247 - Henrique Capriles, símbolo da resistência ao chavismo na Venezuela, diz ser contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, por acreditar que o único caminho para a mudança de poder, seja na Venezuela ou no Brasil, é por meio do voto. Mas ele admite que os ventos na região mudam a partir de agora com a saída do PT no poder, o que faz Nicolas Maduro perder apoio na Unasul, por exemplo.
Em entrevista ao jornal El País, Capriles disse que antes da queda do governo petista ele próprio esteve envolvido em negociações com o ex-presidente Lula para que ele ajudasse num diálogo com a Venezuela. “Tenho sido muito criticado por apoiar Lula depois da queda do governo no Brasil. Esses grupos radicais dizem: ‘Veja como Capriles está quieto agora…’ Mas eu tenho defendido o modelo de governo progressista do PT. O que acabou com Lula não foi o modelo [de Governo], foi a corrupção”, disse.
Para Capriles, a realidade do Sul mudou e vai continuar mudando. Ele afirma, porém, que não acredita em uma onda dirigida pelo império para varrer os governos de esquerda do sul. “Pelo amor de Deus. Macri ganhou na Argentina porque o povo decidiu. Eu, por exemplo, não estou de acordo com o impeachment no Brasil. Tudo o que consegui foi com o voto, e acredito no voto como a arma de que o povo dispõe para pôr e tirar [alguém do poder]. Mas, gostemos ou não, a realidade da região muda pelo peso que o Brasil tem.”
http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/233755/Símbolo-do-antichavismo-Capriles-condena-impeachment-de-Dilma.htm
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