11:04 01.07.2025 (atualizado: 11:36 01.07.2025)

© AP Photo / Kin Cheung
A
China anunciou novos incentivos fiscais para atrair investimento
estrangeiro, permitindo que empresas deduzam até 10% em impostos ao
reinvestirem lucros no país. A medida busca impulsionar a economia,
restaurar a confiança e reforçar a posição chinesa nas cadeias globais
em meio a tensões comerciais.
A China intensificou seus esforços para atrair investimento estrangeiro, em meio a negociações comerciais com os EUA e a União Europeia (UE). O objetivo é impulsionar a economia doméstica e reforçar sua posição nas cadeias globais de suprimentos.
Como parte dessa estratégia, o governo anunciou novos incentivos
fiscais para empresas estrangeiras que reinvestirem seus lucros no país.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), os incentivos, anunciados por três órgãos governamentais, permitem que empresas estrangeiras deduzam até 10% do valor reinvestido em impostos locais. Além disso, créditos não utilizados poderão ser transferidos até o fim de 2028. Os reinvestimentos elegíveis incluem a criação de mais empresas ou aquisição de ações de empresas não afiliadas, com exceção de ações listadas em bolsa.
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06:17
As
medidas também têm efeito retroativo desde 1º de janeiro de 2025.
Segundo especialistas ouvidos pela apuração do SCMP, a iniciativa
contrasta com a postura dos EUA, que têm adotado tarifas e restrições comerciais. A China, por outro lado, busca sinalizar abertura e estabilidade para investidores, em um momento de crescente incerteza geopolítica.
Apesar
de empresas estrangeiras historicamente reinvestirem lucros na China,
as tensões comerciais e políticas recentes abalaram a confiança. Em
2024, o país registrou uma saída líquida de capital de US$ 168 bilhões (cerca de R$ 913,9 bilhões), a maior desde 1990. O governo chinês tenta reverter esse cenário com um ambiente de negócios mais atrativo.

11 de junho, 10:38
O
investimento estrangeiro é considerado essencial para a China, pois
gera empregos, transfere tecnologia e fortalece laços com parceiros
comerciais. O premiê Li Qiang reafirmou esse compromisso durante o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), prometendo maior integração com o mercado global e mais abertura econômica.
Apesar de ainda ser a segunda maior receptora de investimentos estrangeiros do mundo, a China viu uma queda de 13,2% nos aportes entre janeiro e maio de 2025. A concorrência com os EUA,
que oferecem incentivos para repatriar empresas, tem pressionado Pequim
a adotar medidas mais agressivas para manter sua atratividade.
Além
dos incentivos fiscais, a China também ampliou as cotas de investimento
externo por meio do programa Investidor Institucional Nacional
Qualificado (QDII), permitindo que instituições financeiras nacionais invistam no exterior. A medida visa equilibrar a abertura do mercado financeiro chinês com a necessidade de manter o controle sobre fluxos de capital.
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20250701/midia-em-contraste-com-eua-china-oferece-incentivos-fiscais-para-atrair-investimento-estrangeiro-40929670.html
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