O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, encerrou sua exposição hoje, em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, com a entrega de um abaixo-assinado com cerca de 1,3 milhão de assinaturas contra a CPMF. As folhas com as assinaturas chegaram ao plenário da CCJ em carrinhos de supermercados e ficaram sobre as mesas dos senadores dificultando, inclusive, que os parlamentares presentes pudessem acompanhar a sessão.
Skaf defendeu, diante dos senadores, o fim da cobrança da CPMF argumentando que em 11 anos de existência arrecadou R$ 200 bilhões, mas a saúde se encontra em "um verdadeiro caos". Ele comentou que como o País está vivendo um momento de aumento de arrecadação de R$ 70 bilhões, seria importante acabar agora com a CPMF. Afirmou que os projetos de reforma tributária até agora anunciados pelo governo não prevêem desoneração.
"A única chance que temos desonerar é rejeitar a CPMF. Que esperança temos em desonerar outros impostos que não implicam mudanças na Constituição?", disse. Skaf insistiu na tese do crescimento excessivo de gastos do governo.
O representante da Federação Nacional dos Bancos, Gabriel Jorge Ferreira, classificou a CPMF como "um imposto ruim e perverso sobre vários aspectos, incide em cascata, é regressivo e atinge mais os pobres. Tem uma natureza mais confiscatória", disse ele.
Agência Estado
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