Uma mudança no projeto original fez com que a ex-gestora do município, Zoélia Maria Loiola Paiva, na época afastada do cargo, ingressasse com um pedido de Ação Civil Pública contra o gestor de seu município, na ocasião José Almir Matos Lopes.
José Almir que venceu as eleições em outubro passado, disse que tem conhecimento da ação na Justiça, mas que nunca foi notificado e que pretende continuar a obra. “Tenho interesse em concluir a obra iniciada por mim, estou aguardando somente que a construtora responsável me diga quando vai reiniciá-la”, disse José Almir, que garante que as demais obras incluídas no convênio, duas adutoras, uma na localidade de Pará e a outra em Malhada de Areia, estão prontas.
O convênio do Dnocs foi no valor de R$ 300 mil, com data de 27 de dezembro de 2007. O dinheiro foi repassado ao município por depósito bancário no fim daquele ano. Em 18 de janeiro de 2008, por decisão da Câmara de Vereadores, Zoélia Loiola foi afastada do cargo de prefeita assumindo no seu lugar o então vice-prefeito José Almir. Ele disse que quando assumiu a administração do município teve a intenção de dar continuidade aos projetos em andamento, para tanto mandou elaborar um outro projeto para a obra do pontilhão. “Se observar a obra licitada e que estava sendo executada tem uma extensão maior que o original. O anterior previa a construção do pontilhão e uma avenida de 214 metros a que mandei construir tem 300”, justifica, acrescentando que quando a ex-gestora, Zoélia Paiva, retomou o direito de administrar a cidade mandou embargar a obra pública.
Hoje a obra se encontra parada e em total abandono e, com as primeiras chuvas caídas na região, o que foi feito antes começa a desmoronar. “Isso está acontecendo porque não foram feitas as canaletas para escoamento das águas, como também não feito a compactação do terreno”, diz Almir.
Para a ex-prefeita de Groaíras, Zoélia Loiola, a briga não vai parar enquanto o seu sucessor não justificar porque modificou o projeto original e para onde foi o dinheiro que deveria ser usado na obra. “A gente batalhou tanto pelo recurso, apresentamos o projeto ao Dnocs e o dinheiro veio. Quando deixei o cargo não houve tempo para fazer a licitação da obra. Quando retornei seis meses depois o dinheiro já havia sido sacado e obra não estava concluída, por isso estou pedindo na justiça explicação sobre a obra´, esclarece Zoélia Loiola.
Por Wilson Gomes
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