247 - "O último surto dos filhos do presidente mostra, uma vez mais, a situação bizarra em que o Brasil se encontra. Um vereador do Rio fica dando ordens de bom comportamento ao vice-presidente da República. A família do governante se comporta como se o país tivesse escolhido, nas urnas, o clã inteiro para governar. O presidente não consegue ter a mínima autoridade em sua própria casa e aparece como um joguete na mão dos filhos" -este é o diagnóstico que a jornalista Miriam Leitão faz da situação nacional. Além de ser a mais influente colunista e comentarista das mídias das Organizações Globo, ela é uma porta-voz oficiosa da família Marinho.
O artigo de Miriam Leitão publicado nesta quinta-feira (25) em O Globo (aqui a íntegra), tem tom de editorial. Ela estende a crítica a Olavo de Carvalho: "mais do que terem mau desempenho como parlamentares, os três filhos do presidente criam dificuldades para o país atacando integrantes do governo do pai. Uma frente de constrangimento vem do autodenominado filósofo Olavo de Carvalho, a quem Carlos e Eduardo, e o próprio presidente, prestam uma patética vassalagem. Os ataques que, dos Estados Unidos, ele dispara contra pessoas como o ministro Santos Cruz, ou o próprio vice-presidente, não teriam a mais remota relevância. Têm destaque quando o presidente posta em rede social uma entrevista na qual ele mistura seus costumeiros palavrões, pensamentos rasteiros, com críticas a integrantes do governo".
A constatação mais incisiva do texto é de que "a confiança na capacidade do governo Bolsonaro está derretendo entre os agentes econômicos e o mercado financeiro. Sua popularidade está em queda rápida. E isso, na visão dos analistas, tornará mais remota a possibilidade de o governo aprovar as necessárias reformas econômicas".
O governo, na visão de Miriam Leitão e da família Marinho, parece estar caminhando para o colapso.
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