Empresa reforça liderança em óleo e gás e amplia ações de baixo carbono
247 – A Petrobras aprovou, em reunião do Conselho de Administração realizada nesta sexta-feira, o Plano de Negócios 2026-2030 (PN 2026-30). As informações foram divulgadas pela própria companhia por meio de comunicado publicado em seu site oficial.
Segundo a estatal, o PN 2026-30 mantém as diretrizes do Plano Estratégico 2050 e reafirma a ambição de consolidar a Petrobras como “a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor”, conciliando a liderança em óleo e gás com a expansão para negócios de baixo carbono, como petroquímica, fertilizantes, biocombustíveis e energias renováveis.
US$ 109 bilhões em investimentos e 311 mil empregos
O plano prevê investimentos totais de US$ 109 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais US$ 91 bilhões em projetos já em carteira e US$ 18 bilhões em iniciativas em avaliação. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o impacto econômico do programa: “Nossos investimentos somam um volume significativo para a economia brasileira, US$ 109 bilhões, que representam 5% dos investimentos totais no país. Nossos projetos têm o potencial de gerar e sustentar 311 mil empregos diretos e indiretos e vamos contribuir com R$ 1,4 trilhão em tributos para municípios, estados e União nos próximos cinco anos.”
Ela também afirmou que a estatal seguirá “como empresa integrada e líder na transição energética justa”.
Estratégia de resiliência e controle de custos
A companhia informou que o plano foi formulado considerando um cenário de preços internacionais do petróleo mais baixos, o que reforçou a necessidade de disciplina de capital, eficiência operacional e rigor na avaliação de investimentos. A Petrobras projeta economizar US$ 12 bilhões em gastos operacionais entre 2025 e 2030.
Essa estratégia inclui:
- Redução de gastos em plataformas sem produção
- Otimização logística aérea e marítima
- Melhor planejamento de poços e inspeções submarinas
- Postergação de serviços não prioritários
A estatal destaca que todas as ações seguem diretrizes de segurança operacional, respeito ao meio ambiente e atenção às pessoas.
Foco em óleo e gás: novos FPSOs e expansão no pré-sal
O segmento de Exploração e Produção (E&P) continuará sendo o principal motor da companhia. O plano destina US$ 69,2 bilhões ao setor, dos quais 62% para projetos no pré-sal.
Entre as metas estão:
- Instalar 8 novos sistemas de produção até 2030, 7 já contratados
- Completar, até 2027, 11 FPSOs no campo de Búzios
- Iniciar licitação para a unidade P-91
- Elevar a produção de petróleo para 2,7 milhões de barris/dia em 2028
A Petrobras também ampliará investimentos exploratórios — US$ 7,1 bilhões — com destaque para as bacias do Sul e Sudeste, para a Margem Equatorial, e para projetos no exterior, como Colômbia e África do Sul.
Ampliação da capacidade de refino e novos combustíveis
O plano de negócios inclui US$ 15,8 bilhões para Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes.
Dentre as ações previstas:
- Elevação da capacidade instalada de refino de 1,8 milhão para 2,1 milhões de barris por dia até 2030
- Aumento da participação do diesel na produção total, de 40% para 45%
- Conclusão do Trem 2 da RNEST e do projeto Refino Boaventura
- Ampliação da produção de Diesel S-10 em 307 mil bpd
A companhia também investirá em biorrefino, incluindo a construção de planta dedicada a SAF (bioquerosene de aviação) e Diesel 100% renovável na RPBC, além de adaptações em outras refinarias.
O plano prevê ainda a construção de 20 navios de cabotagem, 18 barcaças e o afretamento de 40 novas embarcações offshore para ampliar a presença logística no país.
Fertilizantes, petroquímica e gás natural
Na área de fertilizantes, o destaque é a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Três Lagoas (MS). A Petrobras também manterá investimentos para assegurar a continuidade das operações das unidades BA, SE e da ANSA.
Em gás natural, a estatal pretende ampliar a oferta nacional e planeja novas usinas termelétricas no Complexo de Energia Boaventura, condicionadas à viabilidade em leilões de reserva de capacidade.
Avanço em energias de baixo carbono
O plano dedica US$ 4 bilhões a projetos de gás e energias de baixo carbono, além de US$ 13 bilhões em iniciativas que envolvem descarbonização, biocombustíveis, CCUS, hidrogênio de baixa emissão e P&D.
Entre os compromissos mantidos até 2030 estão:
- Redução de 30% nas emissões absolutas (escopos 1 e 2)
- Zero queima de rotina em flare
- Intensidade de emissões de GEE no E&P limitada a 15 kgCO2e/boe
- Neutralidade das emissões operacionais até 2050
Financiabilidade e sustentabilidade financeira
A Petrobras afirma que o estudo de financiabilidade indica fluxo de caixa resiliente, com Brent de equilíbrio para neutralidade da dívida líquida estimado em US$ 59 por barril em 2026 e US$ 48 em 2030.
Premissas fundamentais:
- Caixa mínimo de US$ 6 bilhões
- Dividendos conforme a política atual
- Limite de dívida bruta de US$ 75 bilhões, com meta de convergência a US$ 65 bilhões
A estatal projeta distribuir entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões em dividendos ordinários ao longo do período.
Conclusão: expansão, eficiência e transição energética
A Petrobras conclui que o PN 2026-2030 reforça a estratégia de:
- Liderança em óleo e gás com resiliência econômica e ambiental
- Ampliação do parque industrial
- Geração de valor aos acionistas e à sociedade
- Inserção competitiva na transição energética
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Fonte: https://www.brasil247.com/economia/petrobras-aprova-plano-de-us-109-bilhoes-em-investimentos-com-foco-em-expansao-eficiencia-e-transicao-energetica




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