247 - O colunista político Kennedy Alencar criticou nesta terça-feira, 14, a regra criada por Michel Temer, segundo a qual um ministro será afastado provisoriamente caso seja denunciado na operação Lava Jato, e exonerado se se tornar réu.
Segundo Kennedy, se a regra de Temer estivesse em vigor, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi gravado em conversa com Sérgio Machado defendendo "estancar a sangria" da Lava Jato, não teria caído em maio de 2016 nem na semana passada. Continuaria ministro.
"Apenas na semana passada, quase nove meses após a saída de Jucá, foi aberto um inquérito no Supremo para investigar o ex-ministro, o senador Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney por causa dessa delação", lembra o jornalista.
"Na prática, a norma que prevê o afastamento temporário com a denúncia cria uma blindagem política para ministros, apesar de o presidente negar esse objetivo. Temer argumenta que não pode afastar auxiliares com base em citações, mas foi exatamente o que aconteceu com Romero Jucá e também com Henrique Alves, que deixou o Ministério do Turismo em meados de junho após citação na delação de Sérgio Machado", atesta.
Segundo o jornalista Kennedy Alencar, há situações em que a regra criada por Temer poderá ser derrubada. "A força das revelações e a dinâmica da Lava Jato podem atropelar essa regra criada pelo presidente a depender do conteúdo explosivo de algumas delações", afirma.
Leia na íntegra a análise de Kennedy Alencar.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/280260/Kennedy-pela-regra-criada-por-Temer-Juc%C3%A1-continuaria-ministro.htm
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