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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Os urubus do neoliberalismo já estão no Rio Grande do Sul para refestelarem com as vítimas da catástrofe climática

 

Alvarez & Marsal, McKinsey e EY: 'capitalismo de desastre' toma a frente na reconstrução do RS

Disputa sobre como estado será reerguido ‘é a questão fundamental colocada hoje’, diz pesquisador e ativista gaúcho

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Arroio do Meio (RS) é uma das cidades que foram inteiramente devastadas pelas águas - Vitor Shimomura

A persistência dos alagamentos e das chuvas, com direito a ciclone e geada, pinta um cenário em que, mais de um mês após o início da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul (RS), ainda não é possível ver seu fim. A gestão do desastre, no entanto, faz a transição para uma nova etapa. Com verbas bilionárias e em ano eleitoral, a reconstrução do estado gaúcho já está em andamento, mas tem ainda a disputa dos seus rumos em aberto. 

“Essa é a dramaticidade do momento que a gente está vivendo”, resume Tarson Núñez, cientista político, ativista e pesquisador do Observatório das Metrópoles no Rio Grande do Sul.  

“Porque governos e setores privados já têm a receita pronta, os instrumentos na mão e só precisam botar a mão no dinheiro, que já está disponível”, avalia Núñez. “É urgente que setores acadêmicos e populares pensemos o que queremos com essa reconstrução”, defende.  

Em uma estimativa inicial, o governo do RS avaliou que precisará de R$ 19 bilhões para a reconstrução do estado. Ao GZH, especialistas como o economista Luís Otávio Leal e o consultor Claudio Frischtak falam de cifras ainda maiores, entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões.    

No seu primeiro pacote de medidas, o governo Lula (PT) anunciou uma injeção de R$ 50,9 bilhões no RS, especialmente com linhas de crédito a juros baixos e adiamento do recolhimento de impostos. No Congresso Nacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), defende a aprovação de um “orçamento de guerra”, com regras fiscais flexibilizadas. 

"Capitalismo de desastre"

Para Victor Marchezini, sociólogo e professor do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o “capitalismo de desastre se manifestou em Porto Alegre”.

Usando um termo da jornalista canadense Naomi Klein no livro A doutrina do choque, Marchezini se refere ao uso, por parte de gestores privados e públicos, de experiências de choque – como catástrofes – para fazer avançar oportunidades de negócios de maneira que, em situações de normalidade, não seria possível.  

No caso do Rio Grande do Sul, esse caminho é expresso na contratação, pelo governo de Eduardo Leite (PSDB), de empresas estadunidenses de consultoria, como Alvarez & Marsal (A&M) e Mckinsey. O que traz, na visão de Núñez e Marchezini, outro problema para além do benefício a interesses privados.  

Se pautada pela lógica do mercado, apontam ele, as cidades serão reerguidas aprofundando o modelo de desenvolvimento que, justamente, causou a tragédia. “É sempre o modo como a gente ocupa o território que gera as consequências do que a chuva, na verdade, está revelando”, sintetiza Marchezini. 

“A catástrofe não foi criada pelas nuvens que choveram”, salienta Tarson. “Elas poderiam não ter tido um impacto tão grande se os campos da Serra não tivessem sido aplainados para plantar soja, o que reduziu a cobertura vegetal, assoreou os rios, fez a água cair mais rápido”, exemplifica: “Boa parte do desastre resultou de um modelo econômico que é causador deste processo”.  

“Por isso a reconstrução”, preocupa-se Marchezini, “não pode ser guiada pelos mesmos grupos políticos e econômicos responsáveis pela degradação dos últimos anos”.  

Com uma equipe da Universidade Federal de São Carlos, Victor visitou locais como Teresópolis (RJ), Barreiros (PE) e Ilhotas (SC) depois de tragédias climáticas, em uma pesquisa que resultou no livro Abandonados nos desastres. “Vimos situações que estamos começando a ver no RS de forma muito rápida”, constata.  

“O momento pode ser o de aproveitar a existência de recursos federais em grande escala para pensar uma reconstrução a partir de um novo paradigma, centrado nas pessoas e não no lucro”, observa Núñez, para quem “esta é a questão fundamental colocada hoje”.  

“Meu medo é que o drama da situação sirva como uma espécie de cortina de fumaça para que a gente não discuta as causas últimas desta calamidade”, alerta.  

:: Desmonte sem precedentes dos serviços públicos levou Porto Alegre ao colapso ::

McKinsey “espalhando o capitalismo americano” 

Na última terça-feira (28), o “termo de cooperação” entre o governo e a McKinsey & Company foi publicado no Diário Oficial do Rio Grande do Sul. A consultora, fundada nos EUA em 1929 e presente em ao menos 60 países, vai “apoiar” o governo “no gerenciamento da crise” causada pelas “chuvas intensas”.  

As ações da empresa, diz a súmula, serão de “planejamento para reestabelecimento da atividade econômica”, “identificação de alavancas de apoio ao setor produtivo” e “mapeamento de fontes de recursos financeiros”. O trabalho durante 60 dias é sem repasse de valor. Depois pode ser renovado, não se sabe a qual preço. 

No livro Nos bastidores da Mckinsey: A história e a influência da consultoria mais admirada do mundo, o jornalista Duff McDonald afirma que a companhia ajudou “empresas e governos a criar e manter muitos dos comportamentos corporativos que moldaram o mundo em que vivemos”.  

Se tornando “parte indispensável” em decisões de alto escalão, escreve McDonald, a Mckinsey ajudou a “inventar o que enxergamos como capitalismo americano e a espalhar isso para cada canto do mundo”.    

“Historicamente, clientes procuram a Mckinsey para ajudá-los a resolver problemas - a consultoria foi responsável ao longo das décadas por aconselhar de demissões em massa a aquisições e novas possibilidades de negócios”, descreve matéria da Exame

O furacão privatista da A&M  

Já a Alvarez & Marsal foi contratada primeiro pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). Os serviços teriam sido oferecidos voluntariamente por Pedro Bortolotto, um dos diretores da empresa no Brasil que é porto-alegrense. Questionado sobre a escolha, Melo declarou: “porque eu posso decidir”.  

Quatro dias depois, Leite seguiu o mesmo caminho. A “doação de serviços sem encargos” ao governo estadual foi firmada em 14 de maio, com vigência de 30 dias, podendo ser renovada.  

Presente no Brasil desde 2004, a A&M ganhou manchetes por ter empregado o ex-juiz Sergio Moro em 2020, depois de receber R$65 milhões para administrar judicialmente empresas alvos da Lava Jato, por ele comandada. O possível conflito de interesse está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).  

A companhia já deixou marcas no próprio estado gaúcho. Sem licitação, foi contratada para fazer uma avaliação financeira da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan). Pouco tempo depois, prestou seus serviços para a Aegea que, por R$4,1 bilhões, arrematou a privatização da antiga estatal.  

Mas é sua atuação em Nova Orleans, depois de 80% da cidade de Louisiana ficar submersa com a passagem do furacão Katrina em 2005, um dos principais pontos do currículo da A&M.  

“Entre os que vislumbraram uma oportunidade nas inundações de Nova Orleans estava Milton Friedman, grande guru do movimento pelo capitalismo sem grilhões”, descreve Naomi Klein em Doutrina do choque.

“A ideia radical de Friedman sustentava que, em vez de gastar uma parte dos bilhões de dólares do dinheiro da reconstrução refazendo e melhorando o sistema escolar público preexistente em Nova Orleans, o governo deveria fornecer vouchers para as famílias, os quais elas poderiam gastar nas instituições privadas, muitas com fins lucrativos, que seriam subsidiadas pelo Estado”, relata. 

:: Enfrentamento à tragédia climática no RS em tempos de capitalismo de catástrofe ::

A A&M seguiu à risca. Em 19 meses, sobraram quatro escolas públicas - outras 318 passaram para a administração privada. Os 4.700 professores membros do sindicato, que tinha forte atuação, foram demitidos.  

“O American Enterprise Institute, uma entidade afiliada ao pensamento de Friedman, manifestava seu entusiasmo porque ‘o Katrina havia realizado em um dia aquilo que os reformadores educacionais da Louisiana vinham tentando fazer durante anos’”, conta Klein. 

Em 2014, o então prefeito de Nova Orleans pelo partido Democrata, Ray Nagin, foi condenado a dez anos de prisão por fraude, suborno e lavagem de dinheiro durante a reconstrução. Teve de devolver US$ 585 mil aos cofres públicos. 

“Hoje Nova Orleans tem 200 mil habitantes a menos do que tinha antes do furacão. Toda a área do distrito histórico da cidade, habitado pela população negra e pobre, foi reconstruída com um modelo voltado a viabilizar negócios. A habitação se tornou cara demais para seus habitantes originários. O ambiente foi gentrificado”, descreve Tarson Núñez.   

“Porto Alegre alagou fundamentalmente por uma falha de manutenção dos equipamentos de prevenção da cheia. Portanto, muitas áreas alagaram que não vão se alagar nas próximas enchentes”, aponta o pesquisador do Observatório das Metrópoles. 

“No entanto, por exemplo, ao lado da arena do Grêmio tem uma área enorme de habitação popular que o poder público não conseguia retirar porque garantiram seu direito à terra através da luta coletiva. O mercado imobiliário está de olho nessas áreas há anos. Agora, com o alagamento e a destruição das casas, o que a A&M vai sugerir?”, questiona Núñez.  

Outra gigante da consultoria atuando no pós-desastre gaúcho é a britânica Ernst & Young (EY). Até o momento, no entanto, não há contratos publicados no Diário Oficial.  

Em nota, a empresa informou que foi “acionada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul” e vai “prestar apoio no desenho da estratégia de levantamento e utilização de recursos necessários para promover a reconstrução do Estado”. A consultoria, afirma a EY, “será realizada por quatro semanas, de maneira pro bono” a partir da assinatura do contrato, ainda em processo de aprovação. As outras empresas foram procuradas pela reportagem, mas não responderam até o fechamento deste texto. 

“Eu acho ‘estranho’ que uma consultoria esteja disposta a trabalhar sem receber remuneração pelos seus serviços. Olha, como toda empresa, seu objetivo é crescer e gerar lucros.  Elas operam a partir da lógica do mercado e atuam para atender os interesses do contratante. Essas consultorias não são ingênuas”, avalia a geógrafa Claudia Marcela Orduz Rojas. 

Ao Brasil de Fato, o governo de Eduardo Leite declara que “a natureza da parceria com as consultorias é a mesma que a realizada com as universidades e academia. São parceiros para a reconstrução do Rio Grande do Sul, que darão apoio e suporte à realização dos projetos do Plano Rio Grande”. 

Opinião: Os abutres rondam a catástrofe

Capitalismo de desastre no Brasil 

“Tudo acontece de forma muito rápida e alinhada porque o ‘receituário’ da doutrina do choque, elaborado pelo economista norte-americano Milton Friedman, já foi testado diversas vezes”, explica Rojas.  

Nas disputas dos rumos da gestão de desastres, a velocidade é um dos tantos aspectos que fazem sair em vantagem os setores que não estão, por exemplo, com a casa submersa, o corpo contaminado ou o amigo desaparecido.  

“O tratamento do choque permite a eliminação progressiva da esfera pública (privatização progressiva de setores estratégicos), a garantia de total liberdade para as corporações (que vem crescer seus rendimentos) e a redução ao máximo dos gastos sociais. A proposta é tão radical e prejudicial para a grande maioria, que só pode ser aplicada em situações excepcionais”, define Rojas. 

Claudia estudou o rompimento da barragem da Samarco (Vale / BHP Billiton), que em 2015 matou 19 pessoas e despejou rejeitos minerais pela Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais. Para ela, foi aí que aconteceu o “primeiro experimento de grande monta do capitalismo de desastre no Brasil”. 

E só foi possível, em sua visão, a partir de três terapias de choque. A primeira, o rompimento da barragem. A segunda, um “ambicioso programa econômico neoliberal, antidemocrático e impopular” para reparar danos que, impulsionado por corporações, inaugurou um nicho de mercado. A terceira, a imposição de mecanismos de tortura coletiva aos atingidos, de forma a “reduzir o gasto social” e “neutralizar a resistência”.  

Indagada sobre os aprendizados que o episódio pode oferecer para pensar a tragédia gaúcha, Rojas destaca que “os processos de reparação e reconstrução não podem ficar a cargo de empresas privadas”. 

“As emergências, a miséria e os vulneráveis tornaram-se as mercadorias mais valiosas do mundo”, constata a pesquisadora. “Auferir lucros a partir do caos, da devastação e da miséria parece ser o único objetivo da ‘indústria do desastre’, que conta com um aliado incondicional: o Estado”, diz. 

A Secretaria da Reconstrução Gaúcha, criada pelo governador Eduardo Leite no último 17 de maio e comandada por Pedro Capeluppi, tem quatro subsecretarias. Nenhuma delas trata de questões ambientais ou emergência climática. São elas: Projetos para reconstrução; Projetos Estruturantes; Parcerias e concessões; e Inteligência mercadológica.  

Para Victor Marchezini, uma expressão do capitalismo de desastre que “talvez o Rio Grande do Sul tenha inaugurado no Brasil, embora tenha um efeito de mobilizar a sociedade civil na arrecadação de donativos, é a monetização da tragédia por personalidades que vão à cena do desastre, ganham seguidores, etc. Ou mesmo as fake news, que geram engajamento”.

Reação popular e dispersão 

Tarson Núnez viu seu edifício em Porto Alegre cercado por água por quatro dias. “Eu fui retirado, mas não era um barco da Defesa Civil, não era um barco da Polícia Militar. Era um barco de voluntários”, relata.  

“Um elemento que essa tragédia revela é a enorme capacidade de empatia, solidariedade e auto-organização popular que existe na nossa sociedade”, salienta. “Não foi o estado que saiu organizando voluntários. Os voluntários se organizaram e o Estado se agregou depois”, conta Tarson.    

Além disso, na visão de Núñez, o cenário fortaleceu entidades e movimentos ambientalistas que “vinham sofrendo reveses atrás de reveses”. Entre elas a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), que não conseguiu impedir a alteração, por parte da gestão Leite, de 480 pontos da legislação ambiental do Estado.  

Também despertou em atores de instituições de pesquisa e ensino “um sentimento de urgência de colaborar”: “A emergência catalisou um movimento que estava dormido. Gente que tem capacidade intelectual e técnica e que hoje está se movimentando para influir neste debate”, destaca Tarson Núñez.  

“As cozinhas comunitárias são maravilhosas, estão salvando a vida de milhares de pessoas. Mas todas essas iniciativas, que estão surgindo de baixo para cima com muita consistência e capacidade técnica, estão dispersas. E precisam ser unificadas”, opina Tarson. 

Na avaliação de Claudia Rojas, tragédias ambientais se tornarão cada vez mais frequentes e, assim, “a próxima fase do capitalismo de desastre vai se complexificar e sofisticar”.  

“A ‘infraestrutura de desastre’ estará disponível para qualquer um que possa pagar, pelo preço que o mercado determinar. Tudo estará à venda, do resgate por helicópteros em telhados a água potável e camas em abrigos. A economia do desastre não só vem crescendo como é amplamente assimilada pelas dinâmicas do mercado. A cada crise, dobra-se a aposta no capital”, discorre Rojas.  

Por isso, opina Rojas, “é crucial estabelecer e fortalecer uma grande coalizão com as pessoas e não com as corporações. É imprescindível ressignificar a ideia e o sentido da riqueza. É vital garantir que o poder e o conhecimento, cuja finalidade é servir à vida, pare de servir a si mesmo”. 

Edição: Rodrigo Chagas

Fonte:  https://www.brasildefato.com.br/2024/05/31/alvarez-marsal-mckinsey-e-ey-capitalismo-de-desastre-toma-a-frente-na-reconstrucao-do-rs

quinta-feira, 30 de maio de 2024

A Imprensa corporativa do Brasil age como instrumento da Mídia americana

 

Imprensa brasileira faz lavagem cerebral sobre eleições pelo mundo

CPLP » Brasil

Uma reportagem recente da TV Globo apontou que 2024 é o ano com mais eleições pelo mundo nos últimos tempos. Em alguns países, elas serão uma celebração e um termômetro para medir a força da democracia, enquanto em outros elas não passam de uma farsa para consolidar regimes ditatoriais.

Imprensa brasileira faz lavagem cerebral sobre eleições pelo mundo

Photo: wikimedia.org by DonSimon is licensed under Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication

Não é difícil adivinhar quem é o grande exemplo de eleição democrática e quem são os maiores exemplos de farsa ditatorial, segundo a Globo… A reportagem mostrava imagens de Joe Biden e de Donald Trump no momento em que citava as eleições “democráticas” e imagens de Vladimir Putin e Nicolás Maduro quando falava das eleições de fachada.

A cobertura nos principais veículos que formam o monopólio de comunicação no Brasil é uníssona: as eleições nos EUA são democráticas e as eleições nos países cujos governos são “adversários” dos EUA são fraudulentas.

Foi assim que se tratou as eleições presidenciais na Rússia, realizadas em março. Embora Putin tenha um apoio real enorme dentro da sociedade, que gira em torno dos 87% de votos que recebeu, indicando que as urnas foram fiéis à correlação de forças políticas no país, os veículos de imprensa brasileiros trataram de acusar Putin de manipular as eleições.

Não houve nenhuma manchete positiva nos três grandes jornais (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) durante o mês de março. Em compensação, as negativas representaram cerca do dobro das manchetes que poderiam ser consideradas neutras – com muito esforço e bondade do analista em relação a esses jornais.

O Globo falou que era uma “eleição de cartas marcadas”, por exemplo. Alexei Navalny, um blogueiro treinado e financiado publicamente pela CIA, desconhecido pela esmagadora maioria dos russos, foi retratado como mártir e símbolo da violência do regime contra seus opositores, com grande destaque no noticiário após a sua morte.

Nada foi dito sobre os 160 mil ataques cibernéticos contra o sistema eleitoral russo, a maioria dos quais originados dos Estados Unidos e do Reino Unido, conforme denunciaram as autoridades eleitorais russas. Por outro lado, há anos existe uma forte campanha na imprensa acusando a Rússia de interferir em eleições pelo mundo, principalmente nos EUA.

As eleições na Rússia não foram tão atacadas e manipuladas pelo noticiário brasileiro, contudo, quanto as venezuelanas. Ainda a ocorrer no meio do ano, o pleito presidencial no país vizinho tem sofrido uma gigantesca campanha de desestabilização e desprestígio pelos grandes jornais do Brasil.

Folha e Estadão copiam um ao outro em manchetes de papagaio como as que chamam o governo venezuelano de “ditadura de Maduro”. Unem-se ao Globo para espalham uma campanha de intensa desinformação, retratando a oposição (que desde a ascensão do chavismo já tentou inúmeros golpes de Estado) como democrática e vítima da ditadura, embora a Venezuela tenha tido quase 30 eleições e referendos nos governos Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Uma  notícia que se espalhou por todos os tentáculos do monopólio propagandístico brasileiro – que, por sua vez, é uma extensão do aparato de propaganda de Washington – foi a da foto de Maduro repetida várias vezes na cédula eleitoral. Os jornais utilizaram o fato para indicar que Maduro manipula o voto dos eleitores para que votem nele e não em seus opositores. A realidade, contudo, é que na cédula aparecem os candidatos apoiados por cada partido, com o nome do partido junto com o seu candidato. Como a candidatura de Maduro é apoiada por 13 partidos, sua foto aparece 13 vezes, e os outros candidatos também aparecem tantas vezes quantos partidos os apoiam.

Todas as notícias sobre o governo e a candidatura Maduro são extremamente negativas e mesmo as que um observador benevolente possa considerar neutras, na verdade não passam de propagação de estereótipos negativos, levando em consideração que a campanha contra a Venezuela existe há mais de dez anos com muita força e a maioria dos leitores e telespectadores já se acostumou a pensar que o país é uma ditadura onde o povo é oprimido pelo regime.

Só se fala da suposta perseguição à oposição, da suposta falta de transparência, embora haja 13 candidatos e o Centro Carter (do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter) considere as eleições venezuelanas as mais transparentes do mundo, com verificação dupla: eletrônica e impressa. Sobre isso, o monopólio da comunicação se cala. Precisa passar a impressão ao público que na Venezuela não existe um pingo de democracia e só a derrubada do chavismo fará com que ela apareça.

Esse é exatamente o mesmo discurso do governo dos EUA. Afinal de contas, a imprensa brasileira não passa de um porta-voz da opinião do imperialismo americano. E, como tal, além de mentir sobre as eleições em países cujos governos não se dobram à sanha opressora dos EUA, essa mesma imprensa louva as eleições americanas.

Nem na TV, nem nos jornais, nem nas rádios, nem nos grandes websites há qualquer mínimo questionamento sobre a lisura do processo eleitoral americano. Não importa que o país seja uma ditadura bipartidária onde democratas e republicanos não passam de dois lados da mesma moeda. Não importa que a vontade dos eleitores valha menos do que o resultado dos colégios eleitorais (afinal, ao contrário das “ditaduras” russa e venezuelana, as eleições “democráticas” nos EUA são indiretas).

Não importa que o dinheiro dos grandes banqueiros, industriais, comerciantes e latifundiários seja o maior impulsionador das campanhas, e que esses só apoiam os candidatos que lhes jurarem fidelidade e lhes prometerem as maiores benesses se for eleito. De fato, quem queira se eleger precisa se ajoelhar para esses grandes capitalistas, que na verdade controlam com mão de ferro todo o sistema político norte-americano. A imprensa trata esse negócio evidentemente corrupto como algo natural e inerente à democracia. Claro, porque ela própria faz parte disso: se nem mesmo a americana cita os outros candidatos, é óbvio que suas sucursais brasileiras não irão noticiar as atividades dos pobres coitados que concorrem como parte (aqui sim!) dessa eleição de cartas marcadas.

Biden e Trump são idosos que já não conseguem articular bem as palavras e o atual presidente mal consegue controlar sua locomoção. Praticamente todos os dias ele comete alguma gafe vergonhosa que viraliza nas redes sociais, mas a imprensa finge que isso não acontece. A Folha de S.Paulo, contudo, se regozija em publicar uma matéria sensacionalista com o título “Maduro tenta mandar mensagem em inglês a Biden e vira alvo de piadas”, demonstrando seu capachismo e preconceito, como se Biden soubesse falar espanhol – aliás, os americanos são completamente ignorantes de outros idiomas e estão pouco se lixando para aprendê-los, mas a Folha acha que um presidente hispânico tem a obrigação de falar inglês.

Maduro e Putin são os responsáveis por criar “obstáculos para eleitores votarem”, como disse o Estadão, mas é nos Estados Unidos onde os cidadãos são, na prática, desincentivados a votar, pois o pleito ocorre em dia de trabalho normal e o trabalhador sequer tem tempo de acorrer às urnas – além de desconhecer os candidatos.

Os partidos democrata e republicano são apresentados como rivais, mas essa mesma imprensa não consegue esconder que nos assuntos que realmente importam eles sempre estão de mãos dadas e nenhum se opõe ao regime (esse sim, um regime no sentido de ser uma ditadura) americano, pois os dois são os representantes desse regime.

Na Venezuela ou na Rússia os opositores pagos pelos EUA são falsamente retratados como combatentes da liberdade para retirar a elite corrupta do poder. Nos EUA, que é tão ditatorial que nem sequer existe essa oposição (de forma organizada), a oposição popular desorganizada não é considerada oposição pela imprensa. É como se o povo fosse a favor da “democracia” americana, e os que não o são merecem o desprezo como antidemocráticos e marginais.

Não se enganem: o que estamos lendo e ouvindo dos apresentadores, repórteres e comentaristas não é a verdade e nem mesmo uma opinião honesta. É pura propaganda muito bem articulada em uma rede monopolística para manter os súditos do império ignorantes da opressão que sofremos desse mesmo império. A imprensa capitalista não passa de um instrumento da burguesia para enganar o povo, e num país como o Brasil, praticamente colonizado pelos EUA, essa imprensa é porta-voz da metrópole contra os nossos interesses.

Author`s name Eduardo Vasco

Ver mais em https://port.pravda.ru/cplp/58331-eleicoes_mundo/

Fonte: https://port.pravda.ru/cplp/58331-eleicoes_mundo/

Imprensa brasileira faz lavagem cerebral sobre eleições pelo mundo

Uma reportagem recente da TV Globo apontou que 2024 é o ano com mais eleições pelo mundo nos últimos tempos. Em alguns países, elas serão uma celebração e um termômetro para medir a força da democracia, enquanto em outros elas não passam de uma farsa para consolidar regimes ditatoriais.


Não é difícil adivinhar quem é o grande exemplo de eleição democrática e quem são os maiores exemplos de farsa ditatorial, segundo a Globo… A reportagem mostrava imagens de Joe Biden e de Donald Trump no momento em que citava as eleições “democráticas” e imagens de Vladimir Putin e Nicolás Maduro quando falava das eleições de fachada.


A cobertura nos principais veículos que formam o monopólio de comunicação no Brasil é uníssona: as eleições nos EUA são democráticas e as eleições nos países cujos governos são “adversários” dos EUA são fraudulentas.


Foi assim que se tratou as eleições presidenciais na Rússia, realizadas em março. Embora Putin tenha um apoio real enorme dentro da sociedade, que gira em torno dos 87% de votos que recebeu, indicando que as urnas foram fiéis à correlação de forças políticas no país, os veículos de imprensa brasileiros trataram de acusar Putin de manipular as eleições.


Não houve nenhuma manchete positiva nos três grandes jornais (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) durante o mês de março. Em compensação, as negativas representaram cerca do dobro das manchetes que poderiam ser consideradas neutras – com muito esforço e bondade do analista em relação a esses jornais.


O Globo falou que era uma “eleição de cartas marcadas”, por exemplo. Alexei Navalny, um blogueiro treinado e financiado publicamente pela CIA, desconhecido pela esmagadora maioria dos russos, foi retratado como mártir e símbolo da violência do regime contra seus opositores, com grande destaque no noticiário após a sua morte. 


Nada foi dito sobre os 160 mil ataques cibernéticos contra o sistema eleitoral russo, a maioria dos quais originados dos Estados Unidos e do Reino Unido, conforme denunciaram as autoridades eleitorais russas. Por outro lado, há anos existe uma forte campanha na imprensa acusando a Rússia de interferir em eleições pelo mundo, principalmente nos EUA.


As eleições na Rússia não foram tão atacadas e manipuladas pelo noticiário brasileiro, contudo, quanto as venezuelanas. Ainda a ocorrer no meio do ano, o pleito presidencial no país vizinho tem sofrido uma gigantesca campanha de desestabilização e desprestígio pelos grandes jornais do Brasil.


Folha e Estadão copiam um ao outro em manchetes de papagaio como as que chamam o governo venezuelano de “ditadura de Maduro”. Unem-se ao Globo para espalham uma campanha de intensa desinformação, retratando a oposição (que desde a ascensão do chavismo já tentou inúmeros golpes de Estado) como democrática e vítima da ditadura, embora a Venezuela tenha tido quase 30 eleições e referendos nos governos Hugo Chávez e Nicolás Maduro.


Uma  notícia que se espalhou por todos os tentáculos do monopólio propagandístico brasileiro – que, por sua vez, é uma extensão do aparato de propaganda de Washington – foi a da foto de Maduro repetida várias vezes na cédula eleitoral. Os jornais utilizaram o fato para indicar que Maduro manipula o voto dos eleitores para que votem nele e não em seus opositores. A realidade, contudo, é que na cédula aparecem os candidatos apoiados por cada partido, com o nome do partido junto com o seu candidato. Como a candidatura de Maduro é apoiada por 13 partidos, sua foto aparece 13 vezes, e os outros candidatos também aparecem tantas vezes quantos partidos os apoiam.


Todas as notícias sobre o governo e a candidatura Maduro são extremamente negativas e mesmo as que um observador benevolente possa considerar neutras, na verdade não passam de propagação de estereótipos negativos, levando em consideração que a campanha contra a Venezuela existe há mais de dez anos com muita força e a maioria dos leitores e telespectadores já se acostumou a pensar que o país é uma ditadura onde o povo é oprimido pelo regime.


Só se fala da suposta perseguição à oposição, da suposta falta de transparência, embora haja 13 candidatos e o Centro Carter (do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter) considere as eleições venezuelanas as mais transparentes do mundo, com verificação dupla: eletrônica e impressa. Sobre isso, o monopólio da comunicação se cala. Precisa passar a impressão ao público que na Venezuela não existe um pingo de democracia e só a derrubada do chavismo fará com que ela apareça.


Esse é exatamente o mesmo discurso do governo dos EUA. Afinal de contas, a imprensa brasileira não passa de um porta-voz da opinião do imperialismo americano. E, como tal, além de mentir sobre as eleições em países cujos governos não se dobram à sanha opressora dos EUA, essa mesma imprensa louva as eleições americanas.


Nem na TV, nem nos jornais, nem nas rádios, nem nos grandes websites há qualquer mínimo questionamento sobre a lisura do processo eleitoral americano. Não importa que o país seja uma ditadura bipartidária onde democratas e republicanos não passam de dois lados da mesma moeda. Não importa que a vontade dos eleitores valha menos do que o resultado dos colégios eleitorais (afinal, ao contrário das “ditaduras” russa e venezuelana, as eleições “democráticas” nos EUA são indiretas).


Não importa que o dinheiro dos grandes banqueiros, industriais, comerciantes e latifundiários seja o maior impulsionador das campanhas, e que esses só apoiam os candidatos que lhes jurarem fidelidade e lhes prometerem as maiores benesses se for eleito. De fato, quem queira se eleger precisa se ajoelhar para esses grandes capitalistas, que na verdade controlam com mão de ferro todo o sistema político norte-americano. A imprensa trata esse negócio evidentemente corrupto como algo natural e inerente à democracia. Claro, porque ela própria faz parte disso: se nem mesmo a americana cita os outros candidatos, é óbvio que suas sucursais brasileiras não irão noticiar as atividades dos pobres coitados que concorrem como parte (aqui sim!) dessa eleição de cartas marcadas.


Biden e Trump são idosos que já não conseguem articular bem as palavras e o atual presidente mal consegue controlar sua locomoção. Praticamente todos os dias ele comete alguma gafe vergonhosa que viraliza nas redes sociais, mas a imprensa finge que isso não acontece. A Folha de S.Paulo, contudo, se regozija em publicar uma matéria sensacionalista com o título “Maduro tenta mandar mensagem em inglês a Biden e vira alvo de piadas”, demonstrando seu capachismo e preconceito, como se Biden soubesse falar espanhol – aliás, os americanos são completamente ignorantes de outros idiomas e estão pouco se lixando para aprendê-los, mas a Folha acha que um presidente hispânico tem a obrigação de falar inglês.


Maduro e Putin são os responsáveis por criar “obstáculos para eleitores votarem”, como disse o Estadão, mas é nos Estados Unidos onde os cidadãos são, na prática, desincentivados a votar, pois o pleito ocorre em dia de trabalho normal e o trabalhador sequer tem tempo de acorrer às urnas – além de desconhecer os candidatos.


Os partidos democrata e republicano são apresentados como rivais, mas essa mesma imprensa não consegue esconder que nos assuntos que realmente importam eles sempre estão de mãos dadas e nenhum se opõe ao regime (esse sim, um regime no sentido de ser uma ditadura) americano, pois os dois são os representantes desse regime. 


Na Venezuela ou na Rússia os opositores pagos pelos EUA são falsamente retratados como combatentes da liberdade para retirar a elite corrupta do poder. Nos EUA, que é tão ditatorial que nem sequer existe essa oposição (de forma organizada), a oposição popular desorganizada não é considerada oposição pela imprensa. É como se o povo fosse a favor da “democracia” americana, e os que não o são merecem o desprezo como antidemocráticos e marginais.


Não se enganem: o que estamos lendo e ouvindo dos apresentadores, repórteres e comentaristas não é a verdade e nem mesmo uma opinião honesta. É pura propaganda muito bem articulada em uma rede monopolística para manter os súditos do império ignorantes da opressão que sofremos desse mesmo império. A imprensa capitalista não passa de um instrumento da burguesia para enganar o povo, e num país como o Brasil, praticamente colonizado pelos EUA, essa imprensa é porta-voz da metrópole contra os nossos interesses.

Author`s name Eduardo Vasco

Ver mais em https://port.pravda.ru/cplp/58331-eleicoes_mundo/

Imprensa brasileira faz lavagem cerebral sobre eleições pelo mundo

Uma reportagem recente da TV Globo apontou que 2024 é o ano com mais eleições pelo mundo nos últimos tempos. Em alguns países, elas serão uma celebração e um termômetro para medir a força da democracia, enquanto em outros elas não passam de uma farsa para consolidar regimes ditatoriais.


Não é difícil adivinhar quem é o grande exemplo de eleição democrática e quem são os maiores exemplos de farsa ditatorial, segundo a Globo… A reportagem mostrava imagens de Joe Biden e de Donald Trump no momento em que citava as eleições “democráticas” e imagens de Vladimir Putin e Nicolás Maduro quando falava das eleições de fachada.


A cobertura nos principais veículos que formam o monopólio de comunicação no Brasil é uníssona: as eleições nos EUA são democráticas e as eleições nos países cujos governos são “adversários” dos EUA são fraudulentas.


Foi assim que se tratou as eleições presidenciais na Rússia, realizadas em março. Embora Putin tenha um apoio real enorme dentro da sociedade, que gira em torno dos 87% de votos que recebeu, indicando que as urnas foram fiéis à correlação de forças políticas no país, os veículos de imprensa brasileiros trataram de acusar Putin de manipular as eleições.


Não houve nenhuma manchete positiva nos três grandes jornais (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) durante o mês de março. Em compensação, as negativas representaram cerca do dobro das manchetes que poderiam ser consideradas neutras – com muito esforço e bondade do analista em relação a esses jornais.


O Globo falou que era uma “eleição de cartas marcadas”, por exemplo. Alexei Navalny, um blogueiro treinado e financiado publicamente pela CIA, desconhecido pela esmagadora maioria dos russos, foi retratado como mártir e símbolo da violência do regime contra seus opositores, com grande destaque no noticiário após a sua morte. 


Nada foi dito sobre os 160 mil ataques cibernéticos contra o sistema eleitoral russo, a maioria dos quais originados dos Estados Unidos e do Reino Unido, conforme denunciaram as autoridades eleitorais russas. Por outro lado, há anos existe uma forte campanha na imprensa acusando a Rússia de interferir em eleições pelo mundo, principalmente nos EUA.


As eleições na Rússia não foram tão atacadas e manipuladas pelo noticiário brasileiro, contudo, quanto as venezuelanas. Ainda a ocorrer no meio do ano, o pleito presidencial no país vizinho tem sofrido uma gigantesca campanha de desestabilização e desprestígio pelos grandes jornais do Brasil.


Folha e Estadão copiam um ao outro em manchetes de papagaio como as que chamam o governo venezuelano de “ditadura de Maduro”. Unem-se ao Globo para espalham uma campanha de intensa desinformação, retratando a oposição (que desde a ascensão do chavismo já tentou inúmeros golpes de Estado) como democrática e vítima da ditadura, embora a Venezuela tenha tido quase 30 eleições e referendos nos governos Hugo Chávez e Nicolás Maduro.


Uma  notícia que se espalhou por todos os tentáculos do monopólio propagandístico brasileiro – que, por sua vez, é uma extensão do aparato de propaganda de Washington – foi a da foto de Maduro repetida várias vezes na cédula eleitoral. Os jornais utilizaram o fato para indicar que Maduro manipula o voto dos eleitores para que votem nele e não em seus opositores. A realidade, contudo, é que na cédula aparecem os candidatos apoiados por cada partido, com o nome do partido junto com o seu candidato. Como a candidatura de Maduro é apoiada por 13 partidos, sua foto aparece 13 vezes, e os outros candidatos também aparecem tantas vezes quantos partidos os apoiam.


Todas as notícias sobre o governo e a candidatura Maduro são extremamente negativas e mesmo as que um observador benevolente possa considerar neutras, na verdade não passam de propagação de estereótipos negativos, levando em consideração que a campanha contra a Venezuela existe há mais de dez anos com muita força e a maioria dos leitores e telespectadores já se acostumou a pensar que o país é uma ditadura onde o povo é oprimido pelo regime.


Só se fala da suposta perseguição à oposição, da suposta falta de transparência, embora haja 13 candidatos e o Centro Carter (do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter) considere as eleições venezuelanas as mais transparentes do mundo, com verificação dupla: eletrônica e impressa. Sobre isso, o monopólio da comunicação se cala. Precisa passar a impressão ao público que na Venezuela não existe um pingo de democracia e só a derrubada do chavismo fará com que ela apareça.


Esse é exatamente o mesmo discurso do governo dos EUA. Afinal de contas, a imprensa brasileira não passa de um porta-voz da opinião do imperialismo americano. E, como tal, além de mentir sobre as eleições em países cujos governos não se dobram à sanha opressora dos EUA, essa mesma imprensa louva as eleições americanas.


Nem na TV, nem nos jornais, nem nas rádios, nem nos grandes websites há qualquer mínimo questionamento sobre a lisura do processo eleitoral americano. Não importa que o país seja uma ditadura bipartidária onde democratas e republicanos não passam de dois lados da mesma moeda. Não importa que a vontade dos eleitores valha menos do que o resultado dos colégios eleitorais (afinal, ao contrário das “ditaduras” russa e venezuelana, as eleições “democráticas” nos EUA são indiretas).


Não importa que o dinheiro dos grandes banqueiros, industriais, comerciantes e latifundiários seja o maior impulsionador das campanhas, e que esses só apoiam os candidatos que lhes jurarem fidelidade e lhes prometerem as maiores benesses se for eleito. De fato, quem queira se eleger precisa se ajoelhar para esses grandes capitalistas, que na verdade controlam com mão de ferro todo o sistema político norte-americano. A imprensa trata esse negócio evidentemente corrupto como algo natural e inerente à democracia. Claro, porque ela própria faz parte disso: se nem mesmo a americana cita os outros candidatos, é óbvio que suas sucursais brasileiras não irão noticiar as atividades dos pobres coitados que concorrem como parte (aqui sim!) dessa eleição de cartas marcadas.


Biden e Trump são idosos que já não conseguem articular bem as palavras e o atual presidente mal consegue controlar sua locomoção. Praticamente todos os dias ele comete alguma gafe vergonhosa que viraliza nas redes sociais, mas a imprensa finge que isso não acontece. A Folha de S.Paulo, contudo, se regozija em publicar uma matéria sensacionalista com o título “Maduro tenta mandar mensagem em inglês a Biden e vira alvo de piadas”, demonstrando seu capachismo e preconceito, como se Biden soubesse falar espanhol – aliás, os americanos são completamente ignorantes de outros idiomas e estão pouco se lixando para aprendê-los, mas a Folha acha que um presidente hispânico tem a obrigação de falar inglês.


Maduro e Putin são os responsáveis por criar “obstáculos para eleitores votarem”, como disse o Estadão, mas é nos Estados Unidos onde os cidadãos são, na prática, desincentivados a votar, pois o pleito ocorre em dia de trabalho normal e o trabalhador sequer tem tempo de acorrer às urnas – além de desconhecer os candidatos.


Os partidos democrata e republicano são apresentados como rivais, mas essa mesma imprensa não consegue esconder que nos assuntos que realmente importam eles sempre estão de mãos dadas e nenhum se opõe ao regime (esse sim, um regime no sentido de ser uma ditadura) americano, pois os dois são os representantes desse regime. 


Na Venezuela ou na Rússia os opositores pagos pelos EUA são falsamente retratados como combatentes da liberdade para retirar a elite corrupta do poder. Nos EUA, que é tão ditatorial que nem sequer existe essa oposição (de forma organizada), a oposição popular desorganizada não é considerada oposição pela imprensa. É como se o povo fosse a favor da “democracia” americana, e os que não o são merecem o desprezo como antidemocráticos e marginais.


Não se enganem: o que estamos lendo e ouvindo dos apresentadores, repórteres e comentaristas não é a verdade e nem mesmo uma opinião honesta. É pura propaganda muito bem articulada em uma rede monopolística para manter os súditos do império ignorantes da opressão que sofremos desse mesmo império. A imprensa capitalista não passa de um instrumento da burguesia para enganar o povo, e num país como o Brasil, praticamente colonizado pelos EUA, essa imprensa é porta-voz da metrópole contra os nossos interesses.

Author`s name Eduardo Vasco

Ver mais em https://port.pravda.ru/cplp/58331-eleicoes_mundo/

Imprensa brasileira faz lavagem cerebral sobre eleições pelo mundo

Uma reportagem recente da TV Globo apontou que 2024 é o ano com mais eleições pelo mundo nos últimos tempos. Em alguns países, elas serão uma celebração e um termômetro para medir a força da democracia, enquanto em outros elas não passam de uma farsa para consolidar regimes ditatoriais.


Não é difícil adivinhar quem é o grande exemplo de eleição democrática e quem são os maiores exemplos de farsa ditatorial, segundo a Globo… A reportagem mostrava imagens de Joe Biden e de Donald Trump no momento em que citava as eleições “democráticas” e imagens de Vladimir Putin e Nicolás Maduro quando falava das eleições de fachada.


A cobertura nos principais veículos que formam o monopólio de comunicação no Brasil é uníssona: as eleições nos EUA são democráticas e as eleições nos países cujos governos são “adversários” dos EUA são fraudulentas.


Foi assim que se tratou as eleições presidenciais na Rússia, realizadas em março. Embora Putin tenha um apoio real enorme dentro da sociedade, que gira em torno dos 87% de votos que recebeu, indicando que as urnas foram fiéis à correlação de forças políticas no país, os veículos de imprensa brasileiros trataram de acusar Putin de manipular as eleições.


Não houve nenhuma manchete positiva nos três grandes jornais (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) durante o mês de março. Em compensação, as negativas representaram cerca do dobro das manchetes que poderiam ser consideradas neutras – com muito esforço e bondade do analista em relação a esses jornais.


O Globo falou que era uma “eleição de cartas marcadas”, por exemplo. Alexei Navalny, um blogueiro treinado e financiado publicamente pela CIA, desconhecido pela esmagadora maioria dos russos, foi retratado como mártir e símbolo da violência do regime contra seus opositores, com grande destaque no noticiário após a sua morte. 


Nada foi dito sobre os 160 mil ataques cibernéticos contra o sistema eleitoral russo, a maioria dos quais originados dos Estados Unidos e do Reino Unido, conforme denunciaram as autoridades eleitorais russas. Por outro lado, há anos existe uma forte campanha na imprensa acusando a Rússia de interferir em eleições pelo mundo, principalmente nos EUA.


As eleições na Rússia não foram tão atacadas e manipuladas pelo noticiário brasileiro, contudo, quanto as venezuelanas. Ainda a ocorrer no meio do ano, o pleito presidencial no país vizinho tem sofrido uma gigantesca campanha de desestabilização e desprestígio pelos grandes jornais do Brasil.


Folha e Estadão copiam um ao outro em manchetes de papagaio como as que chamam o governo venezuelano de “ditadura de Maduro”. Unem-se ao Globo para espalham uma campanha de intensa desinformação, retratando a oposição (que desde a ascensão do chavismo já tentou inúmeros golpes de Estado) como democrática e vítima da ditadura, embora a Venezuela tenha tido quase 30 eleições e referendos nos governos Hugo Chávez e Nicolás Maduro.


Uma  notícia que se espalhou por todos os tentáculos do monopólio propagandístico brasileiro – que, por sua vez, é uma extensão do aparato de propaganda de Washington – foi a da foto de Maduro repetida várias vezes na cédula eleitoral. Os jornais utilizaram o fato para indicar que Maduro manipula o voto dos eleitores para que votem nele e não em seus opositores. A realidade, contudo, é que na cédula aparecem os candidatos apoiados por cada partido, com o nome do partido junto com o seu candidato. Como a candidatura de Maduro é apoiada por 13 partidos, sua foto aparece 13 vezes, e os outros candidatos também aparecem tantas vezes quantos partidos os apoiam.


Todas as notícias sobre o governo e a candidatura Maduro são extremamente negativas e mesmo as que um observador benevolente possa considerar neutras, na verdade não passam de propagação de estereótipos negativos, levando em consideração que a campanha contra a Venezuela existe há mais de dez anos com muita força e a maioria dos leitores e telespectadores já se acostumou a pensar que o país é uma ditadura onde o povo é oprimido pelo regime.


Só se fala da suposta perseguição à oposição, da suposta falta de transparência, embora haja 13 candidatos e o Centro Carter (do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter) considere as eleições venezuelanas as mais transparentes do mundo, com verificação dupla: eletrônica e impressa. Sobre isso, o monopólio da comunicação se cala. Precisa passar a impressão ao público que na Venezuela não existe um pingo de democracia e só a derrubada do chavismo fará com que ela apareça.


Esse é exatamente o mesmo discurso do governo dos EUA. Afinal de contas, a imprensa brasileira não passa de um porta-voz da opinião do imperialismo americano. E, como tal, além de mentir sobre as eleições em países cujos governos não se dobram à sanha opressora dos EUA, essa mesma imprensa louva as eleições americanas.


Nem na TV, nem nos jornais, nem nas rádios, nem nos grandes websites há qualquer mínimo questionamento sobre a lisura do processo eleitoral americano. Não importa que o país seja uma ditadura bipartidária onde democratas e republicanos não passam de dois lados da mesma moeda. Não importa que a vontade dos eleitores valha menos do que o resultado dos colégios eleitorais (afinal, ao contrário das “ditaduras” russa e venezuelana, as eleições “democráticas” nos EUA são indiretas).


Não importa que o dinheiro dos grandes banqueiros, industriais, comerciantes e latifundiários seja o maior impulsionador das campanhas, e que esses só apoiam os candidatos que lhes jurarem fidelidade e lhes prometerem as maiores benesses se for eleito. De fato, quem queira se eleger precisa se ajoelhar para esses grandes capitalistas, que na verdade controlam com mão de ferro todo o sistema político norte-americano. A imprensa trata esse negócio evidentemente corrupto como algo natural e inerente à democracia. Claro, porque ela própria faz parte disso: se nem mesmo a americana cita os outros candidatos, é óbvio que suas sucursais brasileiras não irão noticiar as atividades dos pobres coitados que concorrem como parte (aqui sim!) dessa eleição de cartas marcadas.


Biden e Trump são idosos que já não conseguem articular bem as palavras e o atual presidente mal consegue controlar sua locomoção. Praticamente todos os dias ele comete alguma gafe vergonhosa que viraliza nas redes sociais, mas a imprensa finge que isso não acontece. A Folha de S.Paulo, contudo, se regozija em publicar uma matéria sensacionalista com o título “Maduro tenta mandar mensagem em inglês a Biden e vira alvo de piadas”, demonstrando seu capachismo e preconceito, como se Biden soubesse falar espanhol – aliás, os americanos são completamente ignorantes de outros idiomas e estão pouco se lixando para aprendê-los, mas a Folha acha que um presidente hispânico tem a obrigação de falar inglês.


Maduro e Putin são os responsáveis por criar “obstáculos para eleitores votarem”, como disse o Estadão, mas é nos Estados Unidos onde os cidadãos são, na prática, desincentivados a votar, pois o pleito ocorre em dia de trabalho normal e o trabalhador sequer tem tempo de acorrer às urnas – além de desconhecer os candidatos.


Os partidos democrata e republicano são apresentados como rivais, mas essa mesma imprensa não consegue esconder que nos assuntos que realmente importam eles sempre estão de mãos dadas e nenhum se opõe ao regime (esse sim, um regime no sentido de ser uma ditadura) americano, pois os dois são os representantes desse regime. 


Na Venezuela ou na Rússia os opositores pagos pelos EUA são falsamente retratados como combatentes da liberdade para retirar a elite corrupta do poder. Nos EUA, que é tão ditatorial que nem sequer existe essa oposição (de forma organizada), a oposição popular desorganizada não é considerada oposição pela imprensa. É como se o povo fosse a favor da “democracia” americana, e os que não o são merecem o desprezo como antidemocráticos e marginais.


Não se enganem: o que estamos lendo e ouvindo dos apresentadores, repórteres e comentaristas não é a verdade e nem mesmo uma opinião honesta. É pura propaganda muito bem articulada em uma rede monopolística para manter os súditos do império ignorantes da opressão que sofremos desse mesmo império. A imprensa capitalista não passa de um instrumento da burguesia para enganar o povo, e num país como o Brasil, praticamente colonizado pelos EUA, essa imprensa é porta-voz da metrópole contra os nossos interesses.

Author`s name Eduardo Vasco

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Falar que existe uma Democracia nos EUA me parece mais uma fake news

 

Eleições nos EUA: uma democracia que não permite oposição

Mundo

O regime norte-americano considera-se o mais democrático do mundo. É o que sempre disseram aos quatro ventos os presidentes dos Estados Unidos, e o que seu sistema monopolista de comunicação sempre propagou para o mundo inteiro. Isso já se tornou senso comum, comprovando uma das mais famosas máximas dos nazistas: uma mentira repetida mil vezes acaba tornando-se verdade (na consciência do grande público).

Eleições nos EUA: uma democracia que não permite oposição

Photo: National Archives and Records Administration by Lt. Mitchell, U.S.Navy is licensed under public domain

Mas como um sistema pode ser considerado democrático se há somente dois partidos, que não divergem em nada nos principais assuntos nacionais e internacionais, e que, como muitos sinalizam há tempos, não passam de dois lados da mesma moeda?

Para as eleições presidenciais de novembro deste ano, o roteiro é o mesmo de sempre: Partido Democrata vs. Partido Republicano. Mesmo que a maioria dos eleitores não concorde com as candidaturas de Joe Biden e Donald Trump, como apontou levantamento da Reuters/Ipsos de 25 de janeiro: “em geral, uma maioria absoluta de americanos (52%) não está satisfeita com o sistema de dois partidos e quer uma terceira escolha.”

Esse sentimento não é de hoje. Já em 2008, quando as presidenciais opuseram Barack Obama (D) a John McCain (R), 47% dos eleitores consultados pela Gallup desejavam uma alternativa a democratas e republicanos. Em outubro de 2023, o mesmo instituto apontou que 63% dos americanos achavam que os dois partidos fazem um “trabalho tão ruim” de representação popular que é preciso um terceiro grande partido.

Uma terceira pesquisa, de outro instituto de grande prestígio nos EUA, o Pew Research Center, mostrou, em 24 de abril, que 49% dos eleitores substituiriam tanto Biden quanto Trump como candidatos nestas eleições, se tivessem a “capacidade” de decidir quem seria o candidato de cada partido.

Mesmo com tamanha insatisfação, que evidencia uma oposição do povo americano ao regime bipartidário, essa oposição não se materializa em um partido político com chances de vitória.

Apenas em oito ocasiões na história dos EUA (a primeira em 1848 e a última em 1992) um terceiro candidato obteve mais de 10% dos votos populares. E somente em duas delas ele conseguiu ficar à frente de um dos dois candidatos principais, mas nunca na frente dois dois, ou seja, nunca conseguiu se eleger. Essas duas exceções de terceira via que chegaram em segundo lugar foram John Breckinridge, pelos Democratas de Lecompton, em 1860, e Theodore Roosevelt, pelo Partido Progressista, em 1912.

Há mais de cem anos aos americanos não é dada nenhuma opção que não seja o candidato do Partido Democrata ou o candidato do Partido Republicano, ainda que, como mostram as pesquisas, os eleitores exijam essa terceira opção. Mas a pulsante democracia dos EUA não atende à vontade de seus cidadãos em seu momento mais importante, a eleição presidencial!

De fato, os partidos e candidatos que tentam concorrer com o regime bipartidário são sistematicamente impedidos pelo aparelho eleitoral. Poucos conseguem se qualificar para aparecer nas cédulas eleitorais, cujos critérios variam em cada estado. As pesquisas de intenção de voto não mencionam nomes que não sejam os do candidato democrata e do candidato republicano – pouquíssimas citam um terceiro ou quarto candidato. A imprensa não noticia as atividades dos outros candidatos, nem tampouco os entrevista. Para participar dos debates promovidos pela Comissão de Debates Presidenciais, o candidato precisa ter ao menos 15% das intenções de voto nas pesquisas (como, se seu nome sequer é mencionado?) e aparecer em um número suficiente de cédulas para ter chance de vencer no Colégio Eleitoral.

Todo o aparato do regime norte-americano (justiça eleitoral, instituições, imprensa, mecanismos de busca) funciona como se houvesse apenas dois candidatos: o democrata e o republicano. E, de fato, essa é a realidade. Os outros quatro ou cinco que realizam a proeza de superar as dificuldades para aparecer na cédula não concorrem efetivamente.

Esse mesmo aparato, encabeçado pelo governo dos EUA, costuma exigir dos outros países – principalmente aqueles que não aceitam a interferência americana – que realizem eleições onde todos os candidatos tenham oportunidades iguais de vitória. É claro que essas exigências são apenas um artifício para forçar uma mudança de regime nos países a serem dominados. O próprio regime norte-americano não oferece nenhuma chance para a oposição vencer as eleições – e nem mesmo aceita observadores internacionais, apenas “acompanhantes”.

Mas não é só isso. O buraco é muito mais embaixo. Os pobres coitados que, após muito sofrimento, conseguem se candidatar contra a máquina bipartidária e não terão a menor chance de vencê-la na verdade não são nem mesmo uma oposição consentida. Eles simplesmente não são oposição.

Expoente dessa tese é Robert Kennedy Jr. Ele desistiu de sua candidatura pelo Partido Democrata para se candidatar como independente. Mas, apesar de ter saído do Partido Democrata, o Partido Democrata não saiu de RFK Jr. Suas propostas não são muito diferentes daquelas dos dois partidos hegemônicos – de fato, em toda a história, sempre houve um bloco de democratas e de republicanos com propostas distintas da cúpula partidária, com inclinação social e mais isolacionista. O filho do ex-senador Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy sequer é um outsider: a prova mais cabal disso é seu fiel apoio ao genocídio promovido por EUA/Israel em Gaza. Assim como os democratas e republicanos, RFK Jr. está no bolso da burguesia que controla o regime americano.

É por ser uma oposição de fachada que Kennedy tem o melhor índice de intenções de voto entre os candidatos da terceira via desde as eleições de 1996. As raras pesquisas que mencionam seu nome o apresentam com um índice de entre 10% e 15% de intenções de voto. Mas a razão de tal desempenho é menos um acordo por parte dos eleitores com o seu programa do que uma rejeição ao bipartidarismo (particularmente à disputa Biden vs. Trump) ou uma simpatia pela sua tradicional família. Uma pesquisa publicada no ano passado pela CNN mostrou que 39% daqueles que pretendem votar em RFK Jr. sequer têm uma opinião formada sobre ele, ou seja, mal o conhecem. Só o escolheram porque não pertence ao partido Democrata ou Republicano.

Além de RFK Jr., outros cinco candidatos irão aparecer nas cédulas eleitorais de menos da metade dos estados. Logo, não terão a menor chance de fazer cócegas ao bipartidarismo. Os restantes cinco partidos que tentaram concorrer sequer obtiveram o acesso ao registro na cédula de votação de um único estado. Na prática, todos eles são completos desconhecidos pelo eleitorado americano. E, ainda que os eleitores os conhecessem, perceberiam que seus programas e ideologia são cópias mal formuladas daqueles dos partidos Democrata e Republicano.

Todas as tentativas de se criar um partido realmente distinto dos irmãos siameses foram sabotadas e suprimidas pelo sistema ditatorial americano. Foram os casos do Partido Progressista, que durou somente dois anos (1912-1914), do Partido Comunista e do Partido dos Panteras Negras (estes dois últimos brutalmente perseguidos e reprimidos pelo Estado).

Com efeito, o sistema político dos Estados Unidos não permite oposição, embora a maioria dos cidadãos queira uma. Essa é a verdadeira democracia mais perfeita que o homem já criou! Deus salve a América!

Author`s name Eduardo Vasco

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Fonte: https://port.pravda.ru/mundo/58333-eleicoes_eua/

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Direita e extrema direita gosta de mentiras e de disseminar fake news

 

 

Por Jacinto Pereira

Nas matérias abaixo você vai ver o quanto os bolsonaristas defendem a disseminação das fake news sem serem responsabilizados e punidos. 

Também vai ver o quanto os bolsonaristas são contra a ressocialização de presos.

Também vai ver o quanto o Governo Lula está contaminado por bolsonaristas.

https://www.aosfatos.org/bipe/congresso-vota-contra-criminalizacao-desinformacao-eleitoral/\

 https://www.redebrasilatual.com.br/politica/extrema-direita-e-big-techs-impediram-a-votacao-do-pl-das-fake-news/

 https://ptnosenado.org.br/com-voto-contrario-do-pt-congresso-mantem-veto-que-puniria-disseminacao-de-noticias-falsas/

terça-feira, 28 de maio de 2024

Lula vai ganhar muito dinheiro de bolsonaristas mentirosos

TSE multa parlamentares bolsonaristas por mentira contra Lula

Ao todo, foi aplicado R$ 195 mil em multa aos representados Foto: TSE/Ascom

Na sessão de julgamento dessa quinta-feira (23), o Tribunal Superior Eleitoral condenou parlamentares e influenciadores digitais ao pagamento de multa no valor de R$ 30 mil em razão de publicações nas redes sociais que tentavam vincular Lula a ritos satânicos. Ao todo, foi aplicado R$ 195 mil em multa aos representados.

Na ação, a defesa do Presidente Lula, representada pelo escritório Ferraro, Rocha e Novaes Advogados, afirmou que a publicação do influenciador digital Vick Vanila, que se autodenomina “satanista”, representou um falso apoio, que tinha como objetivo ofender a imagem e a honra de Lula, com o intuito de impactar o voto dos eleitores. Já os demais representados deveriam ser responsabilizados em razão da obrigação existente na legislação eleitoral de se averiguar a fidedignidade das informações antes de compartilha-las.

O Ministro Alexandre de Moraes, em seu voto, afirmou ser evidente que se tratava de uma armação e destacou que a estratégia utilizada pelos representados para disseminar essa desinformação foi a mesma promovida pelo chamado “Gabinete do Ódio”, e mencionou que alguns dos condenados também figuram como investigados nos Inquéritos das Fake News e dos Atos Antidemocráticos.

Dentre os condenados estão os Senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) e Cleitinho (Republicamos/MG) e os Deputados Federais Gustavo Gayer (PL/GO) e Carla Zambelli (PL/SP), além de outros influenciadores digitais e o cantor Roger (Ultraje a Rigor).

Leia Mais:

Bolsonarista tenta aprovar moção de repúdio contra Lula e é derrotado na Câmara

Da Redação/Assessoria Jurídica do PT

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/tse-multa-parlamentares-bolsonaristas-por-mentira-contra-lula/

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Tópicos atuais da Geopolítica

 

 Por Jacinto Pereira


O chamado Ocidente, está apoiando um ditador sem mandato no comando da Ucrânia. O que Zelensky faz mesmo é mandar para a morte, soldados despreparados que são obrigados a participarem de combates numa guerra contra a Federação Russa, de onde jamais sairão vencedores.
Veja no link :  https://noticiabrasil.net.br/20240526/fora-da-validade-por-que-zelensky-nao-e-o-lider-legitimo-da-ucrania-34801682.html
 
Com o apoio dos EUA Israel já é recordista em mortes de profissionais da imprensa. Agora, com as mortes de civis indefesos em Gaza, parece que quer um holocausto para chamar de seu. Pois as pessoas que foram mortas ontem, foram para aquele local porque o governo judeu genocida, os mandou para lá dizendo que lá estavam seguros. 
Veja no link:  https://www.brasil247.com/mundo/gaza-e-o-inferno-na-terra-diz-agencia-da-onu-para-refugiados-palestinos-apos-bombardeio-de-israel

Javier Milei, presidente da Argentina, foi eleito com mais de 55% dos votos e está governando de forma a agradar os EUA e o neoliberalismo. Está sendo o pior presidente daquele país que já foi o mais desenvolvido da América do Sul. Hoje, com sua política de trabalhar contra o Povo, já transformou em pobres mais de 55% da população.
 
Veja matéria no link: https://www.infomoney.com.br/economia/pobreza-na-argentina-cresce-e-atinge-574-da-populacao-na-maxima-em-20-anos/

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Lideranças petistas destacam o compromisso de nosso presidente com os municípios brasileiros

 

Petistas destacam compromissos do Governo Lula com os municípios

 

Presidente Lula participou da Marcha dos Municípios nesta terça-feira (21). Foto: Ricardo Stuckert

Deputado Merlong Solano. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Presidente Lula comparece à Marcha dos Prefeitos e anuncia medidas que beneficiam cidades

A 25ª Marcha dos Municípios que acontece em Brasília nesta semana repercutiu no plenário da Câmara nesta terça-feira (21/5). Parlamentares da Bancada do PT destacaram as ações anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para aliviar o aperto fiscal das prefeituras do País. “O nosso presidente Lula compareceu à Marcha para, mais uma vez, manifestar, de maneira clara e inequívoca, o seu compromisso com os municípios do Brasil, o seu compromisso com o federalismo, anunciando ações concretas que vêm em socorro das prefeituras, melhorando a sua capacidade de prestação de serviços e de investimentos para a sua população”, destacou o deputado Merlong Solano (PT-PI).

Dentre as medidas, Merlong citou que no caso da Previdência Social, haverá uma redução da contribuição previdenciária de 20% para 8% ao longo deste ano de 2024, “para que nós tenhamos tempo de encontrar um meio termo entre o que os municípios precisam e aquilo que a Previdência Social brasileira necessita”.

O deputado citou também a abertura de um novo prazo de renegociação da dívida dos municípios com a Previdência Social; um decreto para facilitar a transferência de recursos de até R$ 1,5 milhão, que, hoje, estão submetidos às mesmas exigências de grandes convênios, que, às vezes, totalizam R$ 20 milhões, R$ 30 milhões, R$ 40 milhões, R$ 50 milhões. “E o repasse de R$ 4,3 bilhões aos municípios, para investirem na área da saúde bucal, que dá condições aos municípios de contratarem equipes multiprofissionais na área de saúde bucal”, ressaltou.

Securitização de dívidas

Merlong comemorou ainda o apoio do presidente Lula ao PL 459/2017, que também interessa aos estados, que está tramitando na Casa, que trata da securitização das dívidas, “ou seja, dos créditos que municípios e estados brasileiros têm a receber em suas procuradorias gerais”, explicou.

Na avaliação do deputado, estas são medidas concretas. “São demonstrações cabais do compromisso do nosso governo, do compromisso do nosso presidente Lula com o federalismo brasileiro. Não se trata de mais Brasília; pelo contrário, menos Brasília, mais Brasil, mais federalismo brasileiro. Este é um bom caminho para o Brasil”, afirmou.

Deputado Pedro Uczai. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

1% a mais no FPM

O deputado Pedro Uczai (PT-SC) fez um apelo para que o Parlamento ofereça aos prefeitos e prefeitas do País a aprovação da emenda constitucional que permite 1% a mais do Fundo de Participação dos Municípios para o mês de março. “Espero que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) dê esse presente para o municipalismo brasileiro na Marcha dos Prefeitos e Prefeitas esta semana aqui em Brasília”, pediu.

Ele relembrou que o presidente Lula, em 2009, concedeu 1% a mais do FPM, no mês de dezembro, para os prefeitos concluírem bem o seu ano. “Depois, em 2014, tive a honra de coordenar, junto da Comissão Especial, 1% a mais do FPM para o mês de julho, na época da presidenta Dilma. Nos últimos 3 anos, 4 anos, participei da comissão especial, inclusive parte da minha emenda constitucional foi acolhida, para conceder 1% a mais no mês de setembro. E propus essa emenda constitucional, que está tramitando na CCJ, de 1% a mais do FPM para os municípios brasileiros para o mês de março”, explicou.

Deputado Nilto Tatto. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Políticas ambientais

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) ao saudar a Marcha dos Prefeitos, destacou a importância do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), ter participado da abertura do evento e afirmado que “todos estão tirando lições, para evitar que situações desoladoras como as vivenciadas pelo povo gaúcho sejam vistas em outras localidades”. Para Tatto, essa declaração é importante para fazer também nas prefeituras aquele gesto e aquela rotina que hoje há no Governo Lula, “onde a centralidade das decisões das políticas públicas está no enfrentamento da desigualdade e no enfrentamento da crise climática”.

Nilto Tatto destacou que mais de 80% dos municípios não têm o sistema de meio ambiente instalado nas prefeituras, “o que é tão necessário para poder levar adiante a implementação de políticas para mitigação dos efeitos da crise climática, como também para adaptação para o tipo de catástrofe, como esta que nós estamos assistindo com dramaticidade lá no Rio Grande do Sul”.

PEC do Clima

O deputado defendeu ainda que a Câmara avance em outras políticas públicas, em outros projetos. Ele informou que chegou agora, “de volta a esta Casa, o projeto de lei de adaptação climática, que vai dar ao País o norte, do ponto de vista federal, aos estados e municípios”.

“Também temos o projeto de cidades resilientes, a PEC do Clima, o projeto de autoria de vários parlamentares, com incentivos para recuperar a mata ciliar, para enfrentar o assoreamento dos rios. Então, é esta agenda que precisamos debater nesta Casa. Não adianta todo mundo de repente vir aqui fazer um discurso preocupado com o meio ambiente, e, na prática, aqui nesta Casa têm sido votados projetos que vão aguçar ainda mais os efeitos dos eventos climáticos”, advertiu.

A deputada Ivoneide Caetano (PT-BA) e o deputado Helder Salomão (PT-ES) também saudaram a Marcha dos Prefeitos e destacaram que Lula foi o presidente que mais apoiou os municípios ao longo das últimas décadas. “É um governo que apoia decisivamente os municípios”, frisou Salomão”.

Leia mais :

Lula: “Não é possível o país ser rico se a cidade é pobre”

Vânia Rodrigues

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/petistas-destacam-compromissos-do-governo-lula-com-os-municipios/

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Apesar dos extremistas do RS trabalharem contra, o Governo Lula continua fazendo o que pode pelo Povo Gaúcho necessitado

Fonte: https://brasilparticipativo.presidencia.gov.br/processes/unidospelors

 

Ações do Governo Federal em Números

Atualizado em 21/05/2024 às 8:27h

R$60,7 bi

investimento total

43,1 mil

profissionais mobilizados

8,1 mil

equipamentos

11

hospitais de campanha

1 mil

toneladas de alimentos entregues ou em trânsito

3,4 mil

toneladas de doações transportadas pelos Correios

392 mil

total de clientes com energia reestabelecida

Suspensão da dívida do Estado pelo Governo Federal por 3 anos

R$ 27 bi

recursos total

R$ 11 bi

suspensão de pagamento

R$ 12 bi

juros e correção

Boletins Informativos

Informações atualizadas sobre as ações do Governo Federal para operação de socorro e assistência às famílias e aos municípios impactados pelas chuvas no Rio Grande do Sul

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