumentassem seus esforços para determinarem como o SARS-CoV-2 se originou, incluindo a teoria do vazamento de laboratório.
Em março, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), compilado em colaboração com autoridades chinesas, insistiu que é "extremamente improvável" que o novo coronavírus tenha escapado de um laboratório chinês de pesquisa em Wuhan.
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