Em nota sobre reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que diz que "Filho de Lula recebeu cerca de R$10 milhões", os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins dizem ser "inadmissível que o vazamento tenha ocorrido antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do Ministro Dias Toffoli"; para eles, trata-se de uma "represália aos advogados que buscam os direitos de seu cliente e ao próprio Ministro"
31 de Maio de 2016 às 12:56
247 - Os advogados da família do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, divulgaram uma nota nesta terça-feira 31 para negar as acusações da reportagem "Filho de Lula recebeu cerca de R$10 milhões", publicada pelo Estado de S. Paulo, e repudiar o vazamento de informações de um processo que eles conseguiram acesso apenas ontem.
"Além da inverdade publicada, é inadmissível que o vazamento tenha ocorrido antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do Ministro Dias Toffoli", afirmou a defesa, em referência ao filho de Lula. Para os advogados, trata-se de uma "represália aos advogados que buscam os direitos de seu cliente e ao próprio Ministro".
O caso "será levado ao Supremo Tribunal Federal para que sejam tomadas as medidas necessárias para apuração da autoria do crime praticado", anunciam. Leia abaixo a íntegra da nota:
A matéria "Filho de Lula recebeu cerca de R$10 milhões" (Estado de S.Paulo edição 31.05.2016) é a prova da materialidade de um crime contra a administração da Justiça. Um dia após ser publicada a decisão do Ministro Dias Toffoli, que finalmente permitiu aos advogados de Luís Cláudio Lula da Silva terem acesso a procedimento relativo à Operação Zelotes, reclamado, sem êxito, desde dezembro de 2015, o jornal vaza ilegalmente dados sigilosos da investigação.
A verdade irrefutável é que Luís Cláudio não recebeu os valores indicados pelo jornal. A empresa Touchodow Promocoes e Eventos Ltda. atua na organização do principal campeonato de futebol americano no País e, para tanto, aufere receitas através de patrocínio e venda de ingressos, como qualquer outra do setor. E foi para esta atividade canalizadas as verbas de patrocínio obtidas na legalidade.
Além da inverdade publicada, é inadmissível que o vazamento tenha ocorrido antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do Ministro Dias Toffoli.
O que deduzir do fato? Aparenta ser uma represália aos advogados que buscam os direitos de seu cliente e ao próprio Ministro, que concedeu a medida com base em entendimento assentado na Corte (Sumula 14). O ocorrido será levado ao Supremo Tribunal Federal para que sejam tomadas as medidas necessárias para apuração da autoria do crime praticado.
Há muito o jornal usa suas páginas para lançar suspeitas indevidas sobre Luís Cláudio. E deve ser registrado que, após ser investigado por aproximadamente um ano no âmbito da Operação Zelotes, não foi identificado qualquer ato ilícito a ele atribuível, pela simples razão de que Luís Cláudio sempre observou a lei.
Quem comete ilegalidade é o veículo de imprensa em sua campanha persecutória e difamante.
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/235355/Defesa-de-Lula-recorrer%C3%A1-ao-STF-contra-vazamento.htm
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