Páginas

domingo, 31 de agosto de 2025

 

Governo venezuelano organizou um mutirão de alistamentos disponibilizando mil postos em 225 municípios

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aplaude durante a cerimônia de encerramento do segundo Curso de Operações Especiais Revolucionárias (COER), realizado no Grupo de Comando de Ação da Guarda Nacional Bolivariana na paróquia de Macarao, em Caracas, Venezuela (Foto: Miraflores Palace/Handout via Reuters)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebrou neste fim de semana o alistamento em massa de civis para a Milícia Nacional Bolivariana, destacando a ação como um gesto de “defesa integral da nação”. “Cada homem e mulher alistados representam a vontade de um povo que não se rende, que se prepara, se une e defende sua soberania com dignidade e coragem”, afirmou o líder venezuelano em seu canal oficial no Telegram, de acordo com o Metrópoles

O governo venezuelano organizou um mutirão de alistamentos entre os dias 30 e 31 de agosto, disponibilizando mil postos em 225 municípios. A ação dá continuidade à convocação realizada no fim de semana anterior, quando o governo  também promoveu inscrições em larga escala para fortalecer a Milícia Nacional Bolivariana (MNB).

Além da adesão de civis, Maduro informou que já conta com cerca de 4,5 milhões de milicianos mobilizados em todo o país. O governo também enviou 15 mil militares para reforçar a fronteira com a Colômbia e ordenou o deslocamento de navios de guerra para patrulhar as águas territoriais.

A intensificação das mobilizações ocorre em meio ao aumento da pressão do governo dos Estados Unidos sobre Caracas. A administração do presidente Donald Trump acusa Maduro de chefiar o cartel de Los Soles, classificado por Washington como organização terrorista.

Como resposta, os EUA enviaram navios de guerra para o mar do Caribe, ampliando o clima de tensão regional. O episódio se soma a uma série de medidas adotadas pela Casa Branca contra o governo chavista nos últimos anos, incluindo sanções econômicas e denúncias de narcotráfico.

Fonte:  https://www.brasil247.com/americalatina/maduro-comemora-mobilizacao-massiva-de-civis-em-alistamento-contra-ameacas-dos-eua#google_vignette

Brasil247: Brasil inaugura rota marítima com a China via porto no estado do Amapá

 

Nova ligação entre Santana e Zhuhai reduz custos logísticos em mais de 30% e coloca o estado como corredor estratégico do comércio internacional

Corredor de exportação Brasil-China (Foto: Marcio Pinheiro / MIDR)

Conteúdo postado por:

247 – O Amapá passou a integrar oficialmente a rota marítima internacional de comércio neste sábado (30), com a inauguração da ligação direta entre o Porto de Santana e o Porto de Gaolan, em Zhuhai, na China. A notícia foi divulgada pela Agência Gov, que destacou a articulação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) como fundamental para viabilizar o projeto.

De acordo com o ministro Waldez Góes, a nova conexão garante vantagens logísticas decisivas para a competitividade brasileira no mercado internacional. “Essa inauguração é resultado das articulações do governo brasileiro na agenda de cooperação com a China. Esta rota promove benefícios mútuos para os países, uma vez que facilita a entrada de produtos chineses para alavancar as atividades comerciais e industriais no estado, como também garante que os chineses consumam os produtos oriundos do nosso agro e da bioeconomia”, afirmou. Ele ressaltou que a nova rota reduz em até 30 dias o tempo de transporte e diminui em mais de 30% os custos logísticos.

Amapá como corredor estratégico da Amazônia

O governador do Amapá, Clécio Luis, destacou a relevância histórica da conquista para o desenvolvimento regional. “Seremos referência para outras regiões da Amazônia e para o Centro-Oeste. O estado será corredor de importação de toneladas de produtos que serão transportados e serão beneficiados por meio das políticas de livre comércio e Suframa. Portanto, é um marco histórico para o nosso Amapá”, declarou.

Durante a inauguração, foi realizado o primeiro descarregamento de produtos vindos da China, incluindo alimentos e equipamentos de energia solar. As mercadorias chegaram em contêineres e foram recebidas pela Companhia Docas de Santana (CDSA), marcando o início efetivo da operação.

Cooperação Brasil-China em expansão

O presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China, Fábio Hu, destacou a importância da aproximação entre os dois países para novas oportunidades de negócios. “Sem dúvidas que a partir de hoje, podemos fechar mais negócios com o Amapá. A China está disposta a cooperar de forma significativa para o desenvolvimento do estado, focando na sustentabilidade e boas práticas de comércio”, observou.

Já o prefeito de Santana, Bala Rocha, apontou o impacto positivo para a população local. “Nosso Porto de Santana ficará mais estruturado para receber esse maior fluxo de mercadorias. É a possibilidade de contratação de mais mão de obra e mais benefícios para a população da nossa cidade”, disse.

Integração regional e projeção internacional

A nova rota marítima representa um passo estratégico para o Brasil no fortalecimento das relações comerciais com a China, principal parceiro econômico do país. Para o Amapá, o projeto amplia sua relevância no cenário logístico da Amazônia e do Centro-Oeste, reforçando o papel do estado como ponto-chave para a integração entre o comércio global e a bioeconomia regional.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/brasil-inaugura-rota-maritima-com-a-china-via-porto-no-estado-do-amapa

Brasil247: Interpol inclui oito foragidos de megaoperação contra o PCC em "lista vermelha"

 

Suspeitos de liderar esquema bilionário do crime organizado agora podem ser capturados em 196 países

(Foto: REUTERS/Edgar Su)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - A Interpol passou a incluir os nomes de oito foragidos da megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) na lista de difusão vermelha. Esse mecanismo internacional, conhecido como “lista vermelha”, é utilizado para compartilhar dados sobre criminosos procurados e facilitar sua localização por autoridades policiais de 196 países-membros da organização.

De acordo com o g1, o pedido foi feito pela Polícia Federal (PF), que também apura se houve vazamento de informações que possam ter prejudicado o cumprimento dos mandados de prisão. A Justiça Federal havia expedido 14 ordens de prisão preventiva, mas apenas seis suspeitos foram capturados até agora.

A difusão vermelha funciona como uma espécie de alerta internacional, permitindo que os foragidos sejam identificados e detidos em diferentes fronteiras. Atualmente, a Interpol mantém 19 bancos de dados disponíveis às polícias do mundo, que incluem impressões digitais, perfis de DNA, informações sobre documentos falsificados e até registros de obras de arte roubadas.

Embora no site da organização constem 75 nomes de brasileiros procurados, esse número pode ser maior. Em alguns casos, por razões estratégicas e de inteligência, a divulgação pública não é feita, como ocorreu com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que teve seu nome incluído apenas nos sistemas internos de consulta policial.

Entre os nomes agora incluídos na difusão vermelha estão figuras apontadas como líderes do esquema criminoso ligado ao setor de combustíveis:

Mohamad Hussein Mourad, também conhecido como “João”, “Primo” ou “Jumbo”: considerado pelo Ministério Público como o “epicentro” da rede criminosa

Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”: identificado como “colíder” da organização

Daniel Dias Lopes: descrito como peça-chave por suas conexões com distribuidoras de combustíveis de Mourad

Miriam Favero Lopes: esposa de Daniel e sócia de empresas envolvidas no esquema

Felipe Renan Jacobs

Renato Renard Gineste

Rodrigo Renard Gineste

Celso Leite Soares

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/interpol-inclui-oito-foragidos-de-megaoperacao-contra-o-pcc-em-lista-vermelha

sábado, 30 de agosto de 2025

Brasil247: Maioria das tarifas de Trump é ilegal, decide tribunal de apelações dos EUA

 

Decisão é do Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos EUA, em Washington, D.C.

O presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca - 25/08/2025 (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)
Leonardo Sobreira avatar
Conteúdo postado por:

247 - Um tribunal de apelações dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira (29) que a maior parte das tarifas de Donald Trump é ilegal, enfraquecendo o uso pelo presidente republicano dessas medidas como sua ferramenta central da política econômica internacional. A informação é da Reuters. 

“O estatuto concede autoridade significativa ao presidente para realizar uma série de ações em resposta a uma emergência nacional declarada, mas nenhuma dessas ações inclui explicitamente o poder de impor tarifas, impostos ou similares, ou o poder de tributar”, afirmou a decisão do Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos EUA, em Washington, D.C..

Trump fez das tarifas um pilar da política externa dos EUA em seu segundo mandato, utilizando-as para exercer pressão política e renegociar acordos comerciais com países que exportam produtos para os Estados Unidos, incluindo o Brasil.

Fonte:  https://www.brasil247.com/mundo/maioria-das-tarifas-de-trump-e-ilegal-decide-tribunal-de-apelacoes-dos-eua

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Brasil247: Claudia Sheinbaum exalta salto da parceria estratégica entre Brasil e México

 

Presidenta mexicana também saudou o presidente Lula por retirar o Brasil do mapa da fome mais uma vez

Claudia Sheinbaum recebe a delegação brasileira (Foto: Divulgação / Governo Mexicano)
 
 
Conteúdo postado por:

247 – A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, destacou nesta quinta-feira (28) os avanços da cooperação estratégica com o Brasil após receber, no Palácio Nacional, a delegação brasileira liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. Em publicação no X (antigo Twitter), Sheinbaum afirmou que “foram realizadas reuniões altamente produtivas entre autoridades mexicanas e brasileiras e líderes empresariais para fortalecer a cooperação em desenvolvimento científico, econômico e ambiental; também compartilharam experiências na promoção da industrialização”. 

Além disso, a presidenta mexicana aproveitou para felicitar o presidente Lula pelo novo marco social alcançado: “Felicitamos ao presidente @LulaOficial por haver logrado, uma vez mais, zero fome no Brasil”. O reconhecimento ocorre dias após a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmar a retirada do país do mapa da fome.

 

Ampliação dos acordos comerciais

Durante o encontro, Brasil e México assinaram um documento que marca o início das negociações para ampliar os atuais Acordos de Complementação Econômica (ACE-53 e ACE-55), que hoje regulam o comércio bilateral. O objetivo é atualizar os mecanismos de integração, que já têm mais de 20 anos, e aumentar a cobertura tarifária, atualmente restrita a pouco mais de 12% do fluxo de comércio entre os dois países.

Segundo Alckmin, o novo cronograma de trabalho será concluído até julho de 2026. “Foi um trabalho bastante amplo e bastante proveitoso. Vou levar ao presidente Lula uma boa notícia de que o Brasil e o México estão mais próximos em benefício das nossas populações e como motor do desenvolvimento da América Latina”, afirmou o vice-presidente.

Cooperação em setores estratégicos

Os dois governos assinaram parcerias em áreas consideradas essenciais para o desenvolvimento. No setor da saúde, foram firmados acordos que preveem pesquisas conjuntas em vacinas de RNA mensageiro, além da modernização dos processos regulatórios e do acesso a tecnologias de saúde seguras e eficazes.

No agro, a cooperação vai englobar desde o acompanhamento técnico de pequenos e médios produtores até temas de soberania alimentar, sanidade animal e vegetal e rastreabilidade da carne bovina, sem prejuízo às exportações brasileiras.

Outro ponto de destaque foi o memorando de entendimento sobre biocombustíveis, que servirá de base para iniciativas voltadas ao crescimento do setor no México, apoiadas na expertise brasileira em etanol de cana-de-açúcar.

Também houve avanços no campo do desenvolvimento industrial, com a criação de sinergias entre o programa brasileiro Nova Indústria Brasil e o Plano México, que busca acelerar a inovação, a sustentabilidade e a produtividade da economia mexicana.

Delegações de alto nível

A comitiva brasileira contou ainda com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; e a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha. Também participaram o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana; o presidente da Conab, Edegar Pretto; representantes da Anvisa, Fiocruz e Instituto Butantan; além de empresários e dirigentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A presença de líderes empresariais reforçou a dimensão prática das conversas, que miram a abertura de novos mercados, o estímulo a investimentos cruzados e o fortalecimento da integração latino-americana.

Fonte: https://www.brasil247.com/americalatina/claudia-sheinbaum-exalta-salto-da-parceria-estrategica-estrategica-entre-brasil-e-mexico 

Brasil247: Embaixada do Brasil notificará governo dos EUA sobre processo de retaliação comercial

 

Itamaraty aciona Camex após tarifa de 50% a produtos brasileiros; Lula e Alckmin reforçam disposição para negociar

Navios no Porto de Santos 01/05/2024 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: Amanda Perobelli)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - A Embaixada do Brasil em Washington comunicará oficialmente nesta sexta-feira (29) o USTR, representante comercial dos Estados Unidos, sobre a abertura de um processo que pode resultar na aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica contra o país em resposta à sobretaxa de 50% aplicada a produtos brasileiros. As informações são da CNN Brasil

Na noite de quinta-feira (28), o Itamaraty acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para dar início a consultas e investigações, após autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão abre caminho para um processo de longo prazo, no qual o Brasil poderá adotar medidas de retaliação comercial, mas sem descartar a via diplomática. O governo reforça que está aberto ao diálogo, inclusive com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo interlocutores do Executivo, a notificação é também um instrumento de pressão diplomática, permitindo que Washington manifeste interesse em negociar. Durante cerimônia de nomeação de diretores de agências reguladoras, Lula afirmou que "a hora que eles quiserem negociar, o Lulinha paz e amor está de volta”.

Em viagem oficial ao México, o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou a expectativa de que o processo sirva para acelerar o entendimento entre os dois países. “Espero que isso ajude a acelerar o diálogo e a negociação, que é o que o presidente Lula tem nos orientado. Primeiro, soberania nacional, o país não abre mão da sua soberania. No estado democrático, os poderes são separados. De outro lado, diálogo e negociação. Essa é a disposição do Brasil”, declarou.

A Camex terá até 30 dias para concluir um relatório técnico avaliando se a sobretaxa americana se enquadra na Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada neste ano pelo Congresso e sancionada por Lula. Caso seja confirmada a aplicabilidade da lei, será criado um grupo específico para sugerir medidas de retaliação. Entre as possibilidades estão restrições ao comércio de bens, serviços e até propriedade intelectual.

A iniciativa brasileira tem paralelo com a chamada Seção 301 dos Estados Unidos, dispositivo legal usado por Washington para investigar práticas consideradas desleais e autorizar retaliações. O Brasil passou a ser alvo desse instrumento após Donald Trump anunciar a imposição da tarifa sobre produtos nacionais.

Fonte:  https://www.brasil247.com/economia/embaixada-do-brasil-notificara-governo-dos-eua-sobre-processo-de-retaliacao-comercial

Agência Brasil: Com precatórios, setor público teve déficit de R$ 66,6 bi em julho

 

Dívida pública bruta sobe para 77,6% do PIB no mês
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/08/2025 - 15:57
Brasília
Edifício-Sede do Banco Central em Brasília
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O forte pagamento de precatórios fez o déficit do setor público consolidado (União, estados, municípios e estatais) saltar em julho. No mês passado, o resultado ficou negativo em R$ 66,6 bilhões, divulgou nesta sexta-feira (29) o Banco Central (BC). O valor é o segundo pior para o mês, perdendo apenas para julho de 2020, no auge da pandemia de covid-19.

O déficit primário de julho é dividido da seguinte forma:

  • Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central): R$ 56,4 bilhões
  • Governos Regionais (estados e municípios): R$ 8,1 bilhões
  • Empresas Estatais: R$ 2,1 bilhões

Em relação ao mesmo mês de 2024, houve piora significativa. Em julho do ano passado, o déficit primário havia sido de R$ 21,3 bilhões. Ontem (28), o Tesouro Nacional atribuiu o resultado à concentração de precatórios (despesas do governo com sentença judicial definitiva), que somaram R$ 62,78 bilhões no mês. No ano passado, os precatórios foram quitados em fevereiro.

O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. O resultado do Tesouro Nacional apontou déficit de R$ 59,124 bilhões para o Governo Central. No entanto, as estatísticas do BC registraram um déficit um pouco mais baixo, R$ 56,4 bilhões, por causa da diferença de metodologia entre os dois órgãos.

>>Entenda as novas regras para pagamento de precatórios 

Acumulado do ano

Nos sete primeiros meses do ano, o déficit primário acumulado foi de R$ 44,5 bilhões, equivalente a 0,61% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas). Apesar de ainda negativo, o resultado é melhor que o registrado em 2024, quando o déficit no mesmo período foi de R$ 64,7 bilhões (0,97% do PIB).

No acumulado em 12 meses, porém, houve reversão. O déficit chegou a R$ 27,3 bilhões, ou 0,22% do PIB, contra superávit de R$ 17,9 bilhões em junho. A meta do governo é zerar o rombo nas contas públicas em 2025, mas o arcabouço fiscal permite déficit de até 0,25% do PIB.

Resultado nominal e dívida bruta

Ao incluir os juros da dívida pública, o déficit nominal de julho atingiu R$ 175,6 bilhões. Em 12 meses, o valor chegou a R$ 968,5 bilhões, equivalente a 7,86% do PIB. A dívida bruta do governo geral alcançou 77,6% do PIB, o que representa R$ 9,6 trilhões, contra 76,6% do PIB (R$ 9,4 trilhões) em julho.

A dívida bruta foi impulsionada principalmente pelo pagamento de juros, emissões líquidas de títulos e desvalorização cambial. Desde o início do governo atual, a dívida já subiu 5,9 pontos percentuais. A dívida líquida, que desconta do débito total o valor que o governo tem a receber, também avançou para 63,7% do PIB em julho.

>>Entenda quanto é a dívida pública e por que ela existe

Desafios para arcabouço fiscal

Aprovado em 2023, o arcabouço fiscal limita o crescimento das despesas a 70% do aumento da arrecadação, com teto de 2,5% reais ao ano. No entanto, a regra pode perder validade nos próximos anos, caso não haja cortes expressivos de gastos obrigatórios, que necessitam de aprovação de leis e, em alguns casos, reformas na Constituição.

Segundo o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, em tramitação no Congresso, o próprio governo prevê que a trajetória da dívida pública passe de 78,5% do PIB em 2025 para 84,2% do PIB em 2028. Só a partir de 2028 é que ela entraria em queda em relação ao PIB.

As projeções do mercado financeiro, no entanto, estão mais pessimistas e indicam que a dívida bruta pode alcançar 93,5% do PIB em 2034. O Fundo Monetário Internacional estima que o índice supere 100% em 2035.

Agência Brasil: Lula anuncia apoio ao acordo de neutralidade do Canal do Panam

Presidente recebeu hoje o presidente do Panamá, José Raúl Mulino
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/08/2025 - 15:48
Brasília
Brasília (DF), 28/08/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião bilateral com o Presidente da República do Panamá, José Raúl Mulino, no Palácio do Planalto. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
© Antonio Cruz/Agência Brasil
Versão em áudio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira (28), o reconhecimento direto do Brasil ao tratado sobre a neutralidade permanente e a operação do Canal do Panamá. Lula recebeu o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, para uma visita oficial, e, em seu discurso, fez referência às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em retomar o controle da via interoceânica.

“O Brasil apoia integralmente a soberania do Panamá sobre o Canal, conquistada após décadas de luta. Há mais de 25 anos, o país administra o corredor marítimo com eficiência e respeito à neutralidade, garantindo trânsito seguro a navios de todas as origens”, disse Lula em declaração à imprensa no Palácio do Planalto.

“Tentativas de restaurar antigas hegemonias colocam em xeque a liberdade e a autodeterminação de nossos povos. Ameaças de ingerência pressionam instituições democráticas e comprometem a construção de um continente integrado, desenvolvido e autônomo. O comércio internacional é utilizado como instrumento de coerção e chantagem”, acrescentou.

O tratado de neutralidade do Canal do Panamá é um dos atos bilaterais dos Tratados Torrijos-Carter, assinados pelos Estados Unidos e pelo Panamá, que regem o funcionamento e a neutralidade da via aquática, com o Panamá assumindo a administração total do canal em 1999. O Brasil, como nação-membro da Organização dos Estados Americanos (OEA), reconhece a validade desses tratados, que visam garantir o trânsito seguro e não discriminatório para todas as nações.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

As obras do Canal do Panamá foram iniciadas pela França em 1880 e assumidas pelos Estados Unidos em 1904. O empreendimento reduziu muito o tempo de viagem para se cruzar os oceanos Atlântico e Pacífico de navio, fundamental para o comércio internacional. O canal é gerenciado e operado pela Autoridade do Canal do Panamá, uma agência do governo do país.

“Não há duvida de que a questão do canal nos afeta muito porque é uma luta de um século, conquistada por negociação e conseguimos alcançar a plena soberania”, disse o presidente panamenho José Raúl Mulino.

Hoje, o Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil e a Autoridade do Canal do Panamá firmaram memorando de entendimento para otimizar as exportações brasileiras e modernizar a operação dos portos brasileiros. Ele prevê o intercâmbio de experiências e transferência de informações sobre o funcionamento do Canal do Panamá, estudos sobre o uso de novas rotas e avaliação de rotas marítimas e fluviais mais sustentáveis.

Durante a visita oficial, também foi assinado memorando para cooperação sobre desenvolvimento agrícola e pecuário, em áreas como capacitação técnica, sanidade animal e vegetal, produção sustentável e inovação. Ainda, a Embraer anunciou o acordo para a venda de quatro aeronaves do modelo A-29 Super Tucano para o Serviço Nacional Aeronaval do Panamá.

Segundo o presidente Lula, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também vai atuar junto ao país ampliar a capacidade panamenha de produção de vacinas e contribuir para o estabelecimento de um polo farmacêutico regional.

Meio ambiente

O presidente Mulino confirmou sua participação na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, em novembro, e contou sobre o impacto das migrações nas florestas da Região de Darién, na divisa de Colômbia e Panamá. Segundo ele, os caminhos foram devastados e toneladas de lixo foram deixados pelas milhares de pessoas que cruzam a região em direção à América do Norte.

O país também é afetado pelas secas e está construindo um reservatório para abastecer, inclusive, o lago do Canal do Panamá, que torna possível a navegação no local.

“Precisamos de água, de florestas e lutar todos os dias contra a mudança do clima”, disse Mulino.

O presidente Lula destacou que Brasil e Panamá são responsáveis por uma imensa biodiversidade e merecem ser remunerados pelos serviços ambientais. Ele pediu que o país faça a adesão ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que será lançado na COP30, um mecanismo financeiro para recompensar países por preservar suas florestas tropicais.

“Apesar de ser um dos poucos países que absorvem mais gases de efeito estufa do que emitem, o Panamá já lida com os efeitos da elevação do nível do mar em seu território. O deslocamento do povo indígena Guna de seu arquipélago ancestral é um exemplo concreto da injustiça climática”, disse o presidente brasileiro.

Agência Brasil: Brasil e México abrem mercados para novos produtos agrícolas

 

Acordos são firmados em visita oficial de Geraldo Alckmin
Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/08/2025 - 20:50
Brasília
Brasília (DF), 27/11/2024 - O vice-presidente Geraldo Alckmin participa da abertura do 14º Encontro Nacional da Indústria (Enai). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, avaliou como positiva a visita oficial ao México, encerrada nesta quinta-feira (28), na Cidade do México, a capital do país. O último compromisso e ponto alto da viagem foi uma audiência com a presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional.  

"Convidei a presidenta Claudia para a COP30, em Belém, no mês de novembro. Falamos de multilateralismo, fortalecimento da democracia, inclusão e combate à fome. Então, foi uma conversa muito proveitosa", destacou Alckmin em uma entrevista coletiva pouco antes de embarcar de volta a Brasília.

Brasil e México são as duas maiores economias da América Latina e possuem uma corrente de comércio que somou US$ 13,6 bilhões em 2024. Um dos objetivos da viagem foi tentar ampliar negociações comerciais em setores estratégicos, como agronegócio e indústria.

Acompanhado por empresários, pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, o vice-presidente anunciou a assinatura acordos para abertura de novos mercados entre os países.

"São três produtos que o Brasil abrirá o comércio: aspargos, pêssego e derivados de atum. E eles abrem o mercado para a farinha de ração animal para bovinos e suínos", destacou.

Pacote contra a inflação

O governo brasileiro também solicitou ao México a continuidade dos incentivos do Pacote contra a Inflação e a Escassez, conhecido como Pacic, na sigla em espanhol, que facilita a compra alimentos pelo Brasil.

"O México é o segundo destino da carne bovina brasileira. Solicitamos a continuidade do Pacic, e ele complementa a agropecuária mexicana. Eles têm uma exigência de que haja uma rastreabilidade individual [da carne]. Vamos cumprir, mas queremos que não se interrompa essa venda enquanto o Brasil caminha na rastreabilidade. O Brasil cumprirá na rastreabilidade, temos um cronograma", observou.

O vice-presidente comentou o avanço em conversas para a atualização do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE 53) assinado com o México em 2002 e que trata da eliminação ou redução de tarifas de importação para um universo de aproximadamente 800 posições tarifárias.

Também foram assinados acordos nas áreas de vigilância sanitária para a aprovação de novos fármacos e na área de pesquisa sobre arboviroses, que incluem troca de experiências no desenvolvimento de vacinas, como a da dengue, em que o Brasil está em estágio avançado.

Venda do KC-390

Outro destaque da agenda, segundo o vice-presidente, foi o avanço dos negócios da Embraer no México. A empresa brasileira fechou a venda de 20 aeronaves das famílias de jatos E190 e E195 para a companhia estatal Mexicana de Aviación, a maior do país.

Segundo o vice-presidente, o governo também ofereceu a possibilidade de abrir negócios no setor militar, com a venda do cargueiro KC-390, também fabricado pela Embraer, uma aeronave multimissão com capacidade para transportar até 26 toneladas, realizar reabastecimento aéreo e atuar em missões como busca e salvamento e ajuda humanitária.

"A Embraer está presente no México, tem aqui fábrica de componentes com mais de mil colaboradores", destacou Alckmin. "Colocamos a pretensão de oferecer o cargueiro KC-390. Não foi resolvido, mas ficou o pleito brasileiro com todos os argumentos favoráveis", finalizou. 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Brasil247: Lula manifesta "apoio integral" à soberania do Panamá frente a "ameaças de ingerências" dos EUA

 

"Tentativas de restaurar antigas hegemonias colocam em choque a liberdade e a autodeterminação de nossos povos”, afirma o presidente

José Raúl Mulino e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quinta-feira (28) o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, em visita oficial ao Brasil. Durante o encontro, Lula destacou a importância de fortalecer a relação bilateral, que atravessa um longo período de distanciamento, com 17 anos sem uma visita de alto nível entre os dois países. O chefe do Executivo brasileiro enfatizou a necessidade de uma cooperação mútua que beneficie ambas as nações, em áreas como política, comércio, ciência, tecnologia e meio ambiente.

Em sua declaração, Lula lembrou que a última visita de um presidente do Panamá ao Brasil ocorreu ainda em 2008, o que dificultou o crescimento de laços estratégicos. Ele destacou a necessidade de reverter essa situação e afirmou que as relações entre os dois países devem ser baseadas na reciprocidade e na criação de um ambiente comercial equilibrado. “Não pode ter uma relação em que um país tenha um déficit comercial muito grande com o outro, porque isso cria dificuldades internas, inclusive no Congresso”, afirmou.

Lula também aproveitou a ocasião para falar sobre o futuro das negociações em torno da COP30, que será realizada em Belém, no estado do Pará. “Espero que possamos transformar esta COP na COP da verdade”, disse o presidente, referindo-se à necessidade de compromissos genuínos com as questões climáticas, ao mesmo tempo em que reafirmou o compromisso com o multilateralismo e o desenvolvimento sustentável. O encontro também simbolizou o recomeço de uma nova fase nas relações diplomáticas, após um longo período de distanciamento.

A relação entre Brasil e Panamá, no entanto, não se limita a questões comerciais. O presidente Lula fez questão de demonstrar apoio à soberania do Panamá sobre o Canal do Panamá, reafirmando a posição brasileira contra qualquer tentativa de ingerência externa, inclusive dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump já chegou a cogitar tomar o controle do Canal do Panamá por meio da força. “O Brasil apoia integralmente a soberania do Panamá, conquistada após décadas de luta”, afirmou o presidente, destacando que o país gerencia o Canal com eficiência e respeito à neutralidade. A frase histórica “quem semeia bandeiras colhe soberania”, que marcou a resistência panamenha no século XX, foi citada por Lula para ressaltar o caráter atual dessa luta pela autonomia.

O Brasil também se comprometeu a apoiar o Panamá no âmbito internacional, especialmente no que diz respeito à sua atuação como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Lula afirmou que o Brasil estará ao lado do Panamá na defesa da paz na América Latina e Caribe, além de reforçar a missão de preservar a região como uma zona livre de armas nucleares. 

Fonte:  https://www.brasil247.com/americalatina/lula-manifesta-apoio-integral-a-soberania-do-panama-frente-a-ameacas-de-ingerencias-dos-eua

Brasil247: Maior operação do país contra o crime organizado envolve setor de combustíveis e atinge a Faria Lima

 

Ação policial mira 350 alvos em dez Estados e revela esquema bilionário de sonegação e lavagem de dinheiro

(Foto: Polícia Federal)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - A Avenida Faria Lima, símbolo do mercado financeiro brasileiro, foi alvo de uma megaoperação policial nesta quinta-feira (28). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a ação, batizada de Operação Carbono Oculto, é considerada a maior já realizada no país contra a infiltração do crime organizado na economia formal.

Conduzida pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), além das Receitas Federal e Estadual, a ofensiva mobilizou cerca de 1.400 agentes para cumprir 200 mandados de busca e apreensão em dez Estados. O foco da investigação está no setor de combustíveis, em grande parte capturado por grupos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com a reportagem, somente na região da Faria Lima, epicentro do mercado financeiro em São Paulo, foram identificados 42 alvos entre corretoras, fundos de investimento e empresas de fachada, espalhados por cinco endereços de destaque. Um dos principais pontos da apuração é o BK Bank, instituição de pagamentos investigada por movimentações suspeitas que somam R$ 17,7 bilhões. A Receita Federal calcula que o esquema tenha provocado R$ 1,4 bilhão em sonegação de tributos federais, enquanto o governo paulista estima um prejuízo superior a R$ 7,6 bilhões em impostos estaduais.

As autoridades apontam que a rede criminosa atuava em várias frentes: adulteração de combustíveis, crimes ambientais, fraudes fiscais, estelionato e, sobretudo, lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O objetivo era dominar etapas da produção e distribuição de etanol, gasolina e diesel, utilizando empresas associadas a operadores financeiros suspeitos de atuar para Marcola, líder do PCC.

O Gaeco destaca ainda que o grupo mantinha “um esquema massivo de ocultação de patrimônio, rendas e posições societárias”, criando uma rede complexa para driblar fiscalizações e blindar recursos ilícitos.

Ainda conforme a reportagem, a Justiça determinou a indisponibilidade de quatro usinas de álcool, além de cinco redes de postos de combustíveis, que juntas somam mais de 300 unidades em todo o Brasil. Ao todo, estão na mira das investigações 17 distribuidoras de combustíveis, quatro transportadoras de cargas, seis refinadoras e formuladoras, além de terminais portuários e duas instituições de pagamentos.

Outro ponto investigado é a importação irregular de metanol pelo Porto de Paranaguá (PR). O produto era desviado de seu destino oficial e distribuído clandestinamente, usado para adulterar gasolina e gerar lucros bilionários para a organização.

De acordo com os investigadores, os acusados expandiram seus negócios em toda a cadeia do setor de combustíveis graças a recursos ilícitos. Essa força financeira lhes permitiu ampliar poder político e contratar lobistas influentes em Brasília.

Empresários como Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Loco, e Mohamad Hussein Mourad, do antigo grupo Aster/Copape, aparecem como líderes de um dos núcleos investigados. Eles teriam se associado ao Grupo Refit (ex-Manguinhos), de Ricardo Magro, ex-advogado do ex-deputado Eduardo Cunha, para fortalecer as operações.

As investigações também revelam que, mesmo após a cassação das licenças da Aster e da Copape pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2024, os envolvidos seguiram ativos no setor. O grupo teria adquirido usinas sucroalcooleiras no interior de São Paulo e utilizado novas distribuidoras como a Arka e a Duvale para manter a rede em funcionamento.

Segundo o Gaeco, essas empresas apresentavam indícios de “interpostas pessoas” e vínculos diretos com condenados por tráfico internacional de drogas. O modelo de atuação sugere a formação de um cartel abastecido por usinas do próprio grupo, conectando a produção de etanol e diesel a uma rede de postos controlada pelos investigados.

A Operação Carbono Oculto expôs a dimensão da expansão do crime organizado sobre um setor que representa 10% do PIB brasileiro, gera 1,6 milhão de empregos e movimenta cerca de R$ 420 bilhões anuais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Até o momento, as defesas dos investigados não foram localizadas pela reportagem. 

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/maior-operacao-do-pais-contra-o-crime-organizado-envolve-setor-de-combustiveis-e-atinge-a-faria-lima

Brasil247: Vendas da indústria de máquinas sobem 14% no ano até julho

 

Expansão foi impulsionada pelo aumento de investimentos em agricultura e construção, mas setor enfrenta perda de competitividade com avanço de importados

Reindustrialização do Brasil (Foto: CNI / Miguel Ângelo)

Conteúdo postado por:

247 – A receita de vendas da indústria de máquinas e equipamentos alcançou R$ 174,5 bilhões nos sete primeiros meses de 2025, o que representa alta de 13,9% em comparação ao mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Agência Brasil, com base em informações da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo a entidade, o setor ainda mantém ritmo positivo, embora a taxa de crescimento tenha desacelerado de 15,1% em junho para 13,9% em julho. “O desempenho de 2025 foi favorecido pela base de comparação fraca, mas também pela ampliação dos investimentos na agricultura e nas áreas da construção civil”, afirmou a Abimaq em nota.

Mercado interno em expansão

De janeiro a julho, as vendas internas movimentaram R$ 133,8 bilhões, um crescimento de 18,2% frente ao mesmo período de 2024. Esse desempenho reforça a importância do mercado doméstico como motor da indústria de máquinas neste ano.

No cenário externo, as exportações do setor somaram US$ 7,05 bilhões nos sete primeiros meses do ano, queda de 4,4% em relação a 2024. Em julho, antes da entrada em vigor do tarifaço estadunidense contra o Brasil, o setor exportou US$ 1,2 bilhão, retração de 4,8% frente ao mesmo mês do ano anterior.

Apesar da queda geral, a Abimaq destacou crescimento nas vendas de máquinas agrícolas e de equipamentos para bens de consumo não duráveis, com destaque para os mercados da Argentina, Chile e Peru. “O maior crescimento ocorreu nas vendas para os países da América do Sul e em maior escala na Argentina, Chile e Peru”, afirmou a entidade.

Mudança nos destinos das exportações

No acumulado de 2025, as exportações para a América do Norte caíram 11,6%, enquanto para a Europa avançaram 10,7% e para a América do Sul cresceram 15,9%. O destaque foi a Argentina, que registrou alta de 52,4% nas compras de máquinas brasileiras, impulsionada pela demanda agrícola (+104%) e pela construção civil (+87%).

Já para os Estados Unidos, responsáveis por 26,1% das exportações brasileiras do setor, houve retração de 10,6%, puxada pela menor demanda por máquinas de construção civil (-21%).

Importações em alta e perda de competitividade

As importações de máquinas e equipamentos totalizaram US$ 18,6 bilhões entre janeiro e julho, avanço de 10,5% frente a 2024. A Abimaq chamou atenção para o impacto desse movimento na indústria nacional. “As importações crescentes de máquinas e equipamentos, em praticamente todas as atividades da economia brasileira, refletem a perda de competitividade do setor. Em 2025 a participação de bens importados no consumo nacional de máquinas e equipamentos atingiu 46%”, afirmou a entidade.

Nos últimos dez anos, a China ampliou significativamente sua presença no mercado brasileiro: em 2015, respondia por 16,6% das importações de máquinas, e em 2025 já representa 32%. Esse avanço evidencia a dependência crescente de produtos chineses e pressiona a indústria local a buscar maior eficiência e competitividade.

Fonte:  https://www.brasil247.com/reindustrializacao/vendas-da-industria-de-maquinas-sobem-14-no-ano-ate-julho

Brasil247: Cristina Kirchner denuncia corrupção no governo Milei e alerta para risco da desregulação na saúde

 Ex-presidenta da Argentina criticou escândalo de propinas

Cristina Kirchner (Foto: Reuters/Tomas Cuesta)
Conteúdo postado por:

247 – A ex-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, reapareceu nesta quarta-feira (27) com fortes críticas ao governo de Javier Milei, em mensagem gravada para um encontro com trabalhadores da saúde realizado em Pilar, liderado pelo governador Axel Kicillof. As declarações foram publicadas pelo portal C5N e tiveram como alvo central o escândalo de corrupção que atingiu a Agência Nacional de Deficiência (Andis), envolvendo amigos e aliados próximos do presidente.

Cristina denunciou os áudios que revelaram práticas de cobrança de propina por Diego Spagnuolo, ex-diretor da Andis e advogado próximo de Milei. Segundo ela, o caso escancarou como a corrupção alcançou diretamente o entorno presidencial.

 “Ouvimos todos os argentinos da boca do advogado e amigo pessoal de Milei, a quem ele nomeou diretor da Agência Nacional de Deficiência e depois demitiu quando estourou o escândalo. Ouvimos até o percentual que cobrava a irmã do Presidente”, afirmou.

Cristina ironizou o fato de que, em novembro, havia questionado por que o governo não desregulava a importação de medicamentos genéricos para baratear preços. “Se serei idiota... Olha se eles vão querer baixar o preço dos medicamentos se cobravam propinas pelos percentuais dos medicamentos faturados para pessoas com deficiência”, disparou.

A ex-presidenta também fez uma comparação com a Justiça argentina, lembrando a prisão de militantes por acusações frágeis em governos anteriores. “Eva Mieri esteve 13 dias presa em Ezeiza por ser acusada de jogar sujeira em uma calçada. O que aconteceu com a doutrina Irurzun? Agora os acusados são o Presidente, a irmã, seu advogado e os primos Menem. Todos em exercício do poder. Que Argentina, que justiça”.

Críticas à crise sanitária e à desregulação

Além do escândalo de corrupção, Cristina Kirchner voltou a denunciar os efeitos da política de ajuste e desregulação de Milei na saúde pública. Segundo ela, o desmonte dos programas sociais e a falta de medicamentos têm impacto direto na vida da população mais vulnerável.

“Foi tal a velocidade e a profundidade do deterioro que parece uma eternidade. Ajuste aos que menos têm, com impacto de cheio na saúde das grandes maiorias”, destacou. Ela apontou como principais retrocessos a retirada de medicamentos gratuitos do PAMI, a suspensão da entrega de psicofármacos e vacinas, além do desfinanciamento de hospitais de referência.

Cristina também relacionou a desregulação ao aumento das mortes por consumo de fentanil: “Ajustam e desregulam todo o setor de saúde e, em especial, a Anmat, provocando por falta de controle a morte de 96 pessoas até agora. Não tenham dúvidas: a desregulação também pode matar”.

“Não se fazem responsáveis de nada”

Em tom firme, a ex-presidenta acusou Milei e sua equipe de transferirem sempre a culpa a terceiros: “São muito caras de pau. Não se fazem responsáveis de nada. A culpa é sempre de outros, e claro, dos ‘kukas’”.

Com suas declarações, Cristina Kirchner colocou no centro do debate não apenas o impacto social do ajuste, mas sobretudo o escândalo de corrupção que atinge diretamente a estrutura do governo Milei, evidenciando uma crise política que envolve familiares e aliados próximos do presidente argentino.

Fonte:  

Brasil247: Megaoperação policial visa desarticular participação do PCC nos setores de combustíveis e finanças

 Operação Carbono Oculto é a maior ação do país contra facções criminosas infiltradas na economia formal, com alvos em oito estados e bloqueio de R$ 1,4 bi

(Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - Na manhã desta quinta-feira (28), uma gigantesca operação coordenada por uma força-tarefa composta por 1,4 mil agentes foi deflagrada para combater a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) em setores estratégicos da economia, como combustíveis e mercado financeiro. Com o nome de "Carbono Oculto", a ação tem como objetivo desarticular a infiltração do crime organizado em empresas do setor, identificadas como facilitadoras das atividades ilícitas do PCC. A operação, considerada a maior do país em termos de cooperação institucional, envolve autoridades de diversas esferas, como a Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal e outras, com a meta de desarticular crimes como lavagem de dinheiro, adulteração de combustíveis e estelionato.

De acordo com informações da Receita Federal, os alvos são mais de 350 pessoas e empresas suspeitas de estarem envolvidas em fraudes e crimes contra a ordem econômica. A operação ocorre em oito estados — São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. O foco está em desarticular a rede criminosa que, segundo investigações, praticamente "sequestrou" o setor de combustíveis, dificultando a concorrência para empresas que atuam de maneira legítima. Para isso, o PCC controla desde a produção até a distribuição de combustíveis, utilizando metanol, gasolina, etanol e diesel, além de explorar portos, postos de abastecimento e até lojas de conveniência.

As irregularidades são vastas. Em mais de 300 postos de combustíveis investigados, foram identificadas fraudes como o uso de bombas viciadas, que entregam um volume menor de combustível ou misturam o produto, prejudicando o consumidor e violando as normas de qualidade. Além disso, a facção criminosa tem se sofisticado em suas operações financeiras, criando uma rede complexa que inclui fintechs, corretoras e fundos de investimento, além de adquirir instituições financeiras por meio de fundos de participação, o que dificulta o rastreamento do fluxo de dinheiro. A movimentação financeira da organização é disfarçada através de contas complexas e a intermediação de várias empresas, dificultando a detecção das fontes ilícitas de capital.

A operação também revelou que o PCC tem investido em ativos no mercado interno, com movimentações de até R$ 30 bilhões para o crime organizado. O grupo utiliza estratégias como a compra de usinas para produção de álcool combustível, além de realizar importações ilegais de insumos como o metanol, que, apesar de ser usado como solvente industrial, é adulterado e utilizado em combustíveis. Um dos principais portos envolvidos no esquema é o de Paranaguá, no Paraná, que serve como ponto de entrada para o metanol desviado. Com essas práticas, a facção tem ampliado sua presença no mercado formal, muitas vezes sem alterar a titularidade das empresas, o que dificulta ainda mais a identificação das operações ilícitas.

Em coletiva de imprensa realizada às 11h desta quinta-feira (28), autoridades detalharão a magnitude das operações que visam combater a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e a subsecretária de fiscalização da Receita Federal, Andrea Costa Chaves, participarão da entrevista sobre as operações "Quasar" e "Tank". Ambas foram deflagradas em conjunto com a operação Carbono Oculto, com o objetivo de desarticular esquemas criminosos especializados em lavagem de dinheiro e na gestão fraudulenta de instituições financeiras. Segundo as autoridades, as investigações expõem movimentações ilícitas que ultrapassam R$ 23 bilhões em uma rede criminosa nacional.

A força-tarefa é um esforço conjunto de quase dois anos entre diversas instituições, como a Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público, ANP e outras. A operação busca não apenas a desarticulação do PCC nos setores investigados, mas também o bloqueio de R$ 1,4 bilhão de bens e ativos relacionados à organização criminosa. Além disso, a ação visa recuperar tributos sonegados, estimados em R$ 6 bilhões, por meio de uma série de medidas fiscais e criminais.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/megaoperacao-policial-visa-desarticular-participacao-do-pcc-nos-setores-de-combustiveis-e-financas

Brasil247: Lula recebe hoje presidente do Panamá, país dono do canal bioceânico que Trump quer tomar

Encontro entre os líderes reforça a parceria entre os dois países, com foco em comércio, segurança e cooperação internacional

José Raúl Mulino, presidente doPanamá, e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reebe nesta quinta-feira (28), em Brasília, o presidente da República do Panamá, José Raúl Mulino.

A visita do presidente do Panamá ocorre em um momento de grande relevância política e estratégica para a América Latina. O encontro ganha ainda mais destaque considerando as recentes declarações do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que expressou interesses de controlar o Canal do Panamá, vital para o comércio global. Esta postura gerou tensões nas relações internacionais, especialmente entre os países latino-americanos, e reforça a necessidade de fortalecer os laços regionais, como o que se observa entre Brasil e Panamá.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo panamenho discutirão temas importantes para o fortalecimento das relações bilaterais, com ênfase na segurança, no comércio e nas oportunidades de colaboração internacional. A importância do Canal do Panamá, como um dos maiores corredores comerciais do mundo, deverá ser um dos pontos de destaque nas conversas, com ambos os líderes reafirmando a necessidade de preservá-lo como um ponto de soberania e desenvolvimento para a região.

Com a visita do presidente panamenho abre-se a possibilidade de avançar em projetos de cooperação econômica. A visita de José Raúl Mulino também marca um momento chave para aprofundar o diálogo para desafios globais.

A parceria estratégica entre o Brasil e o Panamá busca garantir que a América Latina se mantenha unida frente a pressões externas e atue de forma coordenada em defesa de seus interesses, tanto no âmbito comercial quanto geopolítico.

As relações entre Brasil e Panamá têm sido historicamente amigáveis e de cooperação mútua, com um foco crescente em diversas áreas, incluindo comércio, investimentos, diplomacia e cultura. Ao longo dos anos, os dois países mantiveram um diálogo constante, refletindo a importância estratégica de ambos na América Latina. O Panamá, com sua posição geográfica privilegiada e o famoso Canal que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, e o Brasil, com sua relevância econômica e política na região, são parceiros naturais em várias frentes.

Cooperação Comercial e Econômica

O comércio bilateral entre Brasil e Panamá tem se expandido consideravelmente nos últimos anos. O Panamá é um ponto de conexão logística crucial para o Brasil, especialmente no que diz respeito ao transporte de mercadorias entre a América do Sul e os mercados internacionais, devido ao Canal do Panamá. O Brasil, por sua vez, tem se beneficiado de uma forte relação comercial com o país centro-americano, exportando principalmente produtos agrícolas, como soja, carne, café, e também máquinas e equipamentos.

Acordos de Cooperação

Diversos acordos de cooperação têm sido firmados entre os dois países ao longo das últimas décadas. No âmbito diplomático, ambos os países têm um histórico de apoio mútuo em organizações internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), e têm compartilhado posições semelhantes em questões regionais, como a integração latino-americana.

Em termos de cooperação bilateral, Brasil e Panamá têm explorado áreas como educação, cultura e segurança. Programas de intercâmbio educacional têm sido uma ferramenta importante para estreitar os laços culturais, enquanto as discussões sobre segurança têm se centrado em questões como o combate ao narcotráfico e a prevenção de crimes transnacionais.

As relações entre o Brasil e o Panamá têm grande potencial de crescimento. 

Fonte: https://www.brasil247.com/americalatina/lula-recebe-hoje-presidente-do-panama-pais-dono-do-canal-bioceanico-que-trump-quer-tomar

Brasil247: Brasil e México firmam acordos sobre biocombustíveis e competitividade em resposta a tarifas de Trump

 

Assinaturas acontecem em visita do vice-presidente do Brasil ao México, com foco em biocombustíveis e cooperação comercial

Geraldo Alckmin (Foto: Reprodução/X/@geraldoalckmin)
Guilherme Levorato avatar
Conteúdo postado por:

247 - Em meio a um cenário de crescente tensão comercial, o México e o Brasil assinaram na quarta-feira (27) dois importantes acordos bilaterais nas áreas de biocombustíveis e competitividade. A iniciativa surge como resposta à pressão imposta pela política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente determinou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros e está em negociações com o México para evitar novas tarifas aduaneiras. As assinaturas ocorreram durante a visita oficial do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), ao México.

Segundo comunicado emitido pelo governo mexicano, o foco principal dos acordos é fortalecer a cooperação nas áreas de biocombustíveis e competitividade, informa a AFP, em reportagem reproduzida pelo O Globo. Os países se comprometeram a explorar as melhores formas de colaborar na produção, regulamentação e certificação desses combustíveis renováveis. O México, que tem buscado aprimorar sua produção de energia sustentável, espera se beneficiar da experiência do Brasil no desenvolvimento de biocombustíveis. "O Brasil possui uma reconhecida experiência no desenvolvimento sustentável de biocombustíveis", afirmou o governo mexicano no texto oficial.

Além do setor de biocombustíveis, os países também estabeleceram uma parceria comercial mais ampla, com a assinatura de um memorando entre a Secretaria de Economia do México e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos (Apex). O objetivo desse acordo é aumentar a competitividade das empresas de ambos os países no mercado internacional e fortalecer suas capacidades institucionais. "Este acordo busca otimizar as relações comerciais e expandir o posicionamento global das empresas mexicanas e brasileiras", destacou o comunicado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem buscado aprofundar as relações comerciais com o México, considerando o momento de incerteza econômica enfrentado pelo Brasil após a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos. O Brasil visa expandir o fluxo de mercadorias com o México, com especial interesse nos setores farmacêutico, agropecuário e aeroespacial. Em contrapartida, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, ressaltou as diversas oportunidades de complementaridade econômica entre os dois países. "Existem muitas áreas de colaboração, como na indústria farmacêutica e na fabricação de automóveis, onde ambos os países abrigam grandes montadoras globais", afirmou Sheinbaum, destacando as sinergias que podem ser exploradas.

Esses acordos refletem uma estratégia de resistência conjunta frente às políticas protecionistas dos Estados Unidos, consolidando ainda mais a parceria econômica entre as duas maiores economias da América Latina.

Fonte:  https://www.brasil247.com/americalatina/brasil-e-mexico-firmam-acordos-sobre-biocombustiveis-e-competitividade-em-resposta-a-tarifas-de-trump

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Brasil247: União Brasil acelera saída do governo após críticas de Lula

 

Partido antecipa decisão e deve oficializar entrega de cargos na gestão federal na próxima semana

Lula, na abertura da reunião ministerial (Foto: Ricardo Stuckert)
Paulo Emilio avatar
Conteúdo postado por:

247 - O União Brasil decidiu antecipar a definição sobre sua permanência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a Executiva Nacional da sigla marcou para a próxima terça-feira (2) uma reunião em que deve ser aprovada a entrega dos cargos ocupados por seus indicados na administração federal.

O movimento ganhou força após declarações de Lula em reunião ministerial realizada na terça-feira (26). O presidente criticou os ministros Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, e André Fufuca (Esporte), do PP, cobrando maior apoio à sua gestão. Durante o encontro, Lula ainda afirmou que não tinha apreço pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda.

A fala do chefe do Executivo foi considerada decisiva para acelerar o processo. O vice-presidente do União, ACM Neto, confirmou a insatisfação do partido. “Diante das declarações de ontem do presidente Lula, consideramos que ficou mais urgente resolver essa situação de forma definitiva. Não dá mais para esperar”, disse ACM Neto, de acordo com a reportagem. 

Inicialmente, a expectativa era que a decisão fosse tomada apenas no fim do ano, após a aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da federação entre União Brasil e PP, anunciada na semana passada. No entanto, lideranças partidárias afirmam que “os fatos se impuseram” e a tendência é pela saída imediata do governo.

Com a provável decisão, Celso Sabino e outros ocupantes de cargos de segundo escalão indicados pelo União Brasil deverão deixar seus postos, sob risco de sanções internas. A diretriz, porém, não atinge Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), ambos ligados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mas que não são filiados ao partido.

Além disso, o partido optou por conduzir sua decisão sem depender do PP, seu parceiro na federação. Uma fonte da cúpula negou a versão de que a permanência dos ministros estaria condicionada à entrega do comando da Caixa Econômica Federal, atualmente ocupada por indicação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Fonte:  https://www.brasil247.com/poder/uniao-brasil-acelera-saida-do-governo-apos-criticas-de-lula