247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, avalia que as crises social e institucional tendem a se aprofundar com a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki em um acidente de avião no litoral do Rio de Janeiro. Teori estava prestes a avaliar a homologação da megadelação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato que promete implodir o governo Michel Temer e boa parte do sistema político brasileiro. Segundo ele, a tendência é que setores do Poder Judiciário e do Poder Executivo entrem em conflito. "Caso as delações da Odebrecht não sejam amortecidas pelo sucessor de Teori na relatoria, será o prenúncio de uma guerra entre poderes, cujos sinais foram bem delineados nos últimos meses. De um lado, a chamada República dos procuradores, com ramificações no STF (Supremo Tribunal Federal), que pretende levar adiante a Lava Jato valendo-se dos recursos que forem necessários, incluindo medidas de exceção. De outro, Temer e a maior parte dos partidos políticos, unidos na proposta de "estancar a sangria"", diz Boulos em um artigo publicado na Folha de São Paulo. "São dois grupos disputando seus projetos de poder, um deles bastante conhecido, o outro nem tanto. Após a oficialização das delações, a sorte estará lançada. O resultado desta guerra definirá o futuro do governo Temer e da Lava Jato, quiçá até mesmo os destinos da envelhecida Nova República", observa. "Esta crise institucional se desenrolará em meio a um cenário social igualmente explosivo. O país vive a maior recessão de sua história recente, com desemprego crescente e queda da renda dos trabalhadores. O programa adotado pelo governo é de retirada de direitos e corte de investimentos públicos, o que só joga mais gasolina na fogueira", ressalta o ativista. "De um lado, a guerra entre os Poderes, que coloca em xeque o governo e o regime político. De outro, a guerra declarada dos Poderes contra a maioria do povo, que deverá provocar reações sociais de maior intensidade do que vimos até aqui. O resultado destas guerras paralelas em 2017 dirá muito sobre os destinos do país", finaliza. Leia aqui a íntegra do artigo. http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/276128/Boulos-morte-de-Teori-tende-a-agravar-crise-pol%C3%ADtica-e-social.htm
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
BOULOS: MORTE DE TEORI TENDE A AGRAVAR CRISE POLÍTICA E SOCIAL
247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, avalia que as crises social e institucional tendem a se aprofundar com a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki em um acidente de avião no litoral do Rio de Janeiro. Teori estava prestes a avaliar a homologação da megadelação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato que promete implodir o governo Michel Temer e boa parte do sistema político brasileiro. Segundo ele, a tendência é que setores do Poder Judiciário e do Poder Executivo entrem em conflito. "Caso as delações da Odebrecht não sejam amortecidas pelo sucessor de Teori na relatoria, será o prenúncio de uma guerra entre poderes, cujos sinais foram bem delineados nos últimos meses. De um lado, a chamada República dos procuradores, com ramificações no STF (Supremo Tribunal Federal), que pretende levar adiante a Lava Jato valendo-se dos recursos que forem necessários, incluindo medidas de exceção. De outro, Temer e a maior parte dos partidos políticos, unidos na proposta de "estancar a sangria"", diz Boulos em um artigo publicado na Folha de São Paulo. "São dois grupos disputando seus projetos de poder, um deles bastante conhecido, o outro nem tanto. Após a oficialização das delações, a sorte estará lançada. O resultado desta guerra definirá o futuro do governo Temer e da Lava Jato, quiçá até mesmo os destinos da envelhecida Nova República", observa. "Esta crise institucional se desenrolará em meio a um cenário social igualmente explosivo. O país vive a maior recessão de sua história recente, com desemprego crescente e queda da renda dos trabalhadores. O programa adotado pelo governo é de retirada de direitos e corte de investimentos públicos, o que só joga mais gasolina na fogueira", ressalta o ativista. "De um lado, a guerra entre os Poderes, que coloca em xeque o governo e o regime político. De outro, a guerra declarada dos Poderes contra a maioria do povo, que deverá provocar reações sociais de maior intensidade do que vimos até aqui. O resultado destas guerras paralelas em 2017 dirá muito sobre os destinos do país", finaliza. Leia aqui a íntegra do artigo. http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/276128/Boulos-morte-de-Teori-tende-a-agravar-crise-pol%C3%ADtica-e-social.htm
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