247 – No dia em que retornou ao trabalho, Eliseu Padilha insinuou que Michel Temer não tem moral para demiti-lo.
É o que fica claro na entrevista que concedeu a Simone Iglesias, do Globo:
— Só vou falar quando e se eu for chamado para depor, num eventual depoimento. Não vou falar sobre o que não existe. Citação não é motivo para nada — disse Padilha.
O ministro reforçou que Temer já definiu o posicionamento do governo quanto aos integrantes do governo envolvidos na Lava-Jato. Lembrou que os investigados se afastarão temporariamente e os que se tornarem réus serão demitidos. Padilha observou que seu caso não se aplica a nenhuma das linhas de corte.
Citado por diversos delatores da Odebrecht como tesoureiro informal do PMDB, e também acusado de usar quatro senhas para receber R$ 5 milhões em propina, dos R$ 10 milhões acertados no jantar do Jaburu com a presença de Michel Temer, disse que não se enquadra em nenhuma das linhas de corte dos ministros que podem vir a ser demitidos em razão da Lava Jato.
Há três semanas, Temer disse que todos os ministros que se tornarem réus serão demitidos, mas Padilha garantiu que essa regra não vale para ele.
Parte da propina do PMDB foi entregue no escritório de José Yunes, melhor amigo de Temer – o que indica que Yunes pode ter sido mula de outra pesso, e não de Padilha.
O governo apodrece em praça pública, mas são intensos os movimentos para salvar o cadáver, como demonstra ida de Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ao Jaburu.
Mesmo tendo sido citado como responsável pelas propinas e pelo caixa dois do PMDB, Padilha quer liderar a reforma da Previdência, que pode deixar 70% dos brasileiros sem aposentadoria, segundo o Dieese.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/284783/Padilha-desafia-Temer-e-diz-que-n%C3%A3o-ser%C3%A1-demitido-nem-se-for-r%C3%A9u-na-Lava-Jato.htm
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