Em um contexto em que o impeachment de Dilma Rousseff é dado como favas contadas no Senado, a condescendência com Cunha causa ainda mais revolta, como se o país fosse de fato uma plêiade de zombaria. "Esse caso é um exemplo trágico de a que ponto chegou a política brasileira, no que ela tem de mais arraigado, de compadrio, de fisiologismo, de falsidade em todos os sentidos de não representação democrática do interesse da maioria do povo", afirma a professora.
Maria Victoria Benevides é uma das referências do pensamento progressista no país. Fundadora do PT e conselheira do Instituto Lula, ela tem se manifestado contra o projeto Escola sem Partido, que em sua visão exclui o pensamento crítico e o pluralismo de ideias e modos de ser. A professora defende que a abordagem dos direitos humanos seja uma prática transversal nas escolas, presentes não apenas em todas as disciplinas, mas em todos relacionamentos, com base nos valores da liberdade, igualdade, tolerância, diversidade e democracia.
Ela se posiciona contrariamente aos setores conservadores que apoiam o governo interino de Michel Temer e imaginam que o Senado porá fim à crise política. Ela diz que o impeachment está longe de resolver a questão. "O impeachment não vai solucionar a crise política, e esse governo não terá realmente condições de enfrentar de maneira positiva os problemas econômicos", disse ontem (12) à RBA.
Leia aqui a íntegra da entrevista.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/249570/Proteção-dispensada-a-Cunha-é-um-escárnio-diz-professora-da-USP.htm
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