De novo, um veículo da mídia brasileira repete a baixeza ética de submeter-se à difamação para causar impacto perante a opinião pública, com a divulgação de informações mentirosas, sem seguir o princípio basilar de se ouvir a parte acusada.
As intenções de tal prática merecem ser condenadas enfaticamente, não apenas por denotarem o atraso ético de uma imprensa subdesenvolvida, mas também pelo atentado contra os mais elementares princípios democráticos.
A presidenta afastada Dilma Rousseff foi alvo da revista Istoé desta semana por sórdida reportagem que se lhe atribui uma única frase, supostamente dita pelo empresário Marcelo Odebrecht, em suposta delação obtida no âmbito da operação Lava Jato.
A ilação criminosa – sem qualquer elemento comprobatório – ocorre em meio à perda de controle do governo interino de Michel Temer e do grupo de parlamentares que o sustenta quanto às consequências do golpe que articularam contra a titular da Presidência da República, eleita soberanamente pelo voto de mais de 54 milhões de brasileiros.
O desgoverno dos golpistas mostrou à Nação, em suas primeiras três semanas, a falta de escrúpulos com que pretendem governar o Brasil. E é nesse contexto que se dá essa nova demonstração de abandono total de civilidade e de desrespeito às instituições, conquistadas com muito esforço nas últimas décadas.
Os usurpadores que tomaram o Poder Executivo vêm recebendo crescentes e contundentes sinais de protesto da sociedade, em reação espontânea contra seus atos espúrios. Sem a legitimidade do voto popular, golpistas pretendem impor aos brasileiros a extinção de programas sociais e a falência dos sistemas de Saúde e Educação públicas com a nefasta intenção de privatizar serviços básicos que o estado, segundo a Constituição, deve oferecer à população.
A falta de escrúpulos, associada à ação deletéria da imprensa marrom, expõe o medo dos golpistas de perderem ainda mais o apoio dos senadores, neste momento conturbado da nossa história republicana.
Os golpistas temem, sobretudo, a reação das ruas aos seus propósitos inconfessáveis.
Por essas razões, as senadoras e os senadores do Partido dos Trabalhadores, em nome de todas as demais senadoras e senadores de outros partidos que dizem não ao impeachment pretendido de Dilma Rousseff, vêm a público repudiar essa nova investida imoral e criminosa.
Brasília, 04 de junho de 2016
Bancada do PT no Sanado
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