A operação abafa após a aprovação do golpe contra o mandanto da presidenta Dilma Rousseff está correndo solta. Além da tentativa escancarada de tentar anistiar a corrupção do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os tucanos atuam nos bastidores para tentar mudar a delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) e retirar do depoimento as citações que apontam o envolvimento do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
De acordo com fontes citadas peloEstadão em matéria publicada nesta quarta-feira (20), aos tucanos querem convocar Delcídio ao Conselho de Ética para ele desdizer o que falou em delação e livrar o candidato derrotado nas urnas. Delcídio disse que Aécio recebeu propina no esquema de corrupção em Furnas.
"Questionado ao depoente quem teria recebido valores de Furnas, o depoente disse que não sabe precisar, mas sabe que Dimas [Toledo, ex-presidente de Furnas] operacionalizava pagamentos e um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi Aécio Neves", disse Delcídio na delação.
Delcídio também afirmou Dimas Toledo tem "vínculo muito forte" com Aécio e que sua indicação para o cargo teria partido do tucano, junto ao PP, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A revelação endossa o que já foi delatado pelo doleiro Alberto Youssef - de que Aécio indicou Dimas e que recebia propina de Furnas. Apesar disso, nenhum inquérito foi aberto para apurar o caso.
Os tucanos também fazem um esforço para que Delcídio vá ao Conselho para fazer acusações públicas contra a presidenta Dilma Rousseff para tentar criar um factoide às vésperas da votação do impeachment pelo Senado.
O principal defensor dessa artimanha é o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) que, sob a fachada de "garantir o direito de defesa de Delcídio", busca construir esse cenário midiático.
“A manifestação de Cássio causou um efeito manada no restante do conselho. Até mesmo os senadores mais favoráveis à cassação de Delcídio, como Lasier Martins (PDT-RS), recuaram da tentativa de recusar ouvi-lo e resolveram dar mais prazo ao senador”, diz trecho da matéria do Estadão.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
http://www.vermelho.org.br/noticia/279623-1#.Vxe0b9cY3I4.facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário