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quinta-feira, 14 de julho de 2011

MELANCIAS DE TOCANTINS SÃO DESCARTADAS EM MOSSORÓ/RN

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MELANCIAS DE TOCANTINS SÃO DESCARTADAS EM MOSSORÓ/RN

Fonte: O Mossoroense

No final da manhã de ontem, fiscais do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) realizaram o descarte de 28 toneladas de melancia no aterro sanitário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) devido ao risco de contaminação da mosca da fruta. A carga oriunda do estado do Tocantins tinha como destino final Natal e foi apreendida na última segunda-feira, 11, na Barreira Fitossanitária localizada na BR-304, divisa com o estado do Ceará, pelos fiscais do Idiarn. Conforme Evandro Mendes, chefe da Unidade Local de Saúde Animal e Vegetal (Ulsav), pressionados pelo proprietário da carga, os motoristas dos caminhões que transportavam as frutas resistiram em entregar a carga apreendida para o descarte sanitário. Por este motivo, duas equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para escoltar os veículos até o aterro sanitário da Ufersa, onde a carga foi enterrada em uma vala de 15 metros de largura para evitar contaminação pela mosca da

fruta. "Os transportadores foram ameaçados pelo dono da carga, mas mostramos aos motoristas que a resistência poderia gerar a detenção deles. Assim, eles deveriam cooperar com nosso trabalho", revela Evandro Mendes. O chefe do Uslav explica que os caminhões foram interceptados por trafegar em área considerada pelo Ministério da Agricultura como livre da mosca das cucurbitáceas (produtos como melão, melancia, abóbora), que além de Mossoró compreende Oeste. De acordo com Evandro Mendes, a cada apreensão é lavrado um auto de infração, sendo que a reincidência da irregularidade acarreta multas ao proprietário da carga. "Na segunda notificação será gerado multa de 3 mil UFIRs (Unidade Fiscal de Referência), que corresponde cerca de seis mil reais", diz.

Marcos Araújo, motorista de um dos caminhões apreendidos, atribui o prejuízo pela destruição da carga a um suposto erro de informação dada pelos fiscais do posto de inspeção agropecuária no Ceará. "O agenciador nos informou que tinha um problema nesse ponto do trajeto, mas não soube explicar”. Já no posto fiscal do Ceará fomos liberados sem orientação dessa proibição, então o erro foi deles que nos liberaram. Agora acionamos a Justiça, porque não podemos arcar com o prejuízo.

Fiscalização do órgão objetiva evitar perda de benefícios do escoamento da produção

Segundo Evandro Mendes, chefe do Uslav, a circulação de produtos oriundos de pontos onde há incidência da mosca da fruta na área livre da praga no RN é um risco para as plantações. "A contaminação poderia afetar 10 mil hectares plantados e 28 mil empregos gerados pelo setor da fruticultura na região. Por isso, o Idiarn tem sete barreiras fitossanitárias, que são associadas aos postos fiscais, espalhadas pelo RN para o controle de animais e vegetais que entram no Estado", destaca. O especialista frisa que desde agosto 2002 um decreto estadual passou a proibir a entrada e o tráfego de produtos da família das cucurbitáceas, como é o caso da melancia, em área livre da mosca da fruta. "Isso porque essa praga apresenta um alto grau de contaminação e destruição das plantações. No Estado, 13 municípios da região Oeste obtiveram a certificação depois de avaliados pelo Ministério da Agricultura e atualmente possui inúmeros benefícios, principalmente a liberação para exportar a produção de frutas para os Estados Unidos", ressalta Evandro Mendes. Apesar de ser um risco para as plantações, conforme o especialista, os produtos contaminados pela mosca da fruta não geram danos à saúde de quem consumir o produto.

Dr. Lima

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