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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

DINHEIRO DO PROGRAMA DE REPATRIAÇÃO NÃO VEM PARA O BRASIL

247 - A maior parte dos contribuintes que aderiu à legalização de recursos não declarados no exterior, no programa de repatriação incentivado pelo governo, optou por não transferir para o Brasil os montantes aplicados em outros países, trazendo para contas e aplicações brasileiras apenas o dinheiro relativo a multas e impostos, cobrados no ato de fechamento das operações, revelareportagem do Valor.
"Mesmo com os juros altos e o bom desempenho da bolsa no Brasil, os grandes contribuintes que têm aderido à legalização de recursos não declarados no exterior têm optado por trazer ao país apenas o dinheiro relativo à multa e aos impostos, cobrados no ato de fechamento das operações. Apenas nos casos de volumes menores de recursos, de até US$ 3 milhões, é que os bancos têm observado com mais frequência o encerramento de aplicações no mercado internacional e a efetiva repatriação dos recursos.
Há relatos de que até sexta-feira, a poucos dias do fim do prazo para adesão ao programa previsto pela Lei 13.254, cerca de 30% dos clientes mapeados haviam concluído o processo em algumas instituições. Mesmo assim, as áreas de private banking dos bancos acreditam que a regularização vá engordar o bolo de investimentos sob sua administração, principalmente a partir de 2017.
O executivo de um banco consultado pelo Valor calcula que, com base na estimativa do governo de arrecadação de até R$ 80 bilhões em impostos e multas, o total regularizado chegaria à casa dos US$ 100 bilhões. Se metade desses recursos estiver alocada em ativos financeiros lá fora, esse executivo considera que pode atrair até 10% desse valor para sua plataforma de negócios local e internacional. O fato é que, por ora, menos de 5% dos casos submetidos a essa instituição têm resultado em internalização dos recursos."
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/261842/Dinheiro-do-programa-de-repatria%C3%A7%C3%A3o-n%C3%A3o-vem-para-o-Brasil.htm

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