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terça-feira, 3 de maio de 2016

Conheça alguns dos torturados pelo homenageado pelo Bolsonaro em seu voto a favor do Golpe

Se você tiver estômago, leia o texto até o fim. Isto não é um relato da Idade Média, não! São histórias de brasileiros e brasileiras torturados pelo homem que foi homenageado pelo deputado Bolsonaro, na hora do voto do Impeachment da Presidente Dilma! Não é só falta de respeito, é demência total! Quem tiver um pingo de humanidade, decência,espírito democrático e sentimento de solidariedade cristã, deveria colaborar para banir esta figura abjeta da vida pública nacional!
Foto de Dilma Bolada.
Dilma BoladaCurtir Página
19 de abril às 14:02 ·
“Lá estava a minha filha de um ano e dez meses, só de fralda, no frio. Eles a colocaram na minha frente, gritando, chorando, e ameaçavam dar choque nela. O torturador era o Mangabeira [codinome do escrivão de polícia de nome Lourival Gaeta] e, junto dele, tinha uma criança de três anos que ele dizia ser sua filha.” (Eleonora Menicucci de Oliveira)
“Humilhavam, molhavam o colchão para os meninos não deitarem. Não, era uma coisa. Esse daqui [Adilson] foi levado não sei quantas vezes pela polícia, surravam ele, socavam meu filho, com nove anos. A polícia! A polícia de Atibaia surrava meu filho. O menino não tem nada a ver com isso. Olha, gente, foi... foi um momento muito difícil pra mim, ver meus filhos serem massacrados. Eu sabia, eu sabia que eles iam massacrar meus filhos para eles falarem”. (Damaris Lucena, narrando a violência feita aos filhos dela)
“Tive os meus filhos sequestrados e levados para sala de tortura, na Operação Bandeirante. O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra pegou nas mãos de meus dois filhos – Edson Teles, à época com 5 anos, e Janaina, com 4 – e os levou até a sala onde eu estava. (...) Inclusive, eu sofri uma violência, ou várias violências sexuais (...) E os meus filhos me viram dessa forma. Eu urinada, com fezes. Enfim, o meu filho chegou para mim e disse: ‘Mãe, por que você ficou azul e o pai ficou verde?’. O pai estava saindo do estado de coma e eu estava azul de tanto... Aí que eu me dei conta: de tantos hematomas no corpo”. (Maria Amélia de Almeida Teles)
“Quando acordei, estava amarrado de mãos e pés e lançado ao piso de uma cela com grades... A cela foi aberta e os dois homens entraram. Continuaram a me chamar de comunistinha e outras palavras que não recordo muito bem... Consegui pôr-me em pé ao mesmo tempo em que um dos homens sacava de uma faca de campanha, de descamar peixes, que ele tinha numa bainha presa à sua perna. Ele desferiu dois golpes direcionados ao meu peito e por duas vezes levantei os joelhos, sendo esfaqueado uma vez na coxa direita, do lado externo, logo acima do joelho e outra vez na coxa esquerda, do lado interno da perna, quase na mesma posição. Com as duas pernas e a mão direita feridas, deixei de reagir, perdendo parcialmente os sentidos. Depois de algum tempo, percebi que estava algemado e tentavam me colocar dependurado pela boca, numa espécie de cabide preso à parede... Fui dependurado pelos dentes naquele cabide imundo e minha cabeça ficou enlaçada a duas argolas presas à parede, através de uma cinta de velcro. Lutei muito para me manter lúcido, pois, se desmaiasse, morreria afogado na própria saliva e sangue que brotavam dos ferimentos da boca. Não sei quanto tempo fiquei naquela posição, se minutos ou horas, pois perdi a noção do tempo... Quando acordei, estava em uma enfermaria típica de quartel, anos depois fiquei sabendo – quando fui prestar serviço militar. Tubos ligados a bulbos de soro se infiltravam em meus antebraços. Minhas feridas começavam a cicatrizar e eu imaginava qual teria sido meu crime, aos 15 anos de idade, para estar passando por tudo aquilo”. (Pedro Penteado do Prado, que tinha 15 anos quando foi sequestrado por engano pela polícia ao ser confundido com um simpatizante do Grupo das Onze)
“(Ele) Falou ‘eu vou te castrar, seu filho da puta’ (...) e deu um corte nos meus testículos (...) E ficou aberto, eles não costuraram, eu fiquei internado no Hospital Militar (...) No ânus, eles enfiavam um canudo e soltavam um rato vivo dentro do canudo”. (Francisco Ferreira de Oliveira)
“João Leonardo estava bem fora de si porque violentaram a mulher dele lá naquela sala que me despiram, ele ficou no pau de arara com bastão elétrico no ânus e violentaram a mulher dele, que era professora de inglês [...] Violentaram na frente dele, ele ficou bulido da ideia”. (Eliete Lisboa Martella)
“Eu ficava nua, com o capuz na cabeça, uma corda enrolada no pescoço, passando pelas costas até as mãos, que estavam amarradas atrás da cintura. Enquanto o torturador ficava mexendo nos meus seios, na minha vagina, penetrando com o dedo na vagina, eu ficava impossibilitada de me defender, pois, se eu movimentasse os meus braços para me proteger, eu me enforcava e, instintivamente, eu voltava atrás” (relato de Lucia Murat. Em outro trecho, ela conta que teve baratas vivas enfiadas em sua vagina.)
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Olhem bem para esta foto. Estas 3 crianças foram algumas das crianças presas na ditadura militar pelo “homem” que foi exaltado por Jair Bolsonaro dentro da Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil ao vivo diante de toda a nação no último domingo. E ainda foi aplaudido por muitos de seus colegas parlamentares e muitos de seus “fãs”. Sem mais.
https://www.facebook.com/edilson.aragao/posts/1297310780283447

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