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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

LIRA TENTOU ATROPELAR O STF & SE LASCAR!

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Sputnik Brasil: Resolução russa contra nazismo é aprovada na ONU por 119 países, incluindo Brasil

 


A Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução proposta pela Rússia contra a glorificação do nazismo e outras práticas que contribuem para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância. O documento foi apoiado por 119 países, inclusive o Brasil, enquanto 53 votaram contra.
Vale ressaltar que os Estados Unidos, a Alemanha, o Canadá, a Itália, o Japão, a Itália e a Ucrânia integraram o grupo de 53 países que votaram contra a resolução apresentada pela Rússia, informa o correspondente da Sputnik.
Países como a Argentina, a Armênia, o Brasil, o Egito, a Índia, o Iraque, Israel, o Cazaquistão, o Mali, o México, a Mongólia, o Níger, o Paquistão, o Catar, a Arábia Saudita, a Sérvia, o Sudão, o Tajiquistão, o Uzbequistão, os Emirados Árabes Unidos, o Vietnã e outros apoiaram a proposta de resolução.
O Kiribati, Mianmar, o Panamá, a Suíça e a Turquia e mais cinco países abstiveram-se.
Portanto, a Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução com a maioria dos votos. O documento foi aprovado por 119 países, com 53 votos contra e 10 abstenções.
"Os resultados da votação demonstraram claramente o apoio inabalável e o compromisso da comunidade internacional com a erradicação destes fenômenos", disse a representante permanente adjunta da Rússia na ONU, Maria Zabolotskaya.

A resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU "recomenda que as nações tomem medidas concretas inclusive nas esferas legislativa e educacional, conforme as suas obrigações internacionais no contexto dos direitos humanos, com o objetivo de impedir a revisão da história e do resultado da Segunda Guerra Mundial".

Capital da Síria, Damasco, em dezembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.12.2024
Panorama internacional
ONU: Síria tem mais de 1 milhão de pessoas deslocadas desde início de hostilidades em novembro
Ao mesmo tempo, a Assembleia Geral incluiu na resolução russa uma emenda proposta por países ocidentais, alegando que a Rússia havia supostamente tentado justificar a necessidade de conduzir a operação russa na Ucrânia com o combate ao neonazismo. A Rússia se distanciou da emenda.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20241218/resolucao-russa-contra-nazismo-e-aprovada-na-onu-por-119-paises-incluindo-brasil-37776895.html

PT na Câmara: Após alta hospitalar, Lula diz que está tranquilo e inteiro para cuidar do Brasil


Foto: Ricardo Stuckert

Com chapéu na cabeça e acenos ao público e à imprensa que o aguardavam do lado de fora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou às 12h22 deste domingo (15) o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, onde estava internado desde a última terça-feira (10). Do hospital, Lula seguiu para a sua residência localizada no Alto de Pinheiros, em São Paulo, onde deverá permanecer até pelo menos a próxima quinta-feira  (19) para recuperação.

Lula recebeu alta hospitalar pela manhã, conforme anunciou o cardiologista Roberto Kalil, durante entrevista coletiva à imprensa no Sírio-Libanês. O médico afirmou que o presidente se recupera bem do procedimento para bloquear o fluxo de sangue no cérebro e evitar futuros sangramentos. Para surpresa dos jornalistas, Lula surgiu no meio da entrevista, agradeceu o “carinho” com que foi tratado pela equipe médica e disse que está pronto “para cuidar do Brasil”.

“A gente vai receber alta hospitalar, vamos acompanhar. Isso aqui não é uma entrevista, isso aqui é apenas uma sessão de agradecimento”, disse Lula, que estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva. Ele abraçou os médicos, posou para fotos e agradeceu a Deus e a toda a equipe médica que o acompanhou no hospital.  “Deus foi muito generoso ao cuidar de mim quando eu caí no tombo no banheiro”, disse Lula, referindo-se ao acidente doméstico que sofreu no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro.  Em razão desse acidente, o presidente foi submetido às pressas, no último dia 10, a uma cirurgia de trepanação, após sentir dores na cabeça.

“Agradecimento, primeiro, a Deus. Ele tomou conta de mim de forma muito generosa. Cuidou de mim quando eu tive o câncer, que eu tratei aqui nesse hospital, em 2012. Cuidou de mim quando fiquei sobrevoando o aeroporto da cidade do México durante horas para poder ter tempo de drenar e esvaziar o tanque do avião”.

Ele disse estar voltando com toda a disposição. ““Então, eu quero que vocês saibam, estou voltando com muita tranquilidade, tenho muito trabalho para fazer, eu tenho um compromisso com esse país, eu tenho um compromisso com o povo brasileiro, e eu quero deixar a Presidência da República do mesmo jeito que eu deixei em 2010, de cabeça erguida, consciente de que esse país será muito melhor do que em 2010”, afirmou Lula.

Sobre os “trabalhos extraordinários” da equipe médica que o tratou, Lula comentou:  “Eu posso dizer para vocês que, na verdade, eles me trataram como se eu fosse não um paciente, mas me trataram como se fosse um irmão. Eu fui tratado com muito carinho, apesar das dores que eu estou sentindo na minha cabeça. Eu pus um chapéu para vocês não verem o curativo que o Dr. Marco acabou de fazer agora. Eu não quero que vocês vejam, porque eu sou um cara teoricamente bonito, mas, na prática , a minha cabeça está me deixando um pouco feio”, brincou.

“Sou muito disciplinado”

O presidente disse que é disciplinado e vai seguir à risca as orientações médicas, que incluem a proibição de voos internacionais, os exercícios físicos e as agendas de trabalho extenuantes, até que haja segurança para que essas atividades sejam retomadas.

“Eu sou muito disciplinado. Eu nunca penso que vou morrer, mas eu preciso me cuidar. E a disciplina, eu sei me cuidar muito bem. Então é isso que aconteceu comigo. Eu só fui tomar ciência da gravidade do que aconteceu comigo depois da cirurgia, na terça-feira à noite”, disse ele.

“Eu só fui ter noção da gravidade já depois da cirurgia pronta, depois da cabeça estar nova, doendo ainda, porque o trabalho ortopédico para mexer na cabeça também não é fácil. Mas eu estou tranquilo, me sinto bem. Vocês sabem que eu reivindico o direito de viver até 120 anos, porque quem vai viver 120 anos já nasceu, e eu acho que tenho o direito de reivindicar que seja eu”, disse Lula.

Compromisso com o Brasil

“Então eu tenho muita expectativa e, sinceramente, eu sou um cara muito disciplinado para fazer as coisas, eu tenho um compromisso muito grande com esse país. Eu, quando voltei a ser presidente, eu disse para vocês que a minha maior vontade era trazer o Brasil de volta à normalidade, à normalidade democrática, fazer voltar a funcionar o respeito entre as pessoas, fazer voltar o respeito entre as instituições, cada um cumprindo com seu papel, cada macaco no seu galho”, afirmou.

“Tudo será resolvido nesse país, e eu voltei para dizer que nós vamos fazer um grande governo. Nós plantamos até agora, recuperando o Brasil. Recuperamos tudo o que tinha que recuperar, vocês sabem a quantidade de coisas que foram desmontadas nesse país, porque , na verdade, o Brasil não teve um governo de 2019 a 2022, o Brasil teve uma praga de gafanhoto que destruiu os valores nesse país, o respeito à democracia, o respeito às instituições, o respeito à governabilidade desse país”, disse.

Lula reafirmou o compromisso de “entregar esse Brasil mais alegre, esse Brasil sem fome, esse Brasil com mais emprego, esse Brasil com mais respeito, esse Brasil sem fake news, esse Brasil sem mentira. E quem quiser pregar o ódio e a mentira que procure outro planeta para viver”.

Punição severa para golpistas

Lula comentou a prisão do general da reserva Braga Netto, realizada pela Polícia Federal no sábado (14) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base no inquérito sobre tantiva de golpe de Estado no final de 2022.  Além de Braga Netto, foram indiciados Jair Bolsonaro e mais 38 golpistas, sendo os últimos três na quarta-feira (11).

“O que aconteceu nesta semana com a decretação da prisão do general Braga, eu vou demonstrar para vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático: eu acho que ele tem todo
direito à presunção da inocência. O que eu não tive, eu quero que eles tenham”.

“Todo direito e todo respeito para que a lei seja cumprida, mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente. Esse país tem gente que fez 10% do que
eles fizeram e foram mortos na cadeia”, completou o  presidente.  Lula ainda defendeu o respeito à democracia e à Constituição Federal. “Não é possível a gente aceitar o desrespeito à
democracia à Constituição e admitir que, em um país generoso como o Brasil tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente, de seu vice, e de um juiz
que era um presidente da Suprema Corte Eleitoral”.

Atualizações do chefe da equipe médica

O chefe da equipe médica, Roberto Kalil, atualizou o quadro de saúde de Lula. “Desde que o presidente se internou, passou pelo procedimento cirúrgico, que foi bem sucedido, como já foi amplamente divulgado, dois dias depois ele foi submetido a uma embolização pelo doutor José Guilherme, e o presidente se encontra bem estável, caminhante, vocês já devem ter visto as imagens, mas está caminhando, se alimentando, falando normalmente. Nós vamos fazer algumas perguntas, mas ele teve um pós-operatório muito bom, dentro do que se esperava”, afirmou.

“Após a alta hospitalar, o presidente deverá ficar alguns dias em São Paulo. E quando ele for para Brasília, como já foi falado, a cognição, a memória é perfeita, não teve nenhum problema. Ele pode continuar com as atividades, só Haverá restrição, evidentemente, por coerência, da quantidade de atividades próximas 15 dias, principalmente, serão de um pouco mais cuidados”, disse.

“A atividade física é completamente proibida, o máximo que o presidente pode fazer é passear. O resto ele pode fazer reuniões, mas dentro de uma coerência, dentro de um protocolo, de um paciente que sofreu, obviamente, uma hemorragia, que foi operado , como você já sabe. Coerência Mas ele pode retornar às atividades normais do ponto de vista de reuniões, as atividades que o cargo dele”, acrescentou Kalil.

O médico disse ainda que o presidente passará por nova avaliação nesta semana. “Ele está em São Paulo, na residência dele aqui. De novo, ele não tem restrição do ponto de vista dele falar, conversar, e até despachar da casa dele, mas é em São Paulo. Na quinta-feira ele vai ser reavaliado com a tomografia, e, se tudo estiver bem, ele poderá ir para Brasília”, explicou.

Kalil informou que “as viagens internacionais estão proibidas até a segunda ordem, obviamente, mas voos curtos não há problema nenhum” e que “todos os resultados foram positivos, os exames mostram melhora, inclusive a gente fez tomografia hoje, exames hoje, os exames Mas, claro que é uma evolução lenta, como qualquer cirurgia desse porte”.

 

Redação PT na Câmara, com PT Nacional e Agência Brasil

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/apos-alta-hospitalar-lula-diz-que-esta-tranquilo-e-inteiro-para-cuidar-do-brasil/

 

sábado, 14 de dezembro de 2024

DCM: Braga Netto é o primeiro general de quatro estrelas preso na história do Brasil

Atualizado em 14 de dezembro de 2024 às 8:59
Walter Braga Netto. Foto: Divulgação

O general da reserva Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal neste sábado (14), tornando-se o primeiro general de quatro estrelas do Exército detido na história do Brasil. A prisão ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, como parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula em 2022.

Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro, foi conduzido ao Comando Militar do Leste, onde permanecerá sob custódia do Exército. A prisão preventiva foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou haver indícios de que o militar estaria atrapalhando a produção de provas no processo.

O general, que concorreu como vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi citado no relatório final da Polícia Federal como um dos principais articuladores de um plano golpista. Segundo as investigações, ele participou de uma reunião em sua residência no dia 12 de novembro de 2022, onde, junto a outros militares das forças especiais, foram discutidas ações para impedir a posse do governo eleito e atacar integrantes do Poder Judiciário.

Braga Netto e Bolsonaro. Foto: Divulgação

Entre os planos discutidos estavam supostos atentados contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e os eleitos Lula e Geraldo Alckmin. As ações foram detalhadas em um documento denominado “Punhal Verde e Amarelo”.

Além da prisão de Braga Netto, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão e impôs uma medida cautelar diversa da prisão contra o coronel Flávio Peregrino, ex-assessor do general. Segundo a PF, essas ações têm como objetivo prevenir a continuidade de atividades ilícitas.

A prisão de Braga Netto e a investigação de outros três generais de quatro estrelas – Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira – marcam um momento inédito e delicado para o Alto Comando do Exército.

Os generais de quatro estrelas representam o mais alto nível na hierarquia militar das Forças Armadas brasileiras. Equivalentes aos marechais em algumas outras nações, têm um soldo básico de R$ 13.471,00. Este valor pode ser substancialmente aumentado através de adicionais e gratificações específicas ao cargo.

Estrutura salarial de um general de Exército:

  • Soldo básico: R$ 13.471,00
  • Adicional Militar: R$ 3.771,00
  • Adicional de Habilitação: R$ 5.657,00
  • Compensação por Disponibilidade: R$ 5.523,00
  • Adicional de Permanência: R$ 3.143,00
  • Gratificação de Representação: R$ 1.347,00
  • Outros adicionais: R$ 1.522,00

Total de remuneração bruta média: R$ 34.436,00

É muito dinheiro para mamateiro.

Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Fonte:  https://www.diariodocentrodomundo.com.br/braga-netto-e-o-primeiro-general-de-quatro-estrelas-preso-na-historia-do-brasil/

URGENTE: PF prende o general Braga Netto por obstrução judicial

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Brasil 247: A queda de Assad amplia a volatilidade política do Oriente Médio e poderá produzir um banho de sangue na região

 

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Marcelo Zero

É sociólogo, especialista em Relações Internacionais e assessor da liderança do PT no Senado

408 arti

Sem dúvida, com a queda de Assad e o avanço constante de Israel, a coisa tende a piorar. E muito

Mulheres tiram fotos de uma imagem danificada do presidente sírio Bashar al-Assad Mulheres tiram fotos de uma imagem danificada do presidente sírio Bashar al-Assad (Foto: Reuters/Orhan Qereman)

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Como sempre, a mídia ocidental comemora, como se grande avanço fosse, a queda de mais uma “ditadura” do Oriente Médio. A de Assad, na Síria.

Foi assim no Iraque, no Afeganistão, na Líbia etc. Obviamente, “ditaduras” que não eram alinhadas aos interesses dos EUA e do Ocidente. Em todos esses casos, centenas de milhares de pessoas morreram e os países foram destruídos. Tudo, é claro, em nome da democracia e dos direitos humanos.

Já as ditaduras aliadas da região, como a da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Kuwait etc. continuam protegidas e prestigiadas. Isso também vale, é claro, para o governo genocida de Netanyahu.

Como sempre, as análises sobre o tema na mídia brasileira e ocidental são, em geral, superficiais e baseadas numa visão maniqueísta, moralista, simplória, desinformada e francamente estúpida sobre a dinâmica dos conflitos do Oriente Médio.

Alguns, como Biden, até consideram que a queda de Assad representa uma “oportunidade histórica” de reconstrução para o povo sírio e para toda a região.

ssa é a piada geopolítica do ano. 

Embora não se possa negar que o regime de Assad foi brutal, especialmente a partir de 2011, com a cruenta guerra civil, considerar que a substituição de Assad pelo Hay’at Tahrir Al-Sham (HTS)-um grupo terrorista assim considerado, com razão, pelo Conselho de Segurança da Nações Unidas- possa ser um “avanço” rumo à estabilidade e a democracia só sai da cabeça de completos beócios. 

Obviamente, a questão é bem mais complexa e delicada.Não por acaso, o ataque à Síria começou logo após o cessar-fogo no Líbano.

O líder do HTS, Al-Joulani, muito provavelmente não queria dar a impressão de que o ataque recebeu sinal verde do governo de Israel.

Sejamos realistas. O ataque do grupo terrorista salafista não deve ter se dado apenas em razão da “janela de oportunidade” criada pelo enfraquecimento Hezbollah e do Irã, apoiadores do regime de Assad.

É pouco provável que Al-Joulani tenha feito um movimento tão ousado sem alguma segurança de que não seria dizimado por Israel e pelos EUA. Ademais, o governo de Israel já havia bombardeado todas as bases do governo Assad. A ofensiva contra Assad era só uma questão de tempo. Sabia-se que a Rússia, empenhada na Ucrânia, não reagiria. Sabia-se também que o Irã, muito enfraquecido econômica e militarmente, não conseguiria opor resistência.

Não seria a primeira vez que o governo de Israel e o Deep State dos EUA dão apoio tático e provisório, em operações ocultas, a grupos terroristas sunitas, com objetivos geopolíticos mais amplos. 

Isso aconteceu antes no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na própria Síria. A Al-Qaeda e o Talibã surgiram, em última instância, como resultado do apoio aos mujaheedin afegãos, apoiados também pela Arábia Saudita. O ISIS lucrou, durante algum tempo, com as ações desestabilizadoras dos EUA na região. 

É preciso considerar que, tanto para o governo de Netanyahu quanto para o Deep State estadunidense, o grande rival estratégico da região é o Irã, no que são apoiados pelas ditaduras sunitas do Oriente Médio.

A queda de Assad, aliado do Irã e da Rússia numa região tão volátil e sensível, representa, em um cálculo geopolítico de longo prazo, mais vantagens do que riscos. 

Para o governo Netanyahu, em particular, a queda de Assad ajuda a pavimentar o projeto do “Grande Israel”, que se estenderia até o Sul da Síria. A Turquia, por sua vez, deverá avançar sobre território curdo da Síria, lucrando também com a queda de Assad.

Considere-se que o cenário mais provável para a Síria, agora, é semelhante ao da Líbia: um país dividido, fraco, falido e dominado por diferentes grupos armados, sem um governo central crível.

Um “país” desse tipo é mais facilmente manipulável e controlável. Não representa ameaça concreta de envergadura. 

Os riscos concretos, no entanto, são para o próprio povo sírio. 

A Síria é um país diverso, dividido entre alauítas, xiitas propriamente ditos, sunitas, drusos, curdos etc. Muito embora o regime de Assad tenha sido uma ditadura, ele era plural, em termos religiosos. A Síria era laica e a última representante do nacionalismo panárabe.

Achar que o HTS, um grupo derivado do ISIS, será plural e tolerante, principalmente em termos religiosos, parece-nos um erro crasso de avaliação.

Embora em Idlib o HTS não tenha sido particularmente brutal e intolerante, sua conquista de Damasco e a queda de Assad deverão cambiar sua atitude falsamente ponderada.

A euforia que se vê agora na Síria, principalmente por parte da população sunita, deverá ser substituída, em período breve, pela retomada da guerra civil, dessa vez de forma até mais cruenta. Não se pode descartar também massacres de alauítas e xiitas no território agora dominado pelo HTS. Em Aleppo, já houve execuções.

Como escreveu o jornalista Craig Murray, no artigo intitulado “The End of Pluralism in the Middle East”, quando toda a mídia corporativa e estatal no Ocidente divulga uma narrativa unificada de que os sírios estão muito felizes por serem libertados pelo HTS da tirania do regime de Assad — e não diz absolutamente nada sobre a tortura e execução de xiitas, e a destruição de decorações e ícones de Natal — deveria ser óbvio para todos de onde isso vem.

Além disso, a queda de Assad rompe definitivamente com o delicado equilíbrio tenso entre sunitas e xiitas, em todo o Oriente Médio.

O Iraque, um país dividido entre xiitas e sunitas, já está concentrando suas tropas na fronteira. A guerra poderá voltar para lá. Da mesma forma, poderá voltar para o Líbano. Lembre-se que o HTS se propõe-se a liberar todo o Levante, isto é, Síria, Líbano, Israel, Palestina, Jordânia e o Iraque.

Uma coisa parece certa. A “bola da vez” é o Irã.

Mesmo tendo atualmente um líder moderado, Masoud Pezeshkian, que quer negociações diplomáticas e o levantamento das sanções, o Irã é visto pelo pessoal que rodeia Trump e por Netanyahu, como a fonte de todos os problemas do Oriente Médio.

Por conseguinte, o agravamento das sanções e uma intervenção militar no Irã, com pesados bombardeios e, talvez, com limitadas invasões terrestres, não poderiam ser descartados. 

Sem dúvida, com a queda de Assad e o avanço constante de Israel, a coisa tende a piorar. E muito.

A única “oportunidade” que se abre é para mais violência e conflito.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do http://blogdafolha.blogspot.com/

Fonte:  https://www.brasil247.com/blog/a-queda-de-assad-amplia-a-volatilidade-politica-do-oriente-medio-e-podera-produzir-um-banho-de-sangue-na-regiao

Sputnik Brasil: Confira indicadores econômicos dos países-membros do G20


O G20 é o principal fórum político de alto nível onde as maiores economias do mundo desenvolvem abordagens comuns para desafios globais na área financeira e econômica. Seus membros representam 85% do PIB global, mais de 75% do comércio internacional e cerca de dois terços da população mundial.
O G20 não tem um líder formal nem uma secretaria permanente, o país que preside é responsável pelo trabalho organizacional e pela agenda. Em 2024, o Brasil exerceu a presidência anual, e em 2025 ela passará para a África do Sul.
A Cúpula do G20 de 2024 será realizada no Rio de Janeiro de 18 a 19 de novembro. Os líderes começarão o primeiro dia do evento discutindo o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que implica a contribuição dos países-membros e organizações internacionais para acelerar a luta contra esses fenômenos sociais até 2030. Além disso, a tecnologia verde e a transição energética farão parte integrante da pauta.
No dia da abertura da cúpula no RJ, veja no infográfico da Sputnik todos os membros do Grupo dos 20.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Carro do Exército circulou junto a veículo de grupo que planejava matar ...

Veja o que eu defendo e o que sou contra

  Jacinto Pereira

Eu defendo o fim das guerras.

Eu defendo a multipolaridade.

Eu defendo o fortalecimento dos BRICS. 

Eu defendo o fim da dependência de uma moeda única como o dólar americano.

Eu defendo a integração econômica, financeira, social, segurança e defesa na América do Sul.

Também defendo: A Democracia, a igualdade de direitos e oportunidades, dignidade social.

Sou contra imunidade parlamentar, a impunidade do Judiciário e a anistia para criminosos. 


sábado, 30 de novembro de 2024

Jornal do Brasil: Desemprego é o menor da série histórica desde 2012; número de empregados do setor privado aumentou 5% no trimestre


Por ECONOMIA JB
redacao@jb.com.br

Publicado em 29/11/2024 às 09:06

Alterado em 29/11/2024 às 09:18

O número de empregados no setor privado (53,4 milhões) foi recorde, com altas de 1,9% (mais 995 mil pessoas) no trimestre e de 5,0% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano Foto: Miguel Ângelo/CNI

A taxa de desocupação (6,2%) no trimestre encerrado em setembro de 2024 recuou 0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de maio a julho de 2024 (6,8%) e caiu 1,4 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,6%). Esta foi a menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

A população desocupada (6,8 milhões) recuou nas duas comparações: -8,0% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e -17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

A população ocupada (103,6 milhões) foi novo recorde da série histórica, crescendo em ambas as comparações: 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 58,7%, recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,8 p.p. no trimestre (57,9%) e 1,5 p.p. (57,2%) no ano.

A taxa composta de subutilização (15,4%) recuou nas duas comparações: -0,8 p.p. no trimestre e -2,1 p.p. no ano. Foi a menor taxa para um trimestre encerrado em outubro desde 2014 (14,8%). A população subutilizada (17,8 milhões) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015 (17,7 milhões), recuando nas duas comparações: -4,6% (menos 862 mil) no trimestre e -10,8% (menos 2,2 milhões) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas (5,1 milhões) não teve variação significativa no trimestre e caiu 5,8% (menos 314 mil pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (66,1 milhões) recuou 0,9% (-623 mil pessoas) no trimestre e 0,8% (menos 523 mil pessoas) no ano.

A população desalentada (3,0 milhões) foi a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), recuando nas duas comparações: -5,5% (menos 176 mil pessoas) no trimestre e -11,7% (menos 403 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,7%) recuou 0,2 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. no ano.

O número de empregados no setor privado (53,4 milhões) foi recorde, com altas de 1,9% (mais 995 mil pessoas) no trimestre e de 5,0% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) também foi recorde: 39,0 milhões. Houve alta de 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (14,4 milhões) também foi recorde, com altas de 3,7% (mais 517 mil pessoas) no trimestre e de 8,4% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.

O número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 5,8% (699 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,7 milhões) ficou estável nas duas comparações. Já o número de trabalhadores domésticos (6,0 milhões) cresceu 2,3% (mais 134 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % (ou 39,4 milhões) no trimestre encerrado em julho e 39,1 % (ou 39,2 milhões) no mesmo trimestre de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.255) ficou estável no trimestre cresceu 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de agosto a outubro de 2024, chegou a 110,4 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,9% (mais 989 mil pessoas) frente ao trimestre de abril a junho de 2024 e 1,8% (mais 2,0 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.

A análise da ocupação por grupamentos de atividade ante o trimestre de maio a julho de 2024 mostrou aumento em três grupamentos: Indústria Geral (2,9%, ou mais 381 mil pessoas), Construção (2,4%, ou mais 183 mil pessoas) e Outros serviços (3,4%, ou mais 187 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023, sete grupamentos cresceram: Indústria (5,0%, ou mais 629 mil pessoas), Construção (5,1%, ou mais 373 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3%, ou mais 623 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (5,7%, ou mais 316 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,5%, ou mais 563 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou mais 802 mil pessoas) e Outros serviços (7,2%, ou mais 382 mil pessoas). Houve redução em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,3%, ou menos 446 mil pessoas) e estabilidade em dois grupos: Serviços domésticos e Alojamento e alimentação.

O rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo os grupamentos de atividade, ante o trimestre de maio a julho de 2024, cresceu em duas categorias: Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais R$ 146) e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2%, ou mais R$ 188). Os demais grupamentos não mostraram variações significativas.

Frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023, houve aumento em três categorias: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,0%, ou mais R$ 102) Transporte, armazenagem e correio (6,6%, ou mais R$ 195) e Serviços domésticos (3,3%, ou mais R$ 38). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

A análise do rendimento médio mensal real por posições de ocupação em relação ao trimestre móvel de maio a julho de 2024 mostrou aumento na categoria de Empregado com carteira de trabalho assinada (1,5%, ou mais R$ 46) e estabilidade nas demais categorias.

Frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023, houve aumento em cinco categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,9%, ou mais R$ 86), Empregado sem carteira de trabalho assinada (7,8%, ou mais R$ 163), Trabalhador doméstico (3,3%, ou mais R$ 38), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (3,0%, ou mais R$ 141) e Conta-própria (5,4%, ou mais R$ 136). (com Agência IBGE)

Fonte:  https://www.jb.com.br/economia/2024/11/1053158-desemprego-e-o-menor-da-serie-historica-desde-2012-numero-de-empregados-do-setor-privado-aumentou-5-no-trimestre.html

Jornal do Brasil: Presidente Lula lança Programa Periferia Viva para promover urbanização de favelas


Políticas e acordos serão celebrados para permitir acréscimo de investimentos nas periferias

Por POLÍTICA JB
redacao@jb.com.br

Publicado em 28/11/2024 às 15:18

Alterado em 28/11/2024 às 20:50

Cerimônia no Planalto reuniu ministros e lideranças comunitárias Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na tarde desta quinta-feira, 28 de novembro, do lançamento do programa Periferia Viva. O evento será realizado no Palácio do Planalto, em Brasília. Ao longo da cerimônia, o presidente Lula vai assinar decreto que cria o programa federal.

O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades. São mais de 30 políticas pactuadas entre ministérios, com a visão de um acréscimo de investimentos nas periferias.

Será assinado, ainda, um convênio com a Unops (organismo da ONU especializado em gestão de projetos), Ministério das Cidades (MCid) e Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) para financiar 120 Planos Municipais de Redução de Risco (PMRR). Será a maior contratação do tipo na história do país. A perspectiva é que, até 2026, todos os municípios que tenham favelas — e áreas de risco alto ou muito alto — sejam beneficiados com PMRRs financiados pelo Governo Federal, com investimento de R$ 63 milhões.

Outra medida trata do Projeto CEP para Todos, que envolve um convênio entre MCid e Ministério das Comunicações/Correios e busca assegurar CEP e serviços postais para moradores de favelas do Brasil. A meta é que todas as moradias em favelas tenham CEP até 2026.

Cerca de 19 mil contratos de regularização fundiária e melhorias habitacionais, em oito estados brasileiros, com investimento federal superior a R$ 85 milhões, também serão anunciados durante a agenda.

CONVÊNIO — Já um convênio entre o MCid e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) busca efetivar pesquisas e produção de dados sobre favelas e periferias brasileiras. Contratações de R$ 1,4 bilhão em obras de contenção de encostas e R$ 3,3 bilhões em obras de urbanização de favelas, ambas previstas no Novo PAC, também serão celebradas durante a cerimônia.

Um dos sub-eixos do Novo PAC do Governo Federal, o Periferia Viva - Urbanização de Favelas vai selecionar 59 territórios, em 48 cidades diferentes do país, para retomar investimentos na área, após cerca de 12 anos desde as últimas contratações. Em 2024, o programa de urbanização de favelas inova ao estar integrado à criação do programa Periferia Viva.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA — Serão contratadas 15.097 unidades (regularização fundiária) e mais 4.285 unidades para Melhoria Habitacional, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

FESTIVAL — Paralelamente ao lançamento do programa Periferia Viva no Palácio do Planalto, será realizado ainda o Festival Periferia Viva, às 18h, na Torre de TV, na região central da capital federal. Serão celebradas iniciativas do Governo Federal em relação às periferias do Brasil. Por meio da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), será lançado um pacote de políticas para as periferias brasileiras. Além das medidas, também haverá cerimônia da segunda edição do Prêmio Periferia Viva, premiando 178 iniciativas periféricas.

PRÊMIO — Visando reconhecer e fomentar iniciativas territoriais periféricas que atuam para enfrentar os efeitos da desigualdade social, será promovida a segunda edição do Prêmio Periferia Viva. Em 2024, 178 iniciativas receberão prêmios de R$ 50 mil (150 iniciativas populares), R$ 30 mil (25 assessorias técnicas com atuação territorial) e um prêmio simbólico para 3 entes públicos.  

(com Ascom da Presidência)

Fonte:  https://www.jb.com.br/brasil/politica/2024/11/1053152-presidente-lula-lanca-programa-periferia-viva-para-promover-urbanizacao-de-favelas.html

 

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

WikipédiA: Organização para Cooperação de Xangai (OCX)

Grifo Meu: A OCX é uma organização para segurança com poder bélico superior ao da OTAN, já conta com quatro potências nucleares e vai aumentar para cinco com a entrada da Coreia do Norte.
 
 
Organização para Cooperação de Xangai (OCX)
      Membros       Observadores       Parceiros de diálogo
Tipo Segurança mútua, político, organização económica
Fundação 15 de junho de 2001 (23 anos)
Sede Pequim, China
Membros Cazaquistão
 China
 Índia
Irã Irão
Paquistão
 Quirguistão
 Rússia
Tajiquistão
 Uzbequistão

3 observadores
 Afeganistão
 Bielorrússia
Mongólia Mongólia

9 parceiros de diálogo
Arábia Saudita
 Armênia
 Azerbaijão
Camboja Camboja
 Catar
 Egito
Nepal
Sri Lanka
 Turquia

4 convidados
 ASEAN
 CEI
Turquemenistão
 Nações Unidas

Línguas oficiais Chinês e russo
Secretário-geral Zhang Ming
Secretários-gerais adjuntos Mikhail Alekseyevich Konarovskiy
Anvar Djamaletdinovich Nasyrov
Juyin Hong
Parviz Davlatkhodjayevich Dodov
Sítio oficial www.sectsco.org

 é uma organização política, econômica e militar da Eurásia, que foi fundada em 2001 em Xangai pelos líderes da China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão. Estes países, à exceção de Uzbequistão, tinham sido membros dos Cinco de Xangai, fundada em 1996; após a inclusão do Uzbequistão em 2001, os membros rebatizaram a organização. Em 9 de junho de 2017, a Índia e o Paquistão tornaram-se membros plenos. Em 2023 o Irã fez o mesmo.

Sua finalidade principal é a cooperação para a segurança ‒ em especial, quanto a terrorismo, separatismo e extremismo ‒, embora também trate de temas de cooperação econômica e cultural.

A organização tem sido criticada internacionalmente pelo teor antiocidental de suas posições, já tendo discutido em suas reuniões a formação de uma organização antagônica à OTAN, a substituição do dólar como moeda cambial, a formação de um cartel de gás natural e o incentivo ao armamento nuclear de seus membros.[1]

Origens

O agrupamento "Cinco de Xangai" foi criado em 26 de abril de 1996 com a assinatura do Tratado de Aprofundamento da Confiança Militar nas regiões de fronteira em Xangai pelos chefes de Estado do Cazaquistão, China, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão. Em 24 de Abril de 1997, os mesmos países assinaram o Tratado de Redução das Forças Militares em regiões de fronteira em uma reunião em Moscou. Cimeiras anuais subsequentes do grupo ocorreram em Almati (Cazaquistão), em 1998, em Bisqueque (Quirguistão) em 1999, e em Duxambé (Tajiquistão) em 2000. Na cúpula Duxambé, os membros concordaram em "se opor à intervenção na política interna de outros países sobre os pretextos de "humanitarismo", "proteger os direitos humanos" e "apoiar os esforços um do outro na salvaguarda dos cinco países na independência nacional, soberania, integridade territorial e estabilidade social". Em 2001, a cimeira anual retornou a Xangai. Lá, os cinco países membros admitiram pela primeira vez o Uzbequistão no mecanismo dos Cinco de Xangai (transformando-o assim nos Seis de Xangai). Em seguida, todos os seis chefes de Estado assinaram, em 15 de junho de 2001, a Declaração de Organização de Cooperação de Xangai, elogiando o papel desempenhado até agora pelo mecanismo dos Cinco de Xangai e com o objetivo de transformá-lo em um nível mais elevado de cooperação. Em 16 de julho de 2001, a Rússia e a China, dois países líderes da organização, assinaram o Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável.

Em junho de 2002, os chefes dos estados membros da OCX reuniram-se em São Petersburgo, Rússia. Lá, eles assinaram a Carta OCX, que expôs os propósitos, princípios, estruturas, forma de operação e organização e estabeleceu-o em lema da organização.

Seus seis membros plenos são responsáveis ​​por 60% da massa de terra da Eurásia e sua população é de um quarto do mundo. Com os Estados Observadores incluídos, suas afiliadas respondem por cerca de metade da população do mundo.

Em julho de 2005, na sua quinta cimeira, em Astana, Cazaquistão, com representantes da Índia, Irã, Mongólia e Paquistão, que participaram de uma cúpula da OCX pela primeira vez, o presidente do país anfitrião, Nursultan Nazarbayev, cumprimentou os convidados em palavras que nunca antes tinham sido usadas em qualquer contexto: "os líderes dos estados sentados à esta mesa de negociações são representantes de metade da humanidade". Em 2007, a OCX tinha iniciado mais de vinte projetos de grande escala relacionados ao transporte, energia e telecomunicações, e desde então realiza reuniões regulares de segurança, militar, defesa, negócios estrangeiros, económica, cultural, serviços bancários e outros funcionários de seus Estados membros.

A OCX estabeleceu relações com as Nações Unidas, onde é um observador na Assembleia Geral, a União Europeia, Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), a Comunidade de Estados Independentes e da Organização para a Cooperação Islâmica.

Em 17 de setembro de 2021, o Irã foi aceito como membro permanente da organização.[2]

  

 Selo uzbeque de 2006 mostrando a foto dos presidentes do bloco no encontro da organização realizado em Tashkent, em 2004

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_Coopera%C3%A7%C3%A3o_de_Xangai

5 países que desenvolvem tecnologia hipersônica militar

domingo, 24 de novembro de 2024

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Pepe Escobar: como o Sul Global pode conter a guerra eterna? (22.11.24)

Sputnik Brasil: Genocídio em Gaza expõe barbárie do lobby sionista e da indústria bélica mundial, dizem analistas


Palestinos tentam fugir de hospital atacado pelo Exército de Israel. Cidade de Gaza, 16 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.11.2024

A força do lobby israelense e da indústria bélica no planeta explica a letargia obscena da comunidade internacional para frear o avanço do número de mortos, feridos e deslocados na Faixa de Gaza ao longo de pouco mais de um ano, de acordo com pesquisadores ouvidos pelo Mundioka desta quinta-feira (21).
Nesta edição do podcast internacional da Sputnik Brasil, foi ressaltado que a discrepância entre os fatos e a narrativa do Ocidente evidencia o aumento do comprometimento e da cumplicidade das grandes potências com o genocídio em curso perpetrado por Israel contra o povo palestino.
Doutor em história social pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em estudos árabes e professor da Habib University, no Paquistão, Gabriel Mathias Soares pontuou que o aumento sem precedentes de ajuda norte-americana ao governo do premiê Benjamin Netanyahu, que já atinge quase US$ 20 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) em menos de um ano, mais de meio milhão de toneladas de munições e armamentos, e o envio de sistemas de defesa dos mais avançados provam que os EUA e Israel nunca estiveram tão próximos.
 
"[…] Nunca há qualquer condenação expressa de ações que resultaram comprovadamente na morte de dezenas, centenas de civis, mesmo agora no Líbano. Inclusive no Líbano há uma questão que é, dentro destas várias contradições que podem existir, os Estados Unidos serem um dos financiadores e apoiadores [dos libaneses], treinando também o Exército libanês — porque existe um Exército libanês, apesar das milícias, como o Hezbollah e algumas que hoje em dia são muito pequenas, como as Forças Libanesas, que é um grupo mais cristão de extrema-direita."

O analista comentou que as perdas com a guerra são menores que os ganhos para o governo de Israel, que tem lucrado em setores estratégicos, como o militar, com venda de tecnologias testadas nos ataques.

Inclusive, salientou ele, alianças e cumplicidades de países da região devem-se, em grande parte, às transações comerciais envolvendo tecnologia israelense.
 
"Embora não exista uma inimizade oficial, existe uma relação tensa entre o Azerbaijão e o Irã, e a maior parte do equipamento militar que o Azerbaijão tem, inclusive que foi usado na limpeza étnica contra a população ameríndia de Nagorno-Karabakh ou Artsakh, como eles chamam, foi importada de Israel", disse ele, ao destacar que o Azerbaijão é o principal fornecedor de combustível de Israel.

Esse lobby também permite certa "normalização" das relações com os vizinhos Bahrein e Emirados Árabes Unidos, acrescentou o especialista em estudos árabes:

"Torna a relação com a região muito mais amigável, e com apoio inclusive direto ou indireto, até mesmo em ações militares, como na defesa contra foguetes e mísseis que estão sendo disparados de outros territórios. A confluência de interesses estratégicos amplos entre Israel e países aliados é muito mais forte do que as divergências expressas."
Como a continuidade da guerra é de interesse de Netanyahu, que enfrentava oposição desde o ano passado, sem a interferência externa das grandes potências, o fim do conflito é incerto, ponderou.
Shajar Goldwaser, pesquisador em relações internacionais do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e do coletivo Vozes Judaicas por Libertação, elencou interesses materiais que tornam discursos inflamados e indignados de entidades internacionais e países contra os ataques pura retórica.
"Ou seja, cada bomba que Israel lança em cima de palestinos ou libaneses, nada é de graça. Essa bomba foi fabricada por uma empresa, essa empresa vendeu essa bomba a Israel ou aos Estados Unidos, porque os Estados Unidos estão transferindo armas e dinheiro para Israel para compra de equipamentos ou para o uso desse equipamento", disse ele.

O pesquisador citou também os setores imobiliário e de infraestrutura, com projetos de reconstrução de Gaza a partir de novos hotéis e condomínios privados nos territórios destruídos.

Paralelamente aos interesses materiais, existe ainda o soft power meticulosamente orquestrado pelo Estado sionista desde sua criação, segundo Goldwaser.
 
"Israel é um caso bem-sucedido de lobby, ou seja, o movimento sionista, na sua origem, conseguiu de fato convencer as nações imperialistas a cederem, a contribuírem com a construção do Estado de Israel, tanto que os aliados de Israel sempre foram potências estrangeiras — Estados Unidos e, principalmente na origem, Inglaterra e França", lembrou ele.

O internacionalista frisou que o soft power israelense age primordialmente com a comunidade judaica do mundo, cuja maioria torna-se propagadora da narrativa sionista.

 
"O soft power israelense foi construído pelos judeus que vivem dentro de Israel. Os judeus que vivem fora de Israel são os primeiros convencidos. A grande maioria esmagadora dos judeus ou, principalmente, das instituições judaicas estão alinhadas à política e à narrativa israelenses, sendo as primeiras impactadas pelo soft power", afirmou.

Libaneses usam escavadeiras para remover escombros no local de um ataque israelense perpetrado no sul de Beirute, no Líbano, em 23 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 16.10.2024

Panorama internacional
Qual o limite do lobby israelense nos EUA para impunidade de ataques no Oriente Médio?
"Isso é uma das bases das políticas. Existe em Israel, dentro do Ministério das Relações Exteriores, uma secretaria específica que é chamada de Hasbará. Hasbará, em hebraico, significa explicação. E é basicamente uma agência de políticas públicas […] que tem como objetivos divulgar a narrativa israelense e defender, digamos assim, a imagem de Israel. E um dos principais pilares da Hasbará, dessa defesa de Israel a qualquer custo, é a ideia de que qualquer crítica a Israel é antissemita", explicou.

Logo, argumentou ele, crimes que Israel está cometendo seriam uma ação contra o antissemitismo, com o argumento de que a integridade física das comunidades judaicas está em risco.

Com essa narrativa influente e sustentada pelos parceiros ocidentais, Israel tem "chutado o direito internacional" impunemente, criticou:
"Se você pegar as ações do Estado do Israel — não estou falando do último ano, estou falando desde a sua criação —, Israel violou sistematicamente diversas convenções de direito internacional, direitos humanos; todas as convenções sobre crime de apartheid; as convenções sobre guerra, sobre direito de refugiados… Enfim, diversos crimes."

Segundo ele, Israel vende ao mundo a ideia de que o conflito atual que está travando é uma guerra entre a civilização e a barbárie, ao mesmo tempo que impõe regime de apartheid à população palestina.

 
"E, de fato, as vidas israelenses importam muito mais para o Ocidente do que as vidas palestinas. Os próprios direitos, a própria ideia de que os israelenses teriam direito ao Estado, direito ao território, direito à soberania, ela não se aplica aos palestinos, que não têm esses direitos."

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Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20241121/genocidio-em-gaza-expoe-barbarie-do-lobby-sionista-e-da-industria-belica-mundial-dizem-analistas-37437699.html#

Sputnik Brasil: Domínio ocidental sobre o mundo inteiro fracassou, a era da Eurásia está chegando, diz Orbán

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, durante participação em painel no Fórum de Diplomacia de Antália, na Turquia, em 1º de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.11.2024

A era de 500 anos de domínio da civilização ocidental chegou ao fim, a estratégia de ocidentalização do mundo inteiro fracassou, o centro da economia mundial se deslocou para o Leste e o próximo século será o século da Eurásia, disse o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
Há séculos que o Ocidente se tem acostumado a crer que é "o mais bonito, o mais inteligente, o mais desenvolvido e o mais rico", mas não é fácil reconhecer que isso já não é verdade, segundo Orbán.
 
"Os 500 anos de domínio da civilização ocidental chegaram ao fim. [...] O domínio progressista liberal do mundo ocidental acabou. A ideia de que o mundo inteiro deveria ser organizado de acordo com o modelo ocidental e que as nações selecionadas para isso estariam dispostas a fazê-lo em troca de benefícios econômicos e financeiros fracassou", disse Orbán no Fórum Eurásia em Budapeste.
 
A nova realidade, segundo ele, é que os Estados asiáticos se tornaram mais fortes e provaram que podem crescer, existir e persistir como centros independentes de poder econômico e político.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, fala com a mídia ao chegar para uma cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, 27 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2024
Panorama internacional
Viktor Orbán afirma que, com a entrada de novos membros, BRICS já supera as economias ocidentais
O primeiro-ministro húngaro acredita que o próximo século será o século da Eurásia, pois é o maior continente, abrigando 70% da população mundial e com mais de 70% da economia global.
 
"A Europa é a perdedora das mudanças atuais no mundo. [...] A julgar pela paridade do poder de compra, se a União Europeia fosse parte dos EUA, seria o terceiro estado mais pobre. Isso mostra que a Europa é uma perdedora constante e é a principal perdedora nos processos atuais. Os países europeus não estão mais entre os cinco principais países da economia mundial", relatou ele.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em conferência de imprensa após reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, em 5 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2024

Panorama internacional
Chegada de Trump à Presidência dos EUA deve pôr fim ao isolamento da Hungria, diz Orbán
Atualmente, entre os líderes europeus "não se vê poder intelectual suficiente" para "sair da bolha" e abandonar a ideia de divisão em blocos.
Anteriormente, Orbán disse que a economia mundial, como resultado das políticas suicidas do Ocidente, que incluem sanções, corre o risco de se dividir em blocos ocidental e oriental, e a Hungria não quer pertencer a nenhum deles, embora mantenha laços econômicos estreitos com ambos.
De acordo com ele, a Hungria quer encontrar seu próprio modelo econômico no contexto do declínio da competitividade do Ocidente, composto pelos modelos mais aceitáveis do mundo, sem tomar emprestados diretamente os métodos orientais, mas também sem se prender aos blocos.
 
Fonte:  https://noticiabrasil.net.br/20241121/dominio-ocidental-sobre-o-mundo-inteiro-fracassou-a-era-da-eurasia-esta-chegando-diz-orban-37435407.html