
© AP Photo / Rob Griffith
No
primeiro trimestre de 2025, a diferença entre exportações e importações
de minérios no Brasil teve saldo de US$ 7,68 bilhões (R$ 43,9 bilhões) e
representou 77% do saldo da balança comercial brasileira, que totalizou
US$ 9,98 bilhões (R$ 57,04 bilhões).
Os dados são do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), divulgado nesta terça-feira (6). O setor faturou R$ 73,8 bilhões nesse período, 8,6% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 68 bilhões).
Já o minério de ferro respondeu por 53% desse valor,
com R$ 38,8 bilhões (-12% na comparação com o primeiro trimestre de
2024). A arrecadação de impostos cresceu cerca de 8%, totalizando R$
25,5 bilhões.
O relatório aponta que o saldo positivo ocorre apesar de decréscimo de 13% nas exportações de minérios, em dólar, no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A queda, segundo o instituto, foi causada pela variação dos preços internacionais de minério de ferro, que é o carro-chefe das exportações brasileiras de minérios. Ainda segundo o levantamento em 2024, essa parcela havia sido de 47%.

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7 de dezembro 2024, 23:20
A mineração gerou 223 mil empregos diretos e mais de 2 mil novas vagas até março.
O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, declarou em coletiva à imprensa que o saldo deve aumentar, pois a demanda global tem aumentado "exponencialmente", sobretudo, minérios importantes para a transição energética, descarbonização, desenvolvimento de novas tecnologias, defesa, entre outros.
A guerra tarifária internacional, afirmou ele, não afetou diretamente a mineração do Brasil:
"Acredito
que esta disputa tarifária irá proporcionar redução na dinâmica da
economia global, influenciando o comércio internacional, ainda mais que
China e Estados Unidos representam 45% da corrente de comércio global",
disse Jungmann.
A indústria da mineração estima investir US$ 68,4 bilhões (R$ 391 bilhões) até 2029. A maior parte dos investimentos em projetos de minério de ferro (28,7%), seguidos de projetos socioambientais (16,6%) e de logística (15,9%).
Minas Gerais, Pará e Bahia
lideram o ranking de estados que receberão os maiores aportes com
participação de 24,1%, 19,7% e 13,2%, respectivamente, informou o Ibram.
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20250506/comercio-exterior-da-mineracao-tem-saldo-de-us-76-no-1-trimestre-77-do-saldo-brasileiro-39415194.html
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