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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O PT deverá lançar candidato ao Senado em 2010

A hipótese de o Partido dos Trabalhadores lançar candidatura ao Senado em 2010 parece não agradar muito ao deputado federal Eunício Oliveira (PMDB). Entrevistado de ontem do programa Coletiva, transmitido pela TV O POVO, o peemedebista - candidato a uma das duas vagas que se abrem no próximo ano - destacou que o PT já tem em mãos a Vice-Governadoria do Estado e a Prefeitura de Fortaleza. Por conta disso, Eunício dá a entender que seria mais do que justo o PT concentrar forças para condizi-lo ao Senado nas próximas eleições. “O PMDB tem sido muito altruísta e espera, naturalmente, a reciprocidade daquilo que tem dado em relação à aliança”, cobrou o deputado, fazendo referência ao apoio do partido para a eleição de Cid Gomes (PSB), em 2006, e para reeleição da prefeita Luizianne Lins (PT), no ano passado. Foi essa mesma postura “altruísta” que teria feito, por exemplo, Eunício desistir da candidatura ao Senado em 2006 em prol de Inácio Arruda (PCdoB). Extremamente cauteloso, Eunício Oliveira tenta abafar uma discussão que já circula e que tende a se intensificar em 2010.

O presidente estadual do PT, Ilário Marques, por exemplo, já colocou seu nome à disposição para concorrer à segunda vaga. Entretanto, uma segunda candidatura no mesmo bloco pode diminuir as chances de Eunício, principalmente se o senador Tasso Jereissati (PSDB) - cujo mandato termina em 2010 - entrar na disputa. Tentando por fim à discussão desse tema, Eunício chegou a afirmar na noite de ontem que irá “bater palmas” para a decisão que for tomada pela aliança, que envolve, além de PT e PMDB, partidos como PSB e PCdoB. “O PMDB já é consenso dentro da aliança. Se o PMDB tem direito a isso, não vai mais se intrometer no resto da chapa”, disse.

No que se refere à disputa presidencial, Eunício -que já articula sua chegada ao comando do PMDB nacional - defendeu que seu partido tenha candidatura própria. Segundo ele, é “natural” que um partido “do tamanho do PMDB” queira lançar um nome para o comando do País. Caso a candidatura não se viabilize, Eunício afirmou também ser “natural” que a aliança com o PT seja mantida. Questionado se já não seria hora de o partido começar a trabalhar em torno de um nome, principalmente pelo fato de o PMDB não contar hoje com nenhum político de destaque no cenário nacional, o deputado afirmou que um candidato só se torna conhecido com o início da campanha eletrônica.

A composição do novo secretariado da prefeita Luizianne Lins (PT) também pontuou o programa Coletiva de ontem, apresentado por Erick Guimarães e que contou com a participação dos jornalistas Guálter George, Renato Abreu, Kézia Diniz e Kamila Fernandes. Eunício disse que não irá exercer nenhuma pressão sobre a petista e que os nomes do PMDB colocados até agora são frutos da “inteligência da imprensa”. “Não houve nenhuma indicação”, garantiu.

Por Wilson Gomes, com informações do O Povo.

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