sábado, 31 de outubro de 2020
Tratamento com cloroquina fracassa e Pazuello é internado com comprometimento do pulmão por causa da covid
Publicado em 30 outubro, 2020 10:02 pm
O general Pazuello, laranja do mandatário número 1 do país
A cloroquina aparentemente não fez efeito no tratamento do general Eduardo Pazuello contra a covid-19.
O ministro da Saúde, que há uma semana testou positivo e estava em casa, de quarentena, foi internado num hospital particular de Brasília na noite desta sexta, 30, com comprometimento em parte do pulmão.
O governo não deu mais detalhes sobre o estado de Saúde de Pazuello, que, já doente, gravou um vídeo vexaminoso com Bolsonaro quando foi desautorizado pelo presidente sobre a participação do ministério da Saúde na parceria com o Instituto Butantan para a produção da vacina chinesa no país.
As informações sobre a internação do general são da CNN Brasil.
LEIA TAMBÉM: O VÍDEO vexaminoso em que Bolsonaro apresenta Pazuello como exemplo da eficácia da cloroquina
PS do DCM: As 22h30 desta sexta, 30, o governo divulgou informação de que Eduardo Pazuello foi internado com quadro de desidratação, negando que o general tenha o pulmão comprometido.
Como ele vinha se tratando da covid, e tomando cloroquina, a informação faz supor que o tratamento com a medicação pode ter consequências ainda mais graves, já que além da covid agora Pazuello padece de outra doença que o levou a ser internado às pressas.
Globo confirma que Petrobrás não tem nenhuma prova contra Lula
É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa do ex-presidente os contratos firmados com autoridades dos Estados Unidos
31 de outubro de 2020, 11:38 h Atualizado em 31 de outubro de 2020, 12:15
Lula recorre ao STJ e mostra que acordo entre Petrobrás e Lava Jato o inocenta
247 - A Petrobrás, que pagou multas de R$ 27,7 bilhões aos Estados Unidos, no âmbito da Operação Lava Jato, não tem nenhuma prova contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa de Lula seus contratos com autoridades estadunidenses. No processo, a empresa chegou até a pedir para ter tratamento análogo ao de uma embaixada.
A confirmação de que não há qualquer prova contra Lula foi feita pelo jornalista Ascanio Seleme, em sua coluna. “Por que a Petrobras se nega a entregar para a defesa de Lula os documentos dos três acordos que fez nos Estados Unidos em razão dos escândalos da era petista? A estatal diz que os dados (mais de 75 milhões de páginas) não tratam de corrupção, mas de apenas falhas contábeis, e que por isso não interessam à defesa do ex-presidente. Quem escarafunchou a papelada diz que não é bem assim, que os documentos enviados ao Departamento de Justiça (DOJ), à SEC, que é a comissão de valores local, e à Justiça de Nova York têm um capítulo inteiro só sobre corrupção. E nele, a petroleira não cita Lula nem o PT, acusando apenas cinco ex-diretores da companhia e dois ex-governadores. As ações foram abertas nos EUA para indenizar investidores que perderam dinheiro com a queda do valor de mercado da estatal em razão do escândalo”, escreveu o jornalista.
“No Brasil, a Petrobras participou dos diversos julgamentos da Lava-Jato como assistente da acusação, e assinou as denúncias em que Lula é acusado de chefiar uma organização criminosa, de enriquecimento ilícito, de lavagem de dinheiro y otras cositas más. A incoerência entre o que a Petrobras assinou aqui e os documentos que enviou à Justiça americana, que beneficiaria Lula, só se tornará oficial se os dados forem entregues aos advogados do ex-presidente por ordem judicial. Depois de ter sua petição negada pela primeira instância em Curitiba e pelo STJ, a defesa aguarda agora manifestação final de Edson Fachin. O ministro do STF prestaria um bom serviço à Justiça liberando os documentos”, lembra ainda Ascanio. “Para não virar ré nos EUA, a Petrobras concordou em pagar US$ 4,8 bilhões (R$ 27,7 bi) em multas. O valor é sete vezes maior do que as sentenças da Lava-Jato devolveram aos cofres da estatal”, finaliza.
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/globo-confirma-que-petrobras-nao-tem-nenhuma-prova-contra-lula
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Inflação dos mais pobres é três vezes maior que a dos ricos
Postado em 29 de outubro de 2020
18 min read
Site do PT
Pesquisa mostra que 90% da população considera que os preços estão subindo muito, principalmente de alimentos e bebidas. Impacto dessa alta é três vezes maior entre as famílias de baixa renda que as de alta renda.
No mundo paralelo que encena todas as manhãs de terça para os apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro ignora solenemente a escalada inflacionária que ocorre em plena crise do coronavírus e prejudica principalmente as famílias mais pobres. Nesta terça (28), antes de se reunir com representantes do agronegócio, ele jurou que a economia brasileira está “dando certo”.
Na pantomima rotineira ao lado do ministro-banqueiro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro citou como exemplo de bom desempenho a geração de novos empregos, no momento inédito em que há mais trabalhadores desocupados que ocupados no país. Guedes, que em setembro disse que o aumento do preço dos alimentos seria produto da “enxurrada de dinheiro aos mais pobres”, fez coro com o chefe: “A economia está voltando em V como a gente achava que ia voltar”.
O presidente ainda insistiu na falácia que repete desde o início da pandemia: “Lembra que eu falava que tinha que tratar do vírus e da economia? E o pessoal dando pancada em mim e ‘nhenhenhe’. Olha o problema aí. Se não é o trabalho da equipe econômica, auxílio emergencial, socorro micro e pequenas empresas, rolagem de dívidas de estados…”, regurgitou, apropriando-se de iniciativas que surgiram e foram aprovadas no Congresso Nacional, apesar do desgoverno Bolsonaro.
Governo ilusionista
Mas a realidade insiste em desmentir a dupla de ilusionistas, e pesquisa CNT/MDA divulgada na segunda (26) mostrou que 90,9% da população brasileira considera que o preço dos produtos está aumentando muito. Dos itens constados como mais caros pelos entrevistados, que escolheram duas respostas, os principais foram alimentos e bebidas (95,6%) e contas mensais (40,6%).
A disparada no preço dos alimentos reflete diretamente na inflação percebida pelas famílias mais pobres, que mais do que triplicou em relação à das mais ricas em 2020. De janeiro a outubro, ela foi de 3,68%, enquanto a da alta renda ficou em 1,07%. Os dados são de outro estudo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os pesquisadores do Ipea consideraram informações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA–15), a prévia da inflação. Ambos são apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento simula que o desempenho do IPCA de outubro será idêntico ao do IPCA-15, que apresentou alta de 0,89%, maior índice para o mês em cinco anos. Segundo os dados do IPCA-15, que subiu 2,31% entre janeiro e outubro, comer e beber ficou 9,75% mais caro no período.
Considerados apenas os alimentos consumidos no domicílio, comprados em mercados, o avanço de preços no ano foi de 12,69%. Como consequência, a inflação percebida pelas famílias de renda mais baixa subiu a 5,48% nos 12 meses encerrados em outubro. Entre os mais ricos, a inflação foi de 2,50% no período.
Alimentos pesam 30%
“Os alimentos no domicílio representam 30% do cálculo da inflação da baixa renda. Enquanto que entre a dos mais ricos não chega a 10%. Então, o impacto do aumento de preços acaba sendo muito menor entre os mais ricos”, disse ao ‘Estado de S. Paulo’ Maria Andréia Parente Lameiras, técnica da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
O instituto usa os dados do IPCA para calcular a inflação em seis faixas de renda familiar mensal, conforme a cesta de consumo adequada à realidade financeira de cada grupo. O grupo de renda mais baixa engloba famílias que recebem menos de R$ 1.650,50 mensais, enquanto que a faixa mais rica tem renda domiciliar mensal acima de R$ 16.509,66 mil.
Andréia, que é responsável pelo cálculo do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Rendam, explica que o encarecimento da comida penaliza mais as famílias de baixa renda, que já destinam uma fatia maior do orçamento mensal para a alimentação.
“O que tem subido é aquilo que mais pesa no consumo das famílias mais pobres: arroz, feijão, carne, óleo de soja, ovos, leite. Os alimentos já pesam muito, e dentro da alimentação esses são os que mais pesam. São alimentos básicos, de difícil substituição. Vai trocar o arroz e feijão pelo macarrão? Mas o macarrão também está subindo, porque a farinha de trigo está mais cara”, ressaltou.
Aumento geral
O arroz subiu 51,72% de janeiro a outubro. O feijão carioca, espécie mais consumida no país, avançou 21,15%. A farinha de trigo está 13,76% mais cara. A alta acumulada pelo óleo de soja alcançou 65,08%. As frutas aumentaram 18,49%; o tomate, 52,93%; as carnes, 11,04%; o leite longa vida, 32,75%.
Depois do encontro com a base eleitoral, Bolsonaro e Guedes se reuniram com produtores de soja para pedir que não exportem toda a produção, pressionando ainda mais o preço do óleo. A alta tem pesado inclusive nos índices de inflação. O IPCA-15 de outubro apontou aumento de 22,34% no mês.
Mas se ocorrer com a soja o que houve com o arroz, os produtores vão preferir otimizar os lucros, aproveitando o movimento cambial no momento em que o Brasil é o país com a maior fuga de investimentos no mundo.
Nesta quarta (28), dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros, o dólar subiu 1,21% às 9h27, chegando a R$ 5,754. Na máxima, a moeda norte-americana bateu R$ 5,7605, maior cotação em um só dia desde 19 de maio (R$ 5,7644). Na parcial do mês, o dólar teve alta de 1,20%. No ano, tem valorização de 41,80%.
Segundo o economista Igor Macedo de Lucena, da Royal Institute of International Affairs, produtos que são commodities, como a soja, tiveram alta na demanda. “Apesar de a gente estar com problemas de lockdown ainda na Europa e um menor consumo nos Estados Unidos, a China e parte do Sudeste Asiático vêm aumentando seus estoques de alimentos. E o Brasil como um grande produtor está exportando mais para aquela região. Atrelado ao dólar mais alto, isso incentiva que os exportadores de alimentos peguem grande parte de sua produção e façam as suas exportações.”
Em julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia apresentado relatório apontando que os custos com alimentação haviam subido três vezes mais do que o IPCA no intervalo de um ano. Enquanto o índice acumulado em 12 meses atingiu 2,13%, o grupo alimentação marcou 7,61% no mesmo período.
Alimento é o que conta
André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre- FGV), afirma que o resultado mostra o quanto a alimentação pressiona o custo de vida dos brasileiros. Segundo ele, para a família de baixa renda, “pouco importa se a gasolina ficou cara ou barata, se o preço da passagem aérea caiu, se as escolas vão dar um desconto porque são itens que não estão na cesta de consumo deles”.
Juliana Inhasz, professora de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), confirma a tese e diz acreditar que o aumento considerável no preço da comida afeta diretamente o bem-estar dos mais pobres. “A maior parte dessa população trabalha na informalidade ou como autônomo e depende da renda do seu serviço diário para sustentar a família”, explica.
Por essas famílias já viverem com pouco, qualquer aumento no preço dos alimentos faz toda a diferença para eles, completa a professora. Como reflexo desse movimento, a população adoece mais e tem problemas de saúde diretamente ligados à alimentação.
Para Juliana, os mais pobres estão sendo os mais afetados pela pandemia do coronavírus. “As pessoas de classe média e alta deixaram de gastar com vestuário, lazer, mas mantiveram a alimentação. Os mais pobres reduziram a comida”, diz. A professora sustenta que o “preço da pandemia vem sendo pago pela população mais pobre”.
“Ela adoece mais porque não pode fazer o isolamento social, porque precisa usar o transporte público, não está se alimentando bem e não tem plano de saúde. Ela sofre mais com a desigualdade social”, acrescenta.
Para o sociólogo especialista em consumo Fabio Mariano, o impacto da elevação dos preços dos alimentos é extremamente significativo para as classes populares chamadas de baixa renda (C-, D e E). Mariano afirma que nesses grupos há a concentração de um número considerável de pessoas que trabalha exclusivamente para conseguir colocar comida dentro de casa.
“É um movimento muito comum. A gente tem uma ocorrência contínua, frequente e majoritária de pessoas nessas classes que contam apenas com uma renda diária, ou seja, ela trabalha, recebe no dia e só tem aquela fonte de renda para garantir a alimentação da família”, diz o sociólogo.
“Não tem como a renda dele aumentar. Não tem margem de negociação, abertura, não tem a menor possibilidade disso”. Então, se o preço do alimento aumentou, mas sua renda não, ele terá de trabalhar mais. “O problema é que essas pessoas já têm uma carga horária elevada e atuam no seu limite”, finaliza Mariano.
Redação da Agência PT
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Atacada por Bolsonaro, China decide comprar soja na Tanzânia
Alvo de constantes ataques de Jair Bolsonaro, que mantém uma política de submissão aos interesses dos Estados Unidos, a China decidiu buscar novos fornecedores de soja, inclusive na África, o que pode afetar negativamente a economia brasileira
29 de outubro de 2020, 14:45 h Atualizado em 29 de outubro de 2020, 15:11 Maior importadora mundial de soja, a China está abrindo seu mercado para a Tanzânia em um esforço para reduzir sua dependência do Brasil e dos EUA (Foto: Reuters)
247 - A política de agressões sistemáticas do governo de Jair Bolsonaro à China, o maior parceiro comercial do Brasil, começa a trazer prejuízos para a economia brasileira.
Segundo o jornal South China Morning Post, a China está abrindo seu mercado para a Tanzânia, em um esforço para reduzir sua dependência do Brasil e dos Estados Unidos para importações de soja. A China é o maior importador da oleaginosa do mundo.
"Wu Peng, diretor de assuntos africanos do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que um acordo foi alcançado na segunda-feira para a Tanzânia começar a exportar soja para o país", diz o jornal. “Tanto a China quanto a África podem se beneficiar de laços comerciais mais fortes”, diz o diplomata chinês.
A China foi a principal fonte de contribuição para o superávit da balança comercial do Brasil, com importações de US$ 21,9 bilhões no acumulado de 2020 até julho, segundo dados do Boletim de Comércio Exterior (Icomex), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Segundo o Ibre, a participação da China nas exportações e nas importações brasileiras superou a dos principais parceiros no acumulado do ano até julho. Nas exportações, a participação da China alcançou 34,1%. A União Europeia, que ficou em segundo lugar, atingiu 13,4%.
O alvo mais recente de ataques de Jair Bolsonaro contra a China foi a vacina CoronaVac contra a Covid-19, quando Bolsonaro cancelou o anúncio feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, da compra de 46 milhões de doses do imunizante, que está sendo fabricado no Brasil em parceria com o Instituto Butantan.
Fonte: https://www.brasil247.com/economia/atacada-por-bolsonaro-china-decide-comprar-soja-na-tanzania
“Despreparado, inconsequente e boçal”, diz Santos Cruz sobre governo Bolsonaro
"É o desrespeito geral aos cidadãos e às instituições. É desrespeito geral, por despreparo, inconsequência e boçalidade”, disse o general Carlos Alberto Santos Cruz sem citar o nome de Bolsonaro
29 de outubro de 2020, 21:02 h Atualizado em 29 de outubro de 2020, 21:02 General Santos Cruz e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reuters)
247 - O general Carlos Alberto dos Santos Cruz criticou nesta quinta-feira (29) o que classificou como "desrespeito" de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas e a população brasileira.
“O problema não é o tratamento com militares. Não pode haver diferença de tratamento entre militares e civis. Não pode haver esse tipo de discriminação. Isso aí tem que ser visto no contexto mais amplo. É o desrespeito geral aos cidadãos e às instituições. É desrespeito geral, por despreparo, inconsequência e boçalidade”, disse Santos Cruz sem citar o nome de Bolsonaro, ao site Congresso em Foco.
O general, um dos primeiros a deixar o governo de Bolsonaro, comentou a reunião de 22 de abril, em que Bolsonaro pressiona o então ministro da Justiça para interferir no comando da Polícia Federal.
“Junta todos os desrespeitos e a reunião de 22 de abril e você vai ter um diagnóstico do padrão de liderança no país e o ambiente criado”, afirmou.
Nessa terça-feira (27), o ex-porta-voz da Presidência Otávio Rêgo Barros criticou Jair Bolsonaro de maneira indireta por meio de um artigo no jornal Correio Braziliense. Embora não tenha citado o nome de Bolsonaro, ele afirma que o poder “inebria, corrompe e destrói”.
No texto, Barros também critica os assessores e aliados que se comportam como “seguidores subservientes” pelo fato de o ex-capitão não aceitar críticas contrárias aos seus posicionamentos.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
China e EUA entram em escalada de atritos
O Ministério das Relações Exteriores da China responde às ações hostis e retórica dos EUA
Por Stephen Lendman
A guerra dos EUA contra a China por outros meios arrisca o confronto direto entre duas superpotências se as coisas forem levadas longe demais - o que tem acontecido desde antes de Trump assumir o cargo.
Na terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, abordou ações regionais inaceitáveis dos EUA, notadamente sua escalada de políticas hostis em relação a Pequim.
Em resposta às recém-anunciadas vendas de armas dos EUA para Taiwan - a ilha-estado considerada uma província separatista por Pequim a se reunir com o continente - Wang os denunciou, dizendo:
“As vendas de armas dos EUA para a região de Taiwan violam gravemente o princípio de uma China e os três comunicados conjuntos China-EUA ... minam seriamente a soberania e os interesses de segurança da China ...”
Eles "enviam sinais errados às forças separatistas de‘ independência de Taiwan ’e minam gravemente as relações China-EUA e a paz e a estabilidade em todo o Estreito de Taiwan."
Pedidos de Wang e de outras autoridades chinesas para que o regime de Trump cancelasse as vendas caíram em ouvidos surdos em Washington.
O agravamento das relações bilaterais provavelmente continuará na direção errada no próximo ano, se Biden / Harris suceder Trump.
Wang respondeu à hostilidade de seu enviado da ONU ao artigo do China New York Post.
Na semana passada, Kelly Kraft falsamente chamou Pequim de "a maior ameaça à integridade e eficácia" da ONU.
Reinventando a realidade, enquanto ignorava a guerra dos EUA contra a humanidade em todo o mundo, ela acusou falsamente a China de “esforços cada vez mais agressivos para manipular as agências da ONU para encobrir seu mau comportamento, silenciar as críticas e promover um governo autoritário”.
É assim que os EUA operam contra todas as nações, entidades e indivíduos não subservientes aos seus interesses imperiais.
Ao mesmo tempo, ela criticou inaceitavelmente a Síria, a Venezuela e o Irã - nações que resistiram com sucesso aos esforços dos EUA para transformá-los em estados subservientes pró-Ocidente.
Ela mentiu sobre o tratamento dado pelos chineses aos uigures e outros grupos minoritários de Xinjiang.
Ela reinventou a política externa dos EUA, alegando falsamente que seus formuladores de políticas fomentam o “multilateralismo” - o que eles sistematicamente procuram eliminar em busca de seu objetivo de governar o mundo sem contestação.
Dizer que ela, Trump e Pompeo “lutam todos os dias do lado da liberdade” é o oposto de como operam as duas alas direitas do Estado de partido único dos EUA.
Em resposta às suas observações hostis, Wang a acusou de "ignorância e preconceito", acrescentando:
Os EUA têm uma longa e perturbadora história de "criticar a cooperação de outros países com a ONU por meio de distorções desenfreadas de fatos".
As "alegações infundadas de insulto (ões) de Kraft ... funcionários internacionais de vários países (incluindo a China), cumprindo (ing) suas funções de acordo com a vontade coletiva dos Estados membros".
Como muitas outras autoridades americanas, “a Kraft provoca confronto entre grandes potências e interfere (m) nos assuntos internos de outros países na ONU, o que é profundamente impopular”.
Ela é "complacente com ... dizer (ing) mentiras com tanta pretensão e sem escrúpulos ... sem saber que já violou o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais."
A China e muitos outros países rejeitam as políticas da guerra fria dos EUA.
O extremista de direita Pompeo - responsável por conduzir as relações internacionais dos EUA a um novo nível - é militantemente hostil à paz, igualdade, justiça e Estado de Direito.
Como enviado mundial dos Estados Unidos, Kraft expressa sua visão de mundo inaceitável.
Comentando sobre a visita de Pompeo à Índia, Wang criticou seus "ataques e acusações contra a China", chamando-os de "nada novo".
Ele continuou sua guerra hostil de palavras na China com comentários como os seguintes:
“(I) se a China fosse embora repentinamente, para que todos nós orássemos que acontecesse ... o relacionamento (dos EUA)” com a Índia seria beneficiado (sic).
“(H) undredreds de milhões de chineses gostariam de estar sob ... a bota de pau do Partido Comunista Chinês (sic).”
Pompeo mais uma vez culpou falsamente Pequim de surtos cobiçosos made-in-the-USA em todo o mundo.
Ele também acusou falsamente a China de uma série de crimes graves nos Estados Unidos, notadamente sua raiva de dominar o mundo sem ser desafiado por quaisquer ações hostis que tome para atingir seus objetivos hegemônicos.
Ele reinventou os EUA hostis aos valores democráticos como um defensor de seus princípios.
De acordo com Wang, Pompeo representa a “mentalidade da Guerra Fria e o viés ideológico” dos EUA.
A chamada "ameaça da China" que ele empurra não existe.
As ações dos EUA no cenário mundial “minam ... a paz e a estabilidade”, explicou Wang corretamente.
Um dia antes, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse o seguinte sobre a hostilidade às designações chinesas de seis das operações de mídia do país como "missões estrangeiras" pelos EUA:
“Nos últimos anos, o governo dos Estados Unidos impôs restrições injustificadas às agências de mídia chinesas e ao pessoal nos Estados Unidos ...”
Isso "propositalmente dificultou as coisas para suas atribuições normais de reportagem e os sujeitou a uma crescente discriminação e opressão por motivos políticos".
“(I) o desprezo total pela demanda legítima e razoável da China e o aviso solene (contra essas ações inaceitáveis, os EUA) aumentaram a repressão política e a estigmatização das agências de mídia e do pessoal chinês.”
Se o que está acontecendo não mudar, "mais contramedidas da China" virão.
As políticas hostis dos EUA em relação a Pequim correm o risco de romper as relações bilaterais ou algo pior.
As coisas podem esquentar por acidente ou intencionalmente por causa da raiva dos EUA de substituir todos os governos independentes por vassalos pró-Ocidente.
*
Award-winning author Stephen Lendman lives in Chicago. He can be reached at lendmanstephen@sbcglobal.net. He is a Research Associate of the Centre for Research on Globalization (CRG)
Seu novo livro como editor e colaborador é intitulado“Flashpoint in Ukraine: US Drive for Hegemony Risks WW III.”
http://www.claritypress.com/LendmanIII.html
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Bloco econômico liderado por China e Rússia faz jogada para se afastar do dólar e do euro
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09:34 28.10.2020URL curta
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A União Econômica Eurasiática (UEE) pretende começar a usar suas moedas no comércio em oposição às atuais dominantes, o dólar e o euro.
A decisão foi tomada em um fórum virtual na segunda-feira (26), dedicado a integrar os cinco Estados-membros da UEE: Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia, na principal iniciativa de política externa da China - Um Cinturão, Uma Rota. Esses países e a China pretendem excluir a predominância do dólar e do euro no contexto vigente.
Fundada em 2010, a UEE tem trabalhado ativamente para uma relação mais estreita com a Ásia, especialmente com Pequim.
"Para evitar os riscos crescentes, devemos mudar para as moedas nacionais", afirmou o ministro de Integração e Macroeconomia da Comissão Econômica Eurasiática, Sergei Glaziev. "Este trabalho está em curso e estamos aumentando de forma consistente a parte dos pagamentos em moedas nacionais, tanto na UEE como no exterior, embora continue modesta. Por exemplo, apenas metade dos pagamentos na UEE são feitos em moedas nacionais e, com a China, a parcela dos pagamentos em rublos e yuanes é ainda menor – 15%."
© AP Photo / Kin Cheung
Mulher passa em frente de imagens de dólares e da moeda chinesa
De acordo com Glaziev, o afastamento das duas moedas mais utilizadas do mundo não significa "separação política", mas, sim, proteção das economias dos países-membros da UEE de uma situação sobre a qual eles não têm controle.
No primeiro trimestre de 2020, o comércio entre a Rússia e a China em dólares caiu de 50% para 46% pela primeira vez, tendo uma queda significativa de 75% desde 2018. Contudo, apesar das tentativas de afastamento do dólar (e do euro), as moedas estrangeiras ainda dominam o comércio entre as duas potências.
O papel reduzido do dólar no comércio internacional pode ser atribuído principalmente à guerra comercial em curso entre os EUA e a China. O afastamento de Pequim de Washington também coincidiu com a política de desdolarização do Kremlin, que começou em 2014 como resultado da imposição de sanções a Moscou pelo Ocidente, devido à reunificação da Crimeia com a Rússia.
Viktor Dostov, presidente da Associação Russa de Dinheiro Eletrônico, explicou na conferência virtual como o uso do dólar acarreta custos extras para os membros da UEE:
"Agora, se eu quiser transferir dinheiro da Rússia para o Cazaquistão, o pagamento é feito em dólar. Primeiro, o banco ou sistema de pagamento transfere meus rublos para dólares e depois os transfere de dólares para o tenge cazaque", explicou Dostov. "Há uma dupla conversão, com uma alta porcentagem tomada como comissão."
Em agosto, o analista russo Aleksei Maslov disse à revista japonesa Nikkei Asian Review que o afastamento de Moscou e Pequim do dólar americano pode resultar na criação de uma "aliança financeira" entre as duas nações.
Partilhando fronteira terrestre com a China, o imperativo do bloco econômico de se mover em direção às moedas nacionais no comércio internacional é ainda mais forte.
“Bolsonaro quer privatizar o SUS porque está comprometido com a morte”, diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o projeto de privatização das Unidades Básicas de Saúde, apresentado por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro
28 de outubro de 2020, 14:27 h Atualizado em 28 de outubro de 2020, 15:13
Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | PR)
247 - O projeto de privatização da saúde pública, em plena pandemia de coronavírus, apresentado por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, por meio da privatização das Unidades Básicas de Saúde, foi duramente criticado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O SUS é um patrimônio a serviço do povo brasileiro e não pode ser privatizado. Foi na pandemia do coronavírus que os brasileiros viram de perto a importância de um sistema público gratuito e universalizado para a sobrevivência e proteção dos nossos cidadãos”, afirmou Lula em seu twitter.
“Agora, Bolsonaro ataca o SUS e caminha para privatizar a saúde, em mais um decreto nefasto de um governo que parece cada dia mais comprometido com a morte. É urgente a defesa do SUS. É urgente defender a vida”, disse ainda o ex-presidente.
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Fachin determina que Lava Jato se manifeste em 48 horas sobre pedido de Lula
O ministro do STF Edson Fachin deu 48 horas para que a Operação Lava Jato de Curitiba e a PGR se manifestem sobre o pedido feito pela defesa do ex-presidente Lula para acessar a investigação sobre a Petrobrás nos EUA
27 de outubro de 2020, 12:51 h Atualizado em 27 de outubro de 2020, 12:58
Edson Fachin e Lula (Foto: STF | Ricardo Stuckert)
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin deu 48 horas para que a Operação Lava Jato de Curitiba e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestem sobre o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acessar a investigação sobre a Petrobrás nos Estados Unidos. O ministro deu o prazo para que ambos informem se tiveram acesso ao material.
"Carecem as manifestações de esclarecimentos indispensáveis à elucidação da controvérsia, em específico quanto ao suposto acesso por parte do Ministério Público dos documentos almejados pelo reclamante, mediante afronta à paridade de armas", disse o ministro em despacho na noite desta segunda-feira (26). O relato dele foi publicado pela coluna Radar.
O ministro pediu com urgência para que a PGR e a Lava-Jato de Curitiba se manifestem "sobre a eventual obtenção de acesso aos documentos pretendidos' pela defesa de Lula, "devendo especificar, em caso afirmativo, de que modo foram compartilhados".
Em sua decisão, Fachin também solicitou que a Petrobrás "preste esclarecimentos complementares acerca do possível fornecimento de cópia da íntegra do processo em que foram firmados o Non-Prosecution Agreement (DoJ) e o Cease-And-Desist-Order (SEC) com autoridades estadunidenses a quaisquer dos órgãos do Ministério Público".
De acordo com advogados do ex-presidente, a estatal teria tido posição antagônica à que apresentou na justiça brasileira. A defesa também entendeu que a Petrobrás assumiu sua culpa em crimes e não colocou o ex-presidente como líder de organização criminosa.
Presidente golpista da Bolívia pode ser julgada por massacres
A presidente golpista da Bolívia, Jeanine Áñez, que assumiu o governo após o golpe contra o presidente Evo Morales no ano passado, poderá ser julgada por massacres e por ter assinado decreto com o qual autorizou as Forças Armadas a realizar operações repressivas
27 de outubro de 2020, 06:16 h Atualizado em 27 de outubro de 2020, 07:07
Jeanine Áñez
247 - A Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia determinou na segunda-feira (26) a abertura de um julgamento para a presidente do governo golpista, Jeanine Áñez, pelos massacres de Sacaba (Cochabamba) e Senkata (El Alto) e outros fatos.
Depois do golpe contra Evo Morales no ano passado, as forças militares realizaram os massacres de Senkata, em El Alto e Sacaba, Cochabamba.
A comissão especial do Parlamento que investiga os massacres sugeriu procedimentos criminais contra os ministros Karen Longaric, das Relações Exteriores; Yerko Núñez, da presidência; Arturo Murillo, do Governo; Fernando López, da Defesa; Álvaro Coímbra, da Justiça; Álvaro Rodrigo Guzmán, de Energías, e María Pinckert, de Meio Ambiente e Água, informa a Telesul.
O relatório daquela instância foi encaminhado ao Plenário do Legislativo, no qual deve ser aprovado ou rejeitado por dois terços.
Segundo a comissão, Jeanine Áñez também deve responder perante os tribunais pela assinatura do Decreto Supremo 4.078, que autorizou as Forças Armadas a realizar operações de restauração da ordem pública e isentou os militares de qualquer responsabilidade criminal.
Ao saber da decisão contra ela, Jeanine Áñez afirmou, por meio de sua conta no Twitter, que o MAS está recuperando o hábito de processar quem pensa diferente.
Após o golpe contra Evo Morales em novembro de 2019, as forças militares realizaram os massacres de Senkata, em El Alto, adjacente a La Paz, e Sacaba, no departamento de Cochabamba.
Nessas operações militares e policiais morreram 37 pessoas, 27 das quais morreram por ferimentos a bala.
Os familiares das vítimas aguardam o esclarecimento dos fatos naqueles dias. Até o momento, a investigação é realizada com base em informações fornecidas por civis.
O conhecimento liberta. Saiba mais
Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/presidente-golpista-da-bolivia-pode-ser-julgada-por-massacres
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Desmoralizada, Lava Jato retoma a velha tática de atacar Lula às vésperas da eleição
Postado em 24 de outubro de 2020
Na tentativa de sobreviver à desmoralização imposta pelas denúncias de manipulações e prática de lawfare ,a Lava Jato voltou a cometer um novo ato de perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (23). O juiz Luiz Antonio Bonat, substituto de Sérgio Moro, acatou a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula e mais quatro pessoas. A nova farsa apela para o suposto envolvimento do Instituto Lula, a Petrobras e Lula.
A “denúncia” repete o recurso recorrente da operação Lava Jato de tentar intimidar o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores durante períodos eleitorais. “Como sempre faz em véspera de eleições, a Lava Jato ataca o presidente Lula. Não há outra razão para o juiz Bonat ter aceito hoje a denúncia fajuta sobre as doações ao Instituto Lula, que ele sabe que são totalmente legais”, alertou a deputada federal (PR) e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. “É muita cara de pau”, dispara Gleisi.
Perseguição descarada
“A decisão proferida hoje pela “Lava Jato de Curitiba” é mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula porque aceitou processar mais uma ação penal descabida, que tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – em atos ilícitos, durante o período eleitoral, em evidente prática de lawfare”, afirmou o advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin.
“As doações ao Instituto Lula – não somente as três citadas na denúncia, mas rigorosamente todas as doações – foram legais, feitas via transferências bancárias documentadas e contabilizadas, com os devidos impostos declarados e recolhidos”, esclareceu em nota o Instituto Lula. “Cada centavo arrecadado foi gasto e contabilizado exclusivamente nas atividades do Instituto, como prevê seu objeto social e estatuto”, afirmou a assessoria de imprensa do Instituto Lula.
Lava Jato, um partido político
“Esta instituição jamais serviu para ilícitos, ela é responsável pelo acervo e legado do governo que tirou o Brasil do mapa da fome e foi palco da elaboração de algumas das políticas públicas mais exitosas na história do país”, destacou.
O ex-presidente da OAB/RJ e ex-deputado Wadih Damous comentou pelo Twitter: “O juiz Luiz Antonio Bonat é um substituto à altura de Sérgio Moro. Aceita denúncia requentada contra Lula, às vésperas das eleições igualzinho fazia o seu antecessor de triste memória. Não foi à toa que a garotada fascista de Curitiba lutou pela sua nomeação.”
O deputado federal Afonso Florence (PT-BA) afirmou: “A perseguição a Lula está se renovando. É a proximidade das eleições de 22. O uso indevido do Judiciário por agentes que, mesmo sendo dos quadros do Estado, fazem atuação jurídica ilegal. É a base política do golpe.”
Redação PT na Câmara com Agência PT
79% dos chilenos decidem enterrar Constituição de Pinochet e povo lota as ruas para comemorar
De acordo com o primeiro boletim parcial dos Serviço Eleitoral do Chile, com mais de 77% das urnas apuradas, 78,97% dos votos aprovaram a nova Constituição. A maioria esmagadora do eleitorado votou na opção "apruebo", enterrando a atual Constituição do ditador Augusto Pinochet 25 de outubro de 2020, 22:31 h Atualizado em 26 de outubro de 2020, 04:25 (Foto: Reprodução) 247 - De acordo com informações da TelSur, 78% dos chilenos decidiram em plebiscito aprovar a uma nova Constituição no país, enterrando a herança de Augusto Pinochet. Esta era uma das principais reivindicações dos protestos que tomaram conta do país no ano passado. A votação se encerrou às 20h deste domingo (25). A jornada, que durou 12 horas devido às medidas sanitárias para evitar o contágio de covid-19, contou com a participação recorde da população, que formava longas filas. Pouco depois do fim da votação, uma multidão tomou as ruas para acompanhar e comemorar o resultado. Na capital, Santiago, milhares de pessoas tomaram a Praça Itália para comemorar o resultado. Você pode gostar União Africana elogia China por sua 'verdadeira amizade' com o continente Super barato e pequeno aparelho auditivo revolucionaAmplifier Chile terá Constituição Democrática e Constituinte exclusiva - Emir Sader “Tive experiências desagradáveis com diretores", afirma a atriz Dira Paes sobre assédio O regimento aprovado neste domingo (25) diz que os chilenos devem escolher os integrantes da comissão constituinte. Depois que o novo texto for debatido e aprovado por esse grupo, outro plebiscito vai decidir se o Chile adotará ou não a nova Constituição. Em pronunciamento, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, elogiou o processo eleitoral. "Estou profundamente grato a todos os chilenos que hoje expressaram livremente sua vontade por meio das urnas para escolher a opção de uma nova Constituição elaborada por meio de uma Convenção Constituinte", disse Piñera. O povo do Chile comemora que os votos pró-mudança têm grande liderança na apuração. A América Latina vibra junto com os chilenos, pois a vitória de um é a vitória de todxs! Parabéns ao povo chileno, e obrigada por tudo, SEMPRE!
Adiós General ¡Que viva el pueblo! Nuestro abrazo al heroico pueblo de Chile en esta gran victoria. #AprueboGanaHoy #PlebiscitoChile #ChileDespertó
Lula celebra vitória do povo chileno e vê nova página da história latino-americana sendo escrita
“Saúdo a coragem e o exemplo do Chile, que ontem derrotou na força do voto a Constituição ditatorial de Pinochet. A América Latina resiste e começa a escrever uma nova página de sua história. Parabéns, povo chileno!”, postou o ex-presidente Lula, nesta manhã
26 de outubro de 2020, 08:59 h Atualizado em 26 de outubro de 2020, 08:59
Lula e chilenos comemorando vitória nas ruas (Foto: Felipe Gonçalves/Brasil 247 | Reuters)
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a vitória do povo chileno no plebiscito realizado ontem, que enterrou a constituição pinochetista. Segundo Lula, a América Latina resiste e começa a escrever uma nova página de sua história. Confira seu tweet e reportagem da Reuters:
SANTIAGO (Reuters) - Os chilenos lotaram as principais praças do país na noite de domingo depois que os eleitores deram amplo apoio ao plano de descartar a atual Constituição do país, que vem da era do ditador Augusto Pinochet, em favor de uma nova Carta que será escrita pelos cidadãos.
Manifestantes comemoram resultado de referendo que aprovou a elaboração de uma nova Constituição para o Chile em Valparaíso 25/10/2020 REUTERS/Rodrigo Garrido
Na Plaza Italia, em Santiago, foco de gigantescos e muitas vezes violentos protestos no ano passado que tinham como reivindicação uma nova Carta Magna, fogos de artifício foram lançados em meio a uma multidão de dezenas de milhares de pessoas gritando em uníssono a palavra “renascimento”.
Com mais de três quartos dos votos apurados, 78,12% dos eleitores optaram por uma nova Constituição. Muitos manifestaram esperanças de que um novo texto vai moderar um viés amplamente capitalista com garantias de mais direitos iguais na saúde, aposentadorias e educação.
“Essa vitória pertence às pessoas, é graças aos esforços de todos que estamos neste momento de comemoração”, disse Daniel, de 37 anos, à Reuters na Plaza Nunoa, em Santiago. “O que me deixa mais feliz é a participação dos jovens, os jovens querem fazer as mudanças.”
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que se o país estava dividido por causa dos protestos e dos debates sobre aprovar ou rejeitar os planos para uma nova Constituição, de agora em diante deve se unir por trás de um novo texto que forneça “um abrigo para todos”.
O líder de centro-direita, cuja popularidade despencou em meio aos protestos e se manteve claudicante, falou para aqueles que queriam manter a atual Constituição, apontada como responsável por fazer do Chile um dos sucessos econômicos da América Latina.
Qualquer novo texto deve incorporar “o legado das gerações passadas, a vontade da geração atual e as esperanças das gerações que virão”, disse ele.
“Esse referendo não é o fim, é o início de uma estrada que temos de percorrer em direção a uma nova Constituição”, acrescentou.
Quatro quintos dos eleitores disseram que querem que a nova Carta seja elaborada por um órgão de cidadãos especialmente eleito --formado por metade de homens e metade de mulheres-- em vez de uma convenção mista de parlamentares e cidadãos, o que enfatizou a ampla descrença dos chilenos na classe política.
Os integrantes de uma assembleia constituinte de 155 membros serão eleitos em abril de 2021 e terão até um ano para concordar com um texto, e as propostas terão de ser aprovadas por maioria de dois terços.
Os chilenos terão então de votar novamente sobre se aceitam o novo texto ou querem retomar a Constituição anterior.
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sábado, 24 de outubro de 2020
Empresa chinesa de pagamentos deve levantar US$ 17 bilhões na maior venda de ações de todos os tempos
Ant Group, pertencente ao Alibaba, venderá ações em Xangai e Hong Kong
24 de outubro de 2020, 18:02 h Atualizado em 24 de outubro de 2020, 18:02
HONG KONG/XANGAI (Reuters) - O chinês Ant Group pode arrecadar até 17,3 bilhões de dólares na parcela realizada em Xangai de sua provável listagem dupla de 35 bilhões de dólares, a maior da história, depois de alguns grandes investidores entregarem ofertas na faixa de 68 iuanes a 69 iuanes por ação, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A listagem simultânea das ações em Hong Kong e em Xangai da gigante chinesa de tecnologia, apoiada pela potência de e-commerce Alibaba, superará a maior oferta pública inicial de ações (IPO) da história, a da Saudi Aramco, que levantou 29,4 bilhões de dólares em dezembro.
A precificação da parcela de Xangai do IPO foi decidida na sexta-feira, disse o fundador do Alibaba, Jack Ma, neste sábado, sem divulgar o valor.
“É a primeira vez que a precificação de uma listagem tão grande --a maior na história humana-- foi determinada fora da cidade de Nova York”, disse ele durante um evento em Xangai.
Mais tarde neste sábado, uma pessoa com conhecimento direto do assunto disse à Reuters que muitos grandes fundos chineses fizeram ofertas pelas ações do Ant na casa dos 69 iuanes (10,32 dólares) por ação.
Com 69 iuanes por ação, o Ant pode levantar até 115,3 bilhões de iuanes (17,3 bilhões de dólares) na parcela de Xangai, o que coloca o valor total da companhia em até 2,1 trilhões de iuanes (314 bilhões de dólares).
As pessoas que deram essas informações à Reuters se recusaram a terem seus nomes revelados, pois não estavam autorizadas a falar com a imprensa. O Ant se recusou a comentar sobre a precificação.
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Navios dos Irã fornecem petróleo à Síria desafiando sanções dos EUA, revela Reuters
© Sputnik / Marco Teruggi
11:19 24.10.2020URL curta
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Recentemente o Irã forneceu vários carregamentos de gasolina e petróleo bruto à Síria, atenuando a escassez de combustível de quase dois meses exacerbada pelas sanções mais duras dos EUA, dizem funcionários portuários e comerciantes.
Na segunda-feira (19), um petroleiro iraniano iniciou o descarregamento de 38.000 toneladas de gasolina no terminal petrolífero de Baniyas. O fornecimento ocorre três semanas após outro navio iraniano descarregar um milhão de barris de óleo cru na Síria, informaram à agência Reuters empresários familiarizados com a situação.
Além disso, outro petroleiro iraniano, que transportava mais um milhão de barris de óleo, descarregou a carga para duas embarcações menores para sua entrega na Síria, disseram fontes à agência, afirmando que as cargas foram entregues há duas semanas.
Anteriormente, o ministro do Petróleo da Síria Bassam Touma disse que a Lei Cesar – as sanções mais duras dos EUA contra Damasco que entraram em vigor em junho passado e que proíbe o comércio de empresas estrangeiras com o país árabe – impediu que fossem entregues várias remessas importadas de fornecedores não divulgados.
Dados do portal TankerTrackers, que monitora o envio e armazenamento de petróleo, mostram um aumento significativo das exportações iranianas à Síria no mês passado desafiando as sanções dos EUA.
A produção de petróleo entrou em colapso após Damasco perder a maior parte de seus campos de produção de petróleo na parte oriental do país.
China carregou economia agrícola do Brasil em 2020
O forte crescimento do setor foi puxado pela demanda chinesa por alimentos, especialmente a soja
24 de outubro de 2020, 05:11 h Atualizado em 24 de outubro de 2020, 05:11 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Sputnik – A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário de 2020, feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aumentou de 1,6% para 1,9%. Bons resultados da soja, principalmente, teriam alavancado o setor.
Já para o ano de 2021, a projeção de crescimento do PIB agropecuário foi reduzida, após uma elevação, de 2,4% para 2,1%.
A economista e professora da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Ana Paula Iacovino, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que a metodologia aplicada pelo Ipea é o que justifica, em grande medida, o resultado da projeção sobre o PIB agropecuário.
De acordo com ela, o Ipea calcula e faz comparações em relação a trimestres anteriores.
"Como algumas das principais culturas produzidas têm a sua produção concentrada nos dois primeiros trimestres do ano, o Ipea contabilizou esses aumentos, então essa melhora está bastante por conta dessa concentração da produção de algumas das principais culturas brasileiras, como é o caso da soja, do milho, café. Então esse estudo do Ipea está mostrando o resultado dessas culturas", explicou.
Ao comentar as razões para o aumento da projeção, a especialista disse que alguns fatores colaboraram para o resultado positivo, tendo a soja como a principal locomotiva do setor.
"Desde questões internas como a boa produtividade dos produtores, quanto o aumento do consumo internacional, principalmente puxado pela alta demanda chinesa", argumentou a economista.
Ana Paula Iacovino destacou que "a recomposição dos estoques de alimentos chineses elevou o consumo da soja e isso fez com que a demanda internacional aumentasse e puxasse os preços pra cima". Além disso, ela ressaltou que houve uma "redução da produção de um importante rival brasileiro, que são os EUA".
De acordo com a especialista, houve uma combinação de fatores favoráveis para os resultados bons da soja, o que fez com que o produto "puxasse a cadeia como um todo". Um desses fatores foi a alta nos preços do arroz.
"Uma parte da alta nos preços do arroz deveu-se justamente ao fato de que parte dos produtores de arroz trocou a produção para soja, porque a soja estava mais interessante. Isso fez com que a oferta de arroz sofresse redução e houvesse aumento nos preços do produto", disse.
A economista também citou produtos como café, milho e trigo, que tiveram bons resultados com demanda aquecida e aumento de produtividade, e puxaram o resultado da média da cadeia, aumentando assim a projeção.
"A pecuária, por sua vez, é um segmento que a gente não está com as perspectivas tão positivas. Apesar da produção dos suínos ter se mantida elevada, mas de bovinos nem tanto", acrescentou.
De acordo com ela, esse ano de pandemia está sendo um ano atípico em todos os sentidos, mas "o segmento de produção de alimentos tem se dado bem, porque houve um aumento do consumo de alimentos, tanto no mercado interno, quanto no internacional".
"Então esse setor mais uma vez está aí mostrando a sua importância, tanto no seu papel concreto de fornecedor de alimentos pro Brasil e pro resto do mundo, quanto na questão financeira do Brasil, contribuindo para diminuir o choque da diminuição do PIB global", completou.
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Fonte: https://www.brasil247.com/economia/china-carregou-economia-agricola-do-brasil-em-2020-6x1vfwmh
PT critica Lava Jato por voltar a acusar Lula em véspera de eleição
“A decisão proferida pela “Lava Jato de Curitiba” é mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula”, adverte o advogado Cristiano Zanin. “Como sempre faz em véspera de eleições, a Lava Jato ataca o presidente Lula”, denuncia a deputada federal (PR) e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann
24 de outubro de 2020, 09:20 h Atualizado em 24 de outubro de 2020, 10:04 Cristiano Zanin Martins e Lula (Foto: Filipe Araújo | Ricardo Stuckert)
Do site do PT - Na tentativa de sobreviver à desmoralização imposta pelas denúncias de lawfare, a Lava Jato voltou a cometer um novo ato de perseguição ao presidente Lula nesta sexta-feira. O juiz Luiz Antonio Bonat, substituto de Sérgio Moro, recebeu, nesta sexta-feira, 23, a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula e mais quatro pessoas. A nova farsa apela para o suposto envolvimento do Instituto Lula, a Petrobras e o ex-presidente Lula.
A “denúncia” repete o recurso recorrente da operação Lava Jato de tentar intimidar o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores durante períodos eleitorais. “Como sempre faz em véspera de eleições, a Lava Jato ataca o presidente Lula. Não há outra razão para o juiz Bonat ter aceito hoje a denúncia fajuta sobre as doações ao Instituto Lula, que ele sabe que são totalmente legais”, alertou a deputada federal (PR) e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. “É muita cara de pau”, dispara Gleisi.
“A decisão proferida hoje pela “Lava Jato de Curitiba” é mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula porque aceitou processar mais uma ação penal descabida, que tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – em atos ilícitos, durante o período eleitoral, em evidente prática de lawfare”, afirmou o advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin.
“As doações ao Instituto Lula – não somente as três citadas na denúncia, mas rigorosamente todas as doações – foram legais, feitas via transferências bancárias documentadas e contabilizadas, com os devidos impostos declarados e recolhidos”, esclareceu em nota o Instituto Lula. “Cada centavo arrecadado foi gasto e contabilizado exclusivamente nas atividades do Instituto, como prevê seu objeto social e estatuto”, afirmou a assessoria de imprensa do Instituto Lula.
“Esta instituição jamais serviu para ilícitos, ela é responsável pelo acervo e legado do governo que tirou o Brasil do mapa da fome e foi palco da elaboração de algumas das políticas públicas mais exitosas na história do país”, destacou.
Como sempre faz em véspera de eleições, a Lava Jato ataca o presidente Lula. Não há outra razão para o juiz Bonat ter aceito hoje a denúncia fajuta sobre as doações ao Instituo Lula, que ele sabe que são totalmente legais. É muita cara de pau
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Mais uma acusação sem base
Em nota, o advogado de defesa do ex-presidente, Cristiano Zanin, afirmou que a aceitação da denúncia do Ministério Público Federal pela 13º Vara Federal de Curitiba, é mais uma acusação sem base contra o ex-presidente.
Veja a íntegra da nota:
“A decisão proferida hoje pela “Lava Jato de Curitiba” é mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula porque aceitou processar mais uma ação penal descabida, que tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – em atos ilícitos, durante o período eleitoral, em evidente prática de “lawfare”. A mesma decisão desconsidera que Lula já foi definitivamente absolvido pela Justiça Federal de Brasília da absurda acusação de integrar de uma organização criminosa, assim como desconsidera decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou da Justiça Federal de Curitiba a competência para analisar o assunto. Por tais motivos, dentre outros, a decisão será impugnada pelos meios legalmente cabíveis”.
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Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/pt-critica-lava-jato-por-voltar-a-acusar-lula-em-vespera-de-eleicao
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
'Não temos medo da luta', adverte Xi Jinping em mensagem aos EUA no aniversário da Guerra da Coreia
"O povo chinês não buscará a luta, mas não tem medo dela, e sejam quais forem as dificuldades ou desafios que enfrentemos: nossas pernas não tremerão nem abaixaremos a cabeça", disse o presiente chinês Xi Jinping
23 de outubro de 2020, 17:19 h Atualizado em 23 de outubro de 2020, 18:0 Xi Jinping, presidente da China (Foto: Xinhua)
247 - Em discurso televisionado em comemoração ao 70º aniversário da entrada da China na Guerra da Coreia (1950-53), o presidente chinês, Xi Jinping, enviou uma mensagem aos dois candidatos presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump e Joe Biden, lembrando que já os derrotou quando tudo jogava contra (em referência à Guerra da Coreia); agora, com força total, ele não tem medo de outro confronto.
"Setenta anos atrás, os invasores imperialistas abriram fogo nas fronteiras de uma nova China", disse o presidente chinês ao lado de do o Comitê Central do Partido Comunista. "O povo chinês entendeu que é preciso usar uma linguagem que os invasores entendam: combater a guerra com guerra e deter uma invasão pela força, conquistando a paz e o respeito pela vitória. O povo chinês não buscará a luta, mas não tem medo dela, e sejam quais forem as dificuldades ou desafios que enfrentemos: nossas pernas não tremerão nem abaixaremos a cabeça", acrescentou.
O presidente chinês disse ainda que na ápoca "havia uma grande disparidade militar entre os Estados Unidos e a China", mas graças à "correta direção do Partido Comunista e à unidade nacional do povo chinês", aquele exército alcançou a vitória.
"A vitória destruiu a lenda de que as tropas americanas eram invencíveis", reforçou.
Xi Jinping promete 'golpe esmagador' a qualquer potência que tentar dividir a China
© REUTERS / China Daily
10:49 23.10.2020URL curta
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China não vai tolerar tentativas de divisão nacional e promete retaliar quem tentar dividi-la com "golpe esmagador", afirmou o presidente chinês, Xi Jinping.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, Yuri Tavrovsky, especialista em estudos do Oriente, expressou seu ponto de vista e o que pode estar por trás das palavras do líder chinês.
"Nós, obviamente, não vamos ficar observando como são minados nossa soberania estatal, nossa segurança e nossos interesses em desenvolvimento, não permitiremos que força nenhuma interfira brutalmente e divida a terra sagrada da nossa pátria. Caso uma situação dessa surja, o povo chinês dará um golpe esmagador", declarou Xi Jinping.
Em declaração, Xi ressaltou que a China conduz uma política militar defensiva.
"China nunca buscou dominar ou se expandir, e se opõe decididamente a grandes potências e a políticas de força brutal", acrescentou.
Em entrevista, Yuri Tavrovsky, que preside o conselho de especialistas do comitê sino-russo para a amizade, paz e desenvolvimento, comentou as palavras do líder chinês.
"A declaração de Xi Jinping é, naturalmente, muito séria, o que faz elevar o nível de tensões militares no Leste Asiático. Penso que [a declaração] é o auge de vários acontecimentos. Curiosamente, [as palavras] foram expressas no 70º aniversário da entrada do Exército chinês na Guerra da Coreia. Essencialmente, a guerra foi entre as tropas chinesas e americanas. Por isso, tudo que está acontecendo agora, lançamento de filmes e livros sobre a Guerra da Coreia […] assim como as palavras de Xi Jinping, é dirigido aos EUA", comentou Tavrovsky.
Especialista observou que a declaração foi motivada por receios reais na China.
"Recentemente, os EUA aumentaram suas atividades militares nos mares em torno da costa chinesa, acentuando a assistência militar a Taiwan com a condução de exercícios e fornecimento de equipamentos militares americanos modernos. Os mísseis, por exemplo, são capazes de atingir alvos no interior do território chinês. Aparentemente, os chineses têm razões para acreditar que os EUA podem entrar em uma aventura militar séria devido às eleições presidenciais e ao período de instabilidade que se seguirá após estas eleições. Aparentemente, os chineses temem a possibilidade de conflito no estreito de Taiwan, ou então a possibilidade de os americanos instigarem Taiwan a proclamar soberania, o que desencadearia um conflito militar", opina o especialista.
Na semana passada, o presidente da China inspecionou o Corpo de Fuzileiros Navais do Exército de Libertação Popular (ELP) e ordenou melhora da capacidade de combate, apontando a necessidade de prontidão "de alto nível" para a guerra, de acordo com Xinhua.
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Gleisi Hoffmann e Enio Verri apresentam projeto que torna obrigatória vacinação contra a Covid-19
Postado em 21 de outubro de 2020
5 min read
Fotos: PTnaCâmara
A presidenta nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) e o líder do partido na Câmara, Enio Verri (PR), apresentaram na Câmara projeto de lei tornando obrigatória a vacinação contra a Covid-19. De acordo com a proposta, que tem como coautores todos os demais parlamentares da Bancada do PT na Câmara, toda e qualquer vacina que vier a ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será obrigatória e fará parte do calendário de vacinações do Programa Nacional de Imunizações. O projeto também estipula que pessoas dos grupos de riscos terão prioridade no recebimento da vacina.
Na justificativa do projeto, ambos lembram que o mundo corre contra o tempo para desenvolver uma vacina eficaz e segura contra o coronavírus, e que previsões otimistas apontam que até final do ano já sejam disponibilizadas vacinas em alguns países do mundo, inclusive o Brasil.
Eles criticam o presidente Jair Bolsonaro por não entender a importância dessa vacinação. No projeto, eles recordam que Bolsonaro disse recentemente que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, e que a própria Secretaria de Comunicação do governo replicou a mensagem. Diante dessa posição, esclarecem a importância da obrigatoriedade da vacina, ao ressaltar que pesquisadores já alertam para a questão da imunidade de longo prazo.
Imunização da população
“A imunização contra o novo coronavírus é fundamental para que grande parte da população possa ficar imune à doença. Assim, mesmo aqueles que se contaminem terão menor risco de passar a doença adiante. A Sociedade Brasileira de Imunizações alerta que a vacinação está entre os instrumentos de maior impacto positivo em saúde pública, em todo o mundo. De acordo com a entidade, ao longo da história, as políticas de vacina contribuíram de forma inquestionável para reduzir a mortalidade e aumentar a qualidade e a expectativa de vida da população mundial”, esclarecem Gleisi Hoffmann e Enio Verri.
Na proposta, a presidenta nacional do PT e o líder do partido na Câmara assinalam ainda que o Brasil passa pela maior crise sanitária de sua história, “agravada pela postura negacionista – da pandemia e da ciência – de Bolsonaro, que desde o início da calamidade tem atuado de forma contrária a todas as medidas de enfrentamento à Covid-19 preconizadas por autoridades sanitárias mundiais”.
Os dois parlamentares apontam como prova da tragédia as tristes marcas alcançadas pelo País com mais de 5 milhões de pessoas contaminadas (13% do total de casos no mundo), sendo superado apenas pelos Estados Unidos e Índia, e mais 155 mil mortes por Covid-19, 2ª posição no ranking global.
Leia a íntegra do projeto:
PL 4992-2020 (2)
Héber Carvalho
Brasil fecha mais empresas do que abre pelo quinto ano seguido, diz IBGE
O Brasil fechou mais do que abriu novas empresas pelo quinto ano consecutivo, aponta pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo de 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
22 de outubro de 2020, 10:54 h Atualizado em 22 de outubro de 2020, 11:02
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
247 - O Brasil fechou mais do que abriu novas empresas pelo quinto ano consecutivo, aponta pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo de 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, 697,1 mil empreendimentos foram abertos, mas 762,9 mil companhias encerraram suas atividades. O saldo ficou negativo em 65,9 mil. A pandemia ainda agravou a situação, aponta reportagem do jornal O Globo.
O Cadastro Central de Empresas (Cempre) de 2018 somava um total de 4,4 milhões de empresas no Brasil, nas quais trabalhavam 38,7 milhões de pessoas. A idade média das empresas era de cerca de 11,6 anos, acrescenta a reportagem.
“O comportamento de saída e entrada de empresas tem relação direta com a atividade econômica do país. Só em 2014, 218 mil fecharam as portas. Nos anos seguintes, esse movimento continuou, mas num patamar menor, refletindo a atividade econômica do período, que vem sendo fraca desde então “ analisa o gerente responsável pelo estudo, Thiego Gonçalves Ferreira.
Anvisa deu certificado de boas práticas à Sinovac, farmacêutica chinesa da vacina CoronaVac
A empresa Sinovac, da China, ganhou da Anvisa o certificado de boas prática por conta de sua excelência no desenvolvimento para uma vacina de combate à Hepatite A. Na sequência, Anvisa concedeu outro certificado à farmacêutica chinesa, atacada por Bolsonaro
22 de outubro de 2020, 08:35 h Atualizado em 22 de outubro de 2020, 09:45
(Foto: ANVISA | Reuters)
247 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu duas certificações à farmacèutica chinesa Sinovac atestando "Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos". A está à frente da produção de uma das possíveis vacinas contra o coronavírus em fase de testes no território brasileiro e é a que está em etapa mais avançada no mundo.
Em publicação no Diário Oficial da União do dia 1º de julho, o laboratório ganhou da agência o certificado por conta dos "insumos farmacêuticos de ativos biológicos para a vacina adsorvida Hepatite A (inativada)". Oito dias depois, o segundo foi concedido pelas soluções parenterais de pequeno volume com preparação asséptica.
A informação foi publicada pelo site Metrópoles (DF) um dia depois de Jair Bolsonaro ter atacado a empresa e decidido que o governo não comprará as 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
De acordo com o site da Anvisa, o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) é um documento que atesta a qualidade do processo de produção e o cumprimento da legislação em vigor no Brasil. A agência verifica se as condições de fabricação seguem as normas em todas as suas etapas.
Em nota, a agência disse que a certificação é um pré-requisito para fabricantes que almejam submeter processos de registro no Brasil. "A CBPF trata das condições de uma linha específica de produção para atender os requisitos necessários para fabricar um produto. Os certificados publicados referem-se a outros locais de fabricação e não estão relacionados à produção de vacina da Covid-19. O processo de certificação da Sinovac com foco na linha de produção de vacina da Covid-19 ainda está em andamento", afirmou.
Bolsonaro volta a insultar a China e diz que vacina chinesa não inspira confiança "por sua origem"
Jair Bolsonaro voltou a atacar os interesses econômicos do País, ao insultar a China, país que mais compra e mais investe no Brasil, em nova entrevista nesta manhã. Com o ataque, ele também coloca em risco a saúde dos brasileiros. Bolsonaro, que defende interesses dos Estados Unidos, também falou em vírus chinês
22 de outubro de 2020, 11:22 h Atualizado em 22 de outubro de 2020, 11:22 Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro. 20/10/2020 (Foto: Marcos Corrêa/PR)
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não comprará a vacina CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac e que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan, porque o medicamento não transmite segurança “pela sua origem” e não tem credibilidade.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, na noite de quarta-feira, Bolsonaro foi questionado se autorizaria a compra da CoronaVac se houvesse registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e respondeu que não.
“Da China não compraremos. Não acredito que ela transmita segurança para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso”, garantiu.
Bolsonaro foi questionado ainda sobre quais as razões o levaram a vetar, na véspera, a compra pelo governo federal da vacina chinesa.
“Credibilidade”, respondeu. “A ideia é dar espaço a outras vacinas mais confiáveis. Confiança também.”
“A da China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população. Até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá”, afirmou.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil e apenas em 2020 já importou 53,4 bilhões de dólares de produtos brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Economia.
Na entrevista, o presidente lembrou a intensa relação comercial do Brasil com o país asiático, mas disse que, em alguns pontos é possível não estar “totalmente alinhado”.
Procurada, a embaixada da China no Brasil não respondeu de imediato a um pedido de comentário feito pela Reuters.
A CoronaVac está em teste no Brasil dentro de um acordo de produção e transferência de tecnologia entre a Sinovac e o Instituto Butantan, que pertence ao governo de São Paulo e é um dos principais produtores das vacinas usadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
O acordo prevê a compra inicial de princípio ativo da vacina, uma vez que ela seja aprovada pela Anvisa, para produção das doses no Brasil e, assim que o Butantan absorver a transferência de tecnologia, a produção integral no país.
Bolsonaro afirmou ainda que é possível ter uma vacina de outro país ou até uma brasileira, que transmitiria confiança para a população.
O governo do Estado de São Paulo é comandado por João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e amplamente visto como provável candidato à Presidência em 2022, quando Bolsonaro disputará a reeleição, conforme já afirmou diversas vezes.
PAZUELLO FICA
O presidente revogou na quarta-feira a decisão tomada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que assinou um protocolo com o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac para ser incluída no Programa Nacional de Imunizações. O acordo foi anunciado na terça, em reunião de Pazuello com governadores, Doria entre eles.
Bolsonaro afirmou que houve “precipitação” do ministro em assinar o protocolo e que ele deveria ter sido informado por ser uma decisão importante.
“Parece que ele tomou a decisão no dia de ontem por uma ocasião de videoconferência. Conversei agora há pouco por zap (WhatsApp) com Pazuello, sem problema nenhum, meu amigo de muito tempo, ele continuará ministro. Ouso dizer que é um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil já teve nos últimos anos”, afirmou Bolsonaro.
Na verdade o protocolo foi apenas informado aos governadores durante a reunião por videoconferência, mas havia sido assinado no dia anterior.
General Santos Cruz detona Bolsonaro e sua "mediocridade extrema"
General Santos Cruz fez mais um duro ataque a Jair Bolsonaro, desta vez criticando-o pelo veto à aquisição de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida na China, travando uma guerra ideológica com o país. Segundo ele, Bolsonaro possui uma "mediocridade extrema"
22 de outubro de 2020, 08:44 h Atualizado em 22 de outubro de 2020, 09:09
General Santos Cruz, CoronaVac e Jair Bolsonaro (Foto: PR | Reuters)
247 - O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, fez nesta quinta-feira (22) mais um duro ataque a Jair Bolsonaro, desta vez pelo veto à aquisição de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac, anteriormente anunciada pelo ministro da Saúde, o também general Eduardo Pazuello.
Em declaração ao jornal Estado de S.Paulo, Cruz disse que “é um nível de mediocridade extrema o jeito como isso está sendo tratado”.
“Se vai comprar a vacina A, B ou C, não sei, mas é uma questão de saúde pública que deve ser discutida tecnicamente, não politicamente assim”, acrescentou o ex-ministro de Bolsonaro.
Reações
O comportamento de Bolsonaro, que constrangeu seu ministro da Saúde publicamente e criou mais um mal estar diplomático com a China, parceiro estratégico do Brasil, gerou reações negativas em diversos setores da sociedade.
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, que se demitiu por se negar a prescrever cloroquina aos brasileiros, disse que Jair Bolsonaro representa uma liderança tóxica e recomendou ao ministro Eduardo Pazuello que se demita.
A mídia corporativa também se posicionou em seus editoriais nesta quinta. O jornal Folha de S.Paulo declarou que “Jair Bolsonaro precisa ser contido”. Já o jornal Estado de S.Paulo declarou que “Bolsonaro é um presidente ignorante que atua contra a saúde dos brasileiros”.
No campo político, a oposição também se movimenta. A Rede Sustentabilidade elabora uma ação, que pretende ajuizar no STF a obrigação do governo na compra e distribuição de vacinas aprovadas pela Anvisa. Vários governadores se manifestaram à fala de Bolsonaro contra a Coronavac. O PDT, também está entrando com ação no Supremo para garantir a competência de estados e municípios para impor medidas, como vacinação obrigatória.
Fonte: https://www.brasil247.com/poder/general-santos-cruz-detona-bolsonaro-e-sua-mediocridade-extrema