Por Wilson Gomes
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Chuvas começam a se firma na região Norte
O inverno começa a se firmar na região norte do Estado e com ele e preocupação dos moradores que ainda residem em áreas consideradas de riscos. É o caso dos moradores da Rua das Flores, no bairro Vila União, e os residentes na Rua Francisquinha Frota, bairro Dom José, que tiveram as casas invadida pelas águas das chuvas registradas no ano passado.A preocupação dos que residem no bairro Vila União tem um motivo a mais. O Açude Boqueirão, na encosta da Serra da Meruoca, a 15km da sede, no inverno passado correu o risco de se romper e inundar os bairros Vila União, Padre Palhano e Dom José. Para conter a erosão a Secretaria de Infra-estrutura, na ocasião tomou medidas emergenciais. Porém a obra iniciada durante o inverno do ano passado ficou praticamente parada ao longo dos meses.Um dos operários encontrado no local — onde foi aberto um canal de dez metros de extensão para a construção do vertedouro da sangria do açude — disse que a obra começou a ser feita há pouco mais de um mês e não há previsão para conclusão dos trabalhos. “Estou aqui há pouco mais de um mês, somos dez no total”, disse o operário que pediu para não ser identificado.“Acredito que o pior já passou que foi o susto que tivemos no ano passado”, afirmou Antônio Neto Liberato, morador da localidade onde foi construído o açude. Na Rua das Flores, onde dezenas de moradores foram surpreendidos com as cheias do Riacho Mucambinho, que recebe água do Açude Boqueirão, e que viram suas casas serem inundadas pelas águas, a situação hoje ainda é de preocupação. “Passei um sufoco danado no passado, tive que abandonar minha casa e ir viver em abrigo por causa das chuvas, e temo viver a mesma situação este ano”, lamenta Maria das Graças Frota, moradora da Vila União.No Boqueirão, a reportagem encontrou uma equipe fazendo um trabalho topográfico na área. “Estamos aqui fazendo um levantamento da área para colocação de manilhas que servirão de drenagem para as águas da chuva. Não sei se será possível executar agora no inverno”, disse Robson Gomes, topógrafo que fazia a demarcação do terreno.
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