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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Instituto Lula: “decisão da Receita Federal é ilegal”

247 - O Instituto Lula divulgou uma nota sobre a suspensão pela Receita Federal da isenção fiscal do ano de 2011 da entidade. O texto aponta que a notificação, entregue em 30 de agosto desse ano, "questiona despesas que representam apenas 2,74% das receitas (doações) auferidas pelo Instituto Lula no ano de 2011".
"Todas as despesas mencionadas na notificação da Receita Federal estão comprovadas por documentos, que foram fornecidos pelo Instituto Lula ao referido órgão durante o processo de fiscalização", reforça a nota, que que cita despesas questionadas pela Receita nos valores de R$ 140 ou de R$ 60 relativas ao pagamento de seguro-viagem de Paulo Okamoto e de Clara Ant, ambos diretores do instituto, "o que demonstra uma clara tentativa de ferir a qualquer custo a imagem do ex-presidente".
"O Instituto Lula não é utilizado para outros propósitos, nem tampouco concede ou propicia qualquer tipo de benefício ao ex-presidente", defende ainda a entidade, que diz que a suspensão pela Receita Federal "é ilegal e o Instituto Lula apresentará recurso às instâncias superiores". A nota lembra ainda que o processo corre sob sigilo e critica os "seguidos vazamentos ilegais feitos por funcionários públicos para a imprensa".
Leia a íntegra:
NOTA À IMPRENSA
Instituto Lula divulga nota sobre processo da Receita Federal
Em nota divulgada nesta quinta-feira (13), Instituto Lula afirma que não concede ou propicia qualquer tipo de benefício ao ex-presidente.
São Paulo, 13 de outubro de 2016,
Com relação ao processo administrativo promovido pela Receita Federal, que resultou na suspensão de suas isenções fiscais relativas ao exercício de 2011, o Instituto Lula tem a dizer o seguinte:
O Instituto Lula é uma associação da sociedade civil sem fins lucrativos, que descende de entidades nascidas em 1991, com longo histórico de contribuições para a causa da democracia e inclusão social.
A notificação entregue em 30.08.2016 pela Receita Federal questiona despesas que representam apenas 2,74% das receitas (doações) auferidas pelo Instituto Lula no ano de 2011.
O valor somado das despesas questionadas é substancialmente inferior ao valor do benefício representado pelas isenções fiscais que se pretende revogar e inferior, ainda, aos tributos recolhidos ao Estado de São Paulo, incidentes sobre as referidas doações.
A maioria desses desembolsos diz respeito a despesas de viagem de integrantes do Instituto, merecendo destaque o valor de R$141,41, relativo ao pagamento de seguro-viagem de Paulo Okamotto, e de R$ 62,65, relativo a pagamento de seguro-viagem de Clara Ant, ambos diretores do Instituto, o que demonstra uma clara tentativa de ferir a qualquer custo a imagem do ex-presidente.
Todas as despesas mencionadas na notificação da Receita Federal estão comprovadas por documentos, que foram fornecidos pelo Instituto Lula ao referido órgão durante o processo de fiscalização.
No dia 29 de setembro, por intermédio de seus advogados, o Instituto Lula apresentou à Receita Federal sua manifestação, acompanhada de extensa documentação, demonstrando a inexistência de desvio de finalidade e a integral aplicação dos seus recursos nas suas atividades, destinadas precipuamente à divulgação e preservação da memória, do legado e do acervo do personagem histórico que é o ex-presidente Lula, tarefas essas de cunho eminentemente cultural.
O Instituto Lula não é utilizado para outros propósitos, nem tampouco concede ou propicia qualquer tipo de benefício ao ex-presidente.
O Instituto Lula foi notificado acerca da decisão de primeiro grau da Receita Federal, suspendendo sua isenção fiscal relativa ao ano de 2011.
Dado o pouco tempo passado entre a apresentação da defesa e a superveniência da decisão, fica confirmado o jogo de cartas marcadas já mencionado na peça defensiva, especialmente em virtude do indeferimento da produção complementar de provas, o que é direito de qualquer contribuinte.
A decisão da Receita Federal é ilegal e o Instituto Lula apresentará recurso às instâncias superiores.
O processo administrativo corre em sigilo, imposto por lei, que o Instituto Lula gostaria de ver respeitado, ao invés dos seguidos vazamentos ilegais feitos por funcionários públicos para a imprensa.
Assessoria de imprensa do Instituto Lula
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/260214/Instituto-Lula-“decisão-da-Receita-Federal-é-ilegal”.htm

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