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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Brasil assume a Presidência do G20 nesta sexta-feira

É a primeira vez que o país lidera o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. Site do G20 também será comandado pelo Brasil

Presidente Lula durante instalação da Comissão Nacional do G20, no Palácio do Planalto
Presidente Lula durante instalação da Comissão Nacional do G20, no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Planalto - O Brasil assume nesta sexta-feira, 1º de dezembro, a Presidência temporária do G20, o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. O mandato tem duração de um ano e se encerrará em 30 de novembro de 2024. Será a primeira vez que o país ocupa essa posição na história do grupo no formato atual.

"A gente vai ter uma reunião histórica no país e uma reunião que espero que possa tratar de assuntos que nós precisamos parar de fugir e tentar resolver os problemas. Não é mais humanamente explicável o mundo tão rico, com tanto dinheiro atravessando o Atlântico, e a gente ter tanta gente ainda passando fome”, disse o presidente Lula.

Ao longo do mandato, o Brasil organizará mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, que serão realizadas tanto virtual quanto presencialmente, e cerca de 20 reuniões ministeriais, culminando com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024. No último dia 23 de novembro, durante a reunião de instalação da comissão que organizará os eventos da presidência brasileira, o presidente Lula falou sobre a importância da cúpula.

“Possivelmente esse será o mais importante evento internacional que nós iremos organizar”, disse ele na ocasião. “A gente vai ter uma reunião histórica no país e uma reunião que espero que possa tratar de assuntos que nós precisamos parar de fugir e tentar resolver os problemas. Não é mais humanamente explicável o mundo tão rico, com tanto dinheiro atravessando o Atlântico, e a gente ter tanta gente ainda passando fome”.

O Brasil vai criar duas forças-tarefa no âmbito do G20 para ampliar o combate à desigualdade ao longo da Presidência brasileira: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

EIXOS – Durante a 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado, realizada em setembro em Nova Delhi, na Índia, o presidente Lula lançou os três principais eixos da presidência brasileira do G20: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental); e a reforma da governança global.

“Se quisermos fazer a diferença, temos que colocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional”, afirmou o presidente em seu discurso no encerramento da cúpula. “Todas essas prioridades estão contidas no lema da Presidência brasileira: ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’”.

O desenvolvimento sustentável, que engloba a transição energética e a implementação da economia verde no país, é uma das prioridades brasileiras por representar o principal instrumento de combate às mudanças climáticas. Para o presidente, é um campo em que o Brasil tem tudo para liderar no cenário mundial.

“A transição energética se apresenta para o Brasil como a oportunidade que não tivemos no século 20: de termos a possibilidade de mostrar ao mundo que quem quiser utilizar energia verde para produzir aquilo que é necessário para a humanidade encontrará no Brasil”, disse. “O Brasil é o porto seguro para que as pessoas possam vir, fazer investimentos e fazer com que esse país se transforme em um país definitivamente desenvolvido”.

Por fim, a reforma do sistema de governança internacional, a terceira prioridade brasileira ao longo do ano de mandato, é necessária especialmente para dar aos países em desenvolvimento mais condições de enfrentar a desigualdade, a fome e a mudança climática e buscar um futuro mais justo para suas populações, segundo Lula.

“Queremos maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada. A OMC tem que ser revitalizada e seu sistema de solução de controvérsias precisa voltar a funcionar. Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes”, reforçou.

AÇÕES – A partir desta sexta, o site oficial e as redes sociais do G20 também passarão a ser administradas pelo governo brasileiro. A página será disponibilizada em três idiomas (português, inglês e espanhol) e vai conter, além de informações sobre o grupo e sua história, detalhes sobre os grupos de trabalho, grupos técnicos, forças-tarefa, reuniões e demais iniciativas da Presidência brasileira do G20.

Além disso, no fim da tarde de sexta-feira, uma projeção será feita no Museu da República, em Brasília, com as principais mensagens da Presidência brasileira do G20. Também haverá, entre os dias 4 e 18 de dezembro, uma campanha de mídia nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro) e Juscelino Kubitschek (Brasília), dando as boas-vindas a quem chega ao país.

O G20 – O grupo é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana, que recebeu status de membro na Cúpula de Nova Delhi, em setembro. O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

Não acontece todo dia de termos a chance de pautar os trabalhos do G20. Temos que usar a oportunidade para avançar a nossa visão para um mundo mais integrado, próspero e generoso, que nos permita realizar as nossas aspirações como sociedade", disse Fernando Haddad. 

A atuação do grupo é dividida em duas linhas: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças. A Trilha de Sherpas é comandada por emissários pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maior parte do trabalho. O sherpa indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.

A Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos estratégicos e é comandada pelos ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros. A coordenadora da Trilha de Finanças é a economista e diplomata Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

"Nós estamos propondo que o Brasil lidere uma espécie de reglobalização sustentável, do ponto de vista social e do ponto de vista ambiental. Não acontece todo dia de termos a chance de pautar os trabalhos do G20. Temos que usar a oportunidade para avançar a nossa visão para um mundo mais integrado, próspero e generoso, que nos permita realizar as nossas aspirações como sociedade", declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A Trilha de Sherpas é composta por 15 grupos de trabalho, duas forças-tarefa (Para o Lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e Para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima) e uma Iniciativa sobre Bioeconomia. Na Financeira, os ministros da área e presidentes dos bancos centrais se encontram ao menos quatro vezes por ano (duas delas paralelamente às reuniões gerais do Banco Mundial e do FMI) e são sete grupos técnicos, além da Força-Tarefa Conjunta de Finanças e Saúde.

“Será uma ocasião ímpar para projetar uma imagem renovada do Brasil e apresentar uma visão de liderança em termos de cooperação internacional e no debate das grandes questões econômicas e sociais", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante a cerimônia de instalação da comissão organizadora do G20 no Brasil.

G20 SOCIAL – A sociedade civil também terá ampla participação nos debates ao longo da presidência brasileira. Os 12 grupos de engajamento do G20 Social terão uma página no site do G20 e realizarão eventos paralelos, que culminarão na Cúpula Social do G20, no Rio, às vésperas da Cúpula de Chefes de Estado e Governo, em novembro de 2024. "Nós queremos que a participação social seja um dos legados da Presidência do Brasil no G20, que, nunca antes na história da humanidade, terá uma participação tão intensa da sociedade nas decisões", explicou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo.

HISTÓRIA – O G20 foi criado em 1999, como uma forma de coordenação entre os países-membros no nível ministerial, após uma sequência de crises econômicas internacionais: a crise do México de 1994, a crise dos tigres asiáticos de 1997 (que atingiu especialmente Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul), a crise da Rússia de 1998 e, em menor medida, a desvalorização do Real em 1998/99.

Em 2008, no auge da crise causada pela quebra do banco Lehman Brothers, os países fizeram a primeira cúpula de chefes de Estado e governo do G20, em Washington (EUA). Nos dois anos seguintes, as cúpulas foram realizadas semestralmente: em Londres (Reino Unido) e Pittsburgh (EUA) em 2009, e em Toronto (Canadá) e Seul (Coreia do Sul) em 2010. A partir de Paris (França) em 2011, a cúpula passou a ser realizada anualmente, em cidade designada pelo país que ocupa a presidência.

Em 2024, o Brasil sediará a cúpula de chefes de Estado e governo do G20 pela primeira vez, no Rio de Janeiro. O país já organizou uma reunião no nível ministerial em 2008, em São Paulo.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/brasil-assume-a-presidencia-do-g20-nesta-sexta-feira

 

MPF pede afastamento do governador do Acre, denunciado por corrupção

Práticas ilícitas do governador Gladson de Lima Cameli teria causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos

Gladson de Lima Cameli
Gladson de Lima Cameli

247 - O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quinta-feira (30) o afastamento cautelar das funções públicas do governador do Acre, Gladson de Lima Cameli (PP), e demais agentes públicos, denunciados pelos crimes de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. 

Iniciadas em 2019, as práticas ilícitas descritas na denúncia teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. Além do governador, também foram denunciados a mulher de Cameli, dois irmãos do chefe do Poder Executivo, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas” no esquema.

A denúncia foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está restrita a um dos fatos apurados na Operação Ptolomeu: irregularidades envolvendo a contratação fraudulenta da empresa Murano Construções LTDA, que teria recebido R$ 18 milhões dos cofres públicos para a realização de obras de engenharia viária e de edificação. 

A empresa Murano não tem nenhuma estrutura empresarial no Acre. Além disso, para os investigadores, a burla à licitação está amplamente configurada. 

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/mpf-pede-afastamento-do-governador-do-acre-denunciado-por-corrupcao

 

No Oriente Médio, Lula coloca o Brasil entre os gigantes do petróleo da OPEP+

    Lula e Mohammed bin Salman | Logo da Opep
  • Lula e Mohammed bin Salman | Logo da Opep (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonhard Foeger)

Decisão de aderir ao cartel amplia a presença do Brasil no mercado de petróleo mundial

247 – O Brasil ingressará em janeiro de 2024 na versão ampliada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), garantiu à agência Sputnik uma fonte pertencente a uma das delegações do grupo, nesta quinta-feira (30).

A decisão vem após a visita oficial do presidente Lula a Riade, Arábia Saudita, que já havia sondado o governo brasileiro sobre a adesão do Brasil ao cartel que controla 40% da produção mundial de petróleo.

Em setembro, Lula afirmou que a adesão do Brasil ao grupo dependeria “da circunstância política”. Na recente visita à Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, Lula conversou com o príncipe herdeiro  Mohammed bin Salman, sobre o potencial das exportações brasileiras.

Desde 2017, o Brasil se destaca como o maior produtor de petróleo da América Latina, segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE).

Ao longo dos últimos seis anos, o país continuou ampliando sua produção petrolífera, alcançando uma marca de 3,8 milhões de barris diários em 2022. Esse aumento significativo posicionou o Brasil como o oitavo maior produtor de petróleo do mundo.

A produção também cresceu desde que Lula assumiu o poder, em janeiro deste ano. A Petrobrás divulgou em outubro que bateu o recorde trimestral de produção operada de óleo e gás no terceiro trimestre de 2023.

Além do resultado trimestral ter sido o melhor da história da Petrobrás, também houve recorde mensal de produção operada em setembro, com 4,1 milhões de barris de óleo equivalente (boe), 6,8% superior a agosto. Nesse mesmo mês, o montante de óleo equivalente operado somente no pré-sal foi de 3,43 milhões de barris, quantidade que também foi recorde.

No âmbito desse crescimento expressivo da indústria petrolífera brasileira, a AIE estima que a produção global de petróleo crescerá 5,8 milhões de barris por dia até 2028. Desse aumento, aproximadamente 25% será proveniente da América Latina.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/no-oriente-medio-lula-coloca-o-brasil-entre-os-gigantes-do-petroleo-da-opep

 

Lula encerra visita à Arábia Saudita com fortalecimento das relações bilaterais

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Lula participou nesta quarta (29) da Sessão de encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita depois de dois dias de visita ao país.A nova agenda internacional do presidente Lula…

presidente Lula participou nesta quarta (29) da Sessão de encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita depois de dois dias de visita ao país.A nova agenda internacional do presidente Lula amplia a política de atrair investimentos para promover o desenvolvimento e gerar empregos no país.

“Nós estamos visitando outros países no mundo para construir parcerias. Não apenas para saber quanto a Árabia Saudita pode investir no Brasil, mas também quanto os brasileiros podem investir na Arábia Saudita. É esse novo jeito de fazer política externa que pode mudar a geografia do comércio mundial”, disse Lula em seu discurso.

Na terça-feira (28), em seu primeiro dia de visita a países do Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o Príncipe Herdeiro e Primeiro-Ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Os dois discutiram o fortalecimento das relações bilaterais, investimentos nas duas direções e oportunidades para empresas nacionais no país árabe.

Veja a íntegra do discurso do presidente Lula no link abaixo

 https://youtu.be/5-8syG-p2x8

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Um dos pontos da conversa foi o investimento de US$10 bilhões que o Fundo Soberano Saudita planeja aplicar no Brasil. Desse montante, US$ 9 bilhões estão previstos para os próximos sete anos. No leque de possibilidades, projetos na área de energia limpa, hidrogênio verde, defesa, ciência e tecnologia, agropecuária e aportes em infraestrutura conectados ao Novo PAC.

No encontro em Riad, capital saudita, o presidente Lula mencionou a reaproximação do Brasil com os países árabes e destacou o potencial do Brasil para a transição energética e ações de combate à crise climática. Ele antecipou ao príncipe que o Brasil vai apresentar na COP-28, em Dubai, avanços no controle do desmatamento e ações conectadas à preservação e proteção das florestas tropicais.

Sustentabilidade e protagonismo internacional

A Arábia Saudita tem objetivos de sustentabilidade que envolvem a produção de 90 GW de energia limpa, até 2030, tanto dentro quanto fora do país. O Brasil é um dos países com maior potencial para receber investimentos com esse fim, em energias renováveis, como o hidrogênio verde.

Mohammed bin Salman mencionou a posição de Brasil e Arábia Saudita como líderes econômicos de suas regiões e sinalizou que esse é um indicativo de que uma parceria mais forte e estratégica entre os dois países será interessante para todos os lados.

Os dois líderes projetam que as transações comerciais entre os dois países, que já somam 50 anos, possam saltar dos atuais US$ 8 bilhões para US$ 20 bilhões até 2030.

Eles falaram sobre o protagonismo internacional do Brasil. O príncipe herdeiro mencionou a importância estratégica da Presidência brasileira do G-20, que se inicia em dezembro. Mohammed bin Salman também ressaltou a entrada da Arábia Saudita no BRICS, e afirmou que o país tem interesse em ter uma participação ativa no banco do bloco, o NDB.

Convidado pelo presidente Lula, o líder saudita também demonstrou interesse em visitar o Brasil e conhecer, especialmente, a Amazônia. Ele fez referência ao fato de o Brasil ser um país pacífico e com manifestações culturais muito apreciadas em seu país, além do futebol.

Os dois líderes e suas respectivas comitivas também manifestaram interesse na construção de um Conselho bilateral, em nível ministerial, que se reúna períodicamente para promover o aprofundamento das relações econômicas e politicas entre os dois países.

Embraer

Como um dos resultados da missão do governo do presidente Luiz Inacio Lula da Silva à Arábia Saudita, a Embraer assinou três acordos de cooperação com o governo e empresas daquele país, nas áreas de aviação civil; defesa e segurança; e mobilidade aérea urbana.

Estes acordos permitirão à empresa estabelecer diversas linhas de colaboração e iniciativas conjuntas, públicas e privadas, expandindo oportunidades de investimento e parcerias com a indústria local, além de incrementar exportações a partir do Brasil.

Os acordos a serem assinados pela Embraer na Arábia Saudita são:

1. Memorando de entendimento de Cooperação e Parcerias com o Governo saudita (Ministério de Investimento da Arábia Saudita e o GACA – Autoridade Aeronáutica saudita);

2. Memorando de entendimento com a SAMI – empresa saudita de Defesa e;

3. Memorando de entendimento da EVE, o “carro voador”, com a FlyNas, sobre operações de taxi aéreo naquele país.

Os acordos em questão serão anunciados por ocasião do Seminário Embraer, realizado na tarde desta quarta-feira 29 (manhã no horário de Brasília), cuja abertura será realizada pelo Presidente da República.

Da Redação da Agência PT com Gov.br

Fonte:  https://ptnacamara.org.br/lula-encerra-visita-a-arabia-saudita-com-fortalecimento-das-relacoes-bilaterais/

 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

"Estamos construindo uma verdadeira parceria com a Arábia Saudita", diz Lula

"Não se trata apenas de saber quanto os fundos sauditas investirão no Brasil, mas também o que as empresas brasileiras investirão na Arábia Saudita", afirmou o presidente


247 - Ao lado de autoridades árabes, ministros, empresários e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente Lula participou da sessão de encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita nesta quarta-feira (29) e ressaltou o legado positivo do encontro: "Estamos construindo uma verdadeira parceria com a Arábia Saudita". >>> Embraer firma acordos de cooperação e investimentos na Arábia Saudita

“É esse tipo de  parceria que queremos. Que a gente gere emprego no Brasil, mas também gere emprego na Arábia Saudita. Não se trata apenas de saber quanto os fundos sauditas investirão no Brasil, mas também o que as empresas brasileiras investirão na Arábia Saudita. Que os nossos ministros e empresários não parem nessa reunião, essa reunião é apenas a primeira de outras dezenas", defendeu Lula. 

"Que nossos empresários discutam investimentos cruzados para, por exemplo, produzir fertilizante e dar uma garantia ao mundo com a incerteza causada pela guerra da Ucrânia”, acrescentou o presidente.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/estamos-construindo-uma-verdadeira-parceria-com-a-arabia-saudita-diz-lula

 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

"Globo joga mais uma vez contra o Brasil", diz Gleisi, sobre o ataque do grupo de mídia à Petrobras

Jornal contesta investimentos da empresa em refinarias e presidente do PT aponta interesse em preços altos e dividendos exagerados

(Foto: ABR | Reprodução)

247 – A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR), bateu duro no editorial do jornal O Globo que condenou os investimentos previstos pela Petrobras em refino com a finalidade de garantir o abastecimento e preços menores no mercado brasileiro. "O Globo joga mais uma vez contra o Brasil ao condenar investimentos da Petrobras em refinarias de petróleo. Quer o país dependente do mercado externo comprando gasolina em dólar, gerando lucro lá fora e cobrando combustível caro aqui e ainda manter os altíssimos dividendos para acionistas privados? Só assim pra explicar a reação aos investimentos previstos. O complexo de vira-latas não passa", escreveu a parlamentar. Saiba mais:

 

O Globo joga mais uma vez contra o Brasil ao condenar investimentos da Petrobras em refinarias de petróleo. Quer o país dependente do mercado externo comprando gasolina em dólar, gerando lucro lá fora e cobrando combustível caro aqui e ainda manter os altíssimos dividendos para acionistas privados? Só assim pra explicar a reação aos investimentos previstos. O complexo de vira latas não passa.

O jornal O Globo, que, historicamente, atuou contra a Petrobrás e a independência energética do Brasil, mostrou coerência nesta segunda-feira, ao, mais uma vez, publicar editorial contrário aos interesses nacionais. Num dos trechos do texto, o jornal se posiciona contra investimentos da empresa em refinarias – o que permitiria maior abastecimento e controle sobre os preços de derivados no mercado interno.

"Além dos projetos do PAC, estão lá US$ 16 bilhões destinados a refino, área que a estatal vinha abandonando com a privatização de refinarias, necessária para trazer competição ao mercado brasileiro de combustível. Não apenas as privatizações foram suspensas, mas agora o refino deverá ser ampliado", aponta o texto.

O Globo também se posiciona contra a produção de sondas, navios e plataformas no Brasil, o que empregaria brasileiros e não trabalhadores e engenheiros de outros países. "Na visão do governo, a Petrobras, com seu poder de compra, também deve ser usada para financiar um programa de substituição de importações de navios e plataformas em alto-mar", aponta o editorialista. O texto deixa claro que o Globo seguirá pressionando o governo a manter altos dividendos para acionistas privados, preços elevados para a sociedade e baixos investimentos.

Fonte:  https://www.brasil247.com/midia/globo-joga-mais-uma-vez-contra-o-brasil-diz-gleisi-sobre-o-ataque-do-grupo-de-midia-a-petrobras

 

Genocídio: ataques de Israel em Gaza mataram 16 mil palestinos

O número de feridos palestinos atingiu 35 mil

Faixa de Gaza Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Evelyn Hockstein)

247 – O número de mortos na Faixa de Gaza atingiu 16.000 desde o início do massacre israelense contra o povo palestino em 7 de outubro, e cerca de 35.000 pessoas ficaram feridas, disse a ministra da Saúde Palestina, Dra. Mai al-Kaila, nesta segunda-feira (27).

“O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 16.000, o número de feridos atingiu 35.000”, informou a ministra à Al Arabiya.

Em 7 de outubro, o movimento palestino Hamas lançou um surpreendente ataque em larga escala com foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza e violou a fronteira, matando e sequestrando pessoas. Israel lançou ataques retaliatórios e ordenou um bloqueio completo de Gaza, cortando o fornecimento de água, comida e combustível. Em 27 de outubro, Israel lançou uma grande incursão terrestre na Faixa de Gaza.

Na semana passada, o Catar intermediou um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua de quatro dias e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Nesta segunda-feira, o Catar confirmou que um acordo foi alcançado entre Israel e o Hamas para a extensão de dois dias da trégua humanitária na Faixa de Gaza.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/genocidio-ataques-de-israel-em-gaza-mataram-16-mil-palestinos

 

Bolos de dinheiro e conversas abertas sobre compra de votos: as provas da PF contra André Fufuca, ministro indicado pelo centrão

Indicado pelo PP para o Ministério do Esporte, André Fufuca é investigado pela PF no Maranhão por compra de votos na eleição de 2018, quando foi reeleito deputado federal

André Fufuca
André Fufuca (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Mateus Coutinho, Brasil de Fato - Indicado do PP para o Ministério do Esporte do governo Lula em meio a uma pressão do presidente da Câmara Arthur Lira (AL) e do centrão para aumentar o espaço na Esplanada dos Ministérios, André Fufuca é investigado pela Polícia Federal (PF) no Maranhão por compra de votos na eleição de 2018, quando foi reeleito deputado federal pelo partido no estado.

O Brasil de Fato teve acesso ao inquérito, que a PF pediu para ser prorrogado por mais 90 dias no último dia 16 de novembro para poder ouvir mais oito pessoas que mantiveram contato com os suspeitos de comprar votos nas vésperas da eleição. Os documentos mostram, segundo a Polícia Federal, que anos antes de Fufuca cogitar virar ministro dos Esportes, já havia apoiador dele negociando chuteira de futebol em troca de voto.

Além disso, a investigação inclui um episódio envolvendo apoiadores do hoje ministro escondendo sacola de dinheiro em um bueiro ao ver os agentes da PF chegando ao local onde estaria ocorrendo a compra de votos, e até foto de um empresário com uma montanha de dinheiro a dois dias da eleição em 2018. No dia seguinte, o mesmo empresário, que tinha contato direto com Fufuca, indicou em troca de mensagens que o então candidato teria "soltado dinheiro".

Procurado sobre o episódio, o Ministério do Esporte informou que "o ministro André Fufuca não compactua com qualquer ato ilícito, não é responsável por ação de terceiros e confia que a justiça vai esclarecer todos os fatos".

'Bolos de dinheiro na churrascaria' - A investigação que envolve o hoje ministro dos Esportes começou em Santa Luzia, município do interior do Maranhão com população de 57 mil habitantes, localizado a cerca de 300 km da capital São Luis. Naquele ano, Fufuca foi o segundo candidato a deputado federal mais votado no município, com 4.325 votos. Considerando sua votação total em 2018, a cidade foi a quinta onde ele mais obteve apoio.

Mas segundo a investigação da Polícia Federal, o bom desempenho pode estar ligado à compra de votos.

As suspeitas surgiram durante uma ronda de rotina da Polícia Federal na noite antes do primeiro turno das eleições daquele ano, em 6 de outubro de 2018. Na ocasião, a equipe que estava na cidade recebeu denúncia feita por um morador ao delegado da Polícia Civil local de que apoiadores de André Fufuca estariam aglomerados em uma churrascaria com bolos de dinheiro para comprar votos.

A equipe da Polícia Federal, então, foi até duas churrascarias do município e, em uma delas, encontrou uma aglomeração de carros com adesivos da campanha de Fufuca e apoiadores do deputado. No local, também estava o vice-prefeito do município, Juscelino da Cruz Filgueira Junior, com um maço de dinheiro na mão que, segundo ele, seria de apostas.

"Num primeiro momento, houve perfeita coincidência entre a aglomeração de pessoas vinculadas à campanha do Deputado Federal André Fufuca numa churrascaria, conforme narrado na denúncia, contudo não havia naquele momento, elementos suficientes para a caracterização de crime eleitoral", afirmou o delegado Wedson Cajé Lopes no relatório que encaminhou à Justiça Eleitoral para pedir a abertura do inquérito.

Sacola de dinheiro no bueiro - Os policiais, então, seguiram nas buscas e, utilizando um veículo descaracterizado, encontraram uma casa às margens de uma rodovia que dá acesso à cidade. Lá, se depararam com o movimento de cinco veículos com adesivos de Fufuca e pessoas entrando e saindo da residência. Foi acionada, então, uma viatura da PF que estava fazendo ronda. Quando ela chegou ao local, foram identificados três suspeitos que estavam guardando em uma caminhonete em frente à residência uma caixa com material de campanha de Fufuca.

Um deles chegou a esconder um saco de dinheiro em um bueiro próximo ao ver a PF se aproximando. O material, porém, acabou sendo descoberto pelos agentes, que revistaram também a caminhonete. Na sacola, estavam R$ 5.850 em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 e, na caminhonete, estava uma caixa de papelão com santinhos de Fufuca que foi apreendida junto com o dinheiro e os celulares dos três suspeitos.

A dona da casa, Vanda Maria da Silva, por sua vez, afirmou aos policiais que as pessoas que foram a sua residência eram amigos que estariam lá pelo seu aniversário. A PF solicitou o documento de identidade dela e viu que o aniversário era em maio. Confrontada com a informação, ela pediu desculpas pela mentira e os agentes decidiram levar os três homens suspeitos para depor. Como não havia delegacia da PF na cidade, eles foram todos levados para o fórum da Justiça estadual no município, que estava funcionando como um cartório itinerante da Justiça Eleitoral naquele período de eleição.

Lá, os três suspeitos prestaram depoimento: um empresário do ramo de eventos, Marcus Vinicius Oliveira Sales, um dono de uma loja de carros, Francisco Vieira da Silva, e seu filho, Caio Rubens Vieira da Silva. De acordo com prestação de contas da campanha de Fufuca à Justiça Eleitoral, nenhum deles trabalhou para a campanha do então deputado naquele ano e somente Caio trabalhou, oficialmente, na campanha de Fufuca em 2022, serviço pelo qual recebeu R$ 10 mil. Os depoimentos e os conteúdos encontrados no celular dos três indicam que eles teriam atuado sim para Fufuca e outros políticos em 2018.

Um dos depoimentos mais importantes foi o do empresário do ramo de eventos Marcus Vinícius Oliveira Sales, que é do município de Santa Inês, o mesmo onde nasceu Fufuca. Ele afirmou que o dinheiro apreendido era de sua atividade de "promotor de evento" para pagar bandas que teriam sido contratadas. Ele disse que havia recebido uma parte da verba, cerca de R$ 2,4 mil, de um secretário do município de Governador Newton Belo, também do interior do Maranhão, para pagar uma banda para um show que estaria previsto. Ele, porém, negou ter contrato com a prefeitura para o suposto show e disse que havia transferido o valor para a banda naquele mesmo dia.

Ele disse ainda que outra parte do valor, cerca de R$ 2 mil, eram referentes à "sangria de caixa" - retirada não programada - da venda de um outro show que iria acontecer. Na versão do empresário, a venda foi feita por uma farmácia que pertencia a sua sogra e que teria um caixa separado para a venda de ingressos do show. Ele afirmou ainda ter pedido para um outro suspeito, Caio Rubens Vieira da Silva, na época com 18 anos, esconder o pacote "porque tinha receio de que a Polícia pensasse que se tratava de valores para a compra de votos".

'To aqui em Santa Luzia atrás de voto' - Dos três suspeitos, foi no celular de Marcus Sales que a Polícia Federal encontrou o telefone de André Fufuca na agenda e até uma conversa direta entre ele e o então parlamentar, além de um conjunto de conversas com outros interlocutores em que o assunto compra de votos era tratado abertamente.

Na conversa com Fufuca pelo aplicativo Whatsapp em 12 de setembro daquele ano, registrada no relatório da Polícia Federal, Marcus Sales pede "material de divulgação" ao parlamentar e afirma que gostaria de uma "ajuda" do deputado para um bloco dele, no município de Santa Inês, no ano seguinte: "Bom dia André, manda ai as artes suas amigo. Eu não quero nada de você, nem se preocupe, só quero que ano que vem você me ajude no meu bloco em Santa Inês. Em janeiro".

Fufuca responde: "Vou mandar amigo. Quer quais?". "Todas, pode mandar ai pra ficar postando", responde o empresário que é seguido pelo deputado concordando com o pedido "Blz(sic). Obrigado".

"Fazer um adesivaço (sic) aqui seria bom também. Mas vamos pra cima que vai dar certo", seguiu o empresário, que tem uma firma de realização de eventos e não aparece nas prestações de conta de campanha de Fufuca, seja em 2018 ou em 2022.

No dia 6 de outubro, um dia antes do primeiro turno da eleição naquele ano, Marcus Sales encaminha um print de fotos para o deputado e afirma: "Bora espocar(sic) essas urnas". A mensagem foi encaminhada às 16h47 e ficou sem resposta.

Mas às 22h34 daquele dia, Fufuca encaminha a seguinte mensagem para o empresário: "Amanhã conto com seu empenho, vamos a vitória, com fé em deus". Sales, que em pouco tempo depois iria ser abordado pela PF respondeu: "Tamo junto. To aqui em Santa Luzia com Ló atrás de voto". "Ló" era o apelido de Francisco Vieira, que foi flagrado pela PF junto com Caio e Marcus.

'Conferindo dinheiro pra comprar voto' - Em paralelo às conversas com o deputado que tentava a reeleição, a PF localizou uma série de mensagens, tanto em conversas individuais de Marcus com outros interlocutores, quanto em um grupo de Whatsapp intitulado "Os Lindos", usado por ele e outras pessoas que a PF está buscando identificar, em que a compra de votos é tratada abertamente.

No grupo "Os Lindos" um interlocutor identificado na agenda de Marcus como "Bruno" chega a enviar, no dia 5 de outubro, uma foto do empresário em uma mesa com um bolo de dinheiro e fala sobre compra de votos. "Foto iá vazou sio(si). Taxinha conferindo dinheiro pra comprar voto". Ao que Marcus comenta: "Tem ali que foi 100 mil". Para a PF "Taxinha" seria um dos apelidos dados a Marcus Sales pelo grupo.

A reportagem entrou em contato com o telefone do interlocutor identificado somente como Bruno. Uma pessoa que se identificou como Bruno atendeu, disse que conhece Marcus Sales e, ao ser confrontado com as mensagens presentes no relatório da PF, disse que se tratou de uma brincadeira. "Você acha que se fosse sério iríamos compartilhar?". A "brincadeira" toda ocorreu a dois dias do primeiro turno das eleições naquele ano.

A conversas polêmicas seguiram no dia seguinte, dentro do grupo e em trocas de mensagens com outros interlocutores. Às 16h49 do dia 6 de outubro, véspera da votação, Marcus Sales tem uma conversa direta no Whatsapp somente com outro interlocutor, identificado na agenda como "Careca": "André Fufuca vai espocar (sic) essas urnas. O homem tá com o doido (sic)", afirma Sales, ao que Careca responde com uma pergunta: "Soltou o dinheiro?". E a resposta de Sales é curta: "Demais".

Na sequência, Careca ainda comenta: "Josimar também deve ter soltado. Comprando votos por ai". A PF não faz nenhuma análise específica sobre o nome de Josimar, mas, naquele ano, o deputado federal eleito com mais votos no estado do Maranhão foi Josimar Maranhãozinho, na época do PR e atualmente filiado ao PL e que responde a outros inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Formalmente o parlamentar não aparece como investigado neste inquérito da PF sobre compra de votos e, procurada, a defesa de Josimar informou que o parlamentar "desconhece completamente os fatos e as pessoas mencionadas".

Naquele mesmo dia, o grupo "Os Lindos" seguiu com conversas sobre compra de votos. As 10h13 da manhã, Marcus Sales encaminha uma foto segurando um santinho de Fufuca, ao que Careca responde comentando com uma mensagem de áudio: "MS hoje compra voto pra Fufuca". O relatório da PF não explica como continua a conversa.

Mais tarde, às 18h45 daquele dia, pouco tempo antes de Marcus Sales pedir para Caio esconder um saco de dinheiro em um bueiro, Careca pergunta no grupo: "Já comprou uns 100 primo?". De acordo com a PF, na conversa não fica claro para quem do grupo seria a pergunta, mas às 18h46 Marcus Sales escreve que está em Santa Luzia e comenta: "Sair daqui com mais de 100 votin (sic)".

Às 18h47, Bruno comenta no grupo: "Felipe soltou 1 milhão na mão do Fofão. Agora o omi se elege". A mensagem não deixa claro a quem ele se refere, e, questionado por telefone pela reportagem sobre essa frase, Bruno encerrou a chamada.

Na sequência, naquele mesmo dia, Marcus comenta: "Careca, voto casado aqui o povo quer 100. Tá difícil". A reportagem entrou em contato com o telefone registrado em nome de Careca na agenda de Marcus. Uma mulher identificada como Cléo atendeu e disse que não conhecia ninguém com esse nome.

'Cai atrás aí de uns 'votinho véio' de 30 conto, de 20, de 50' - Em outra conversa, ocorrida no dia 4 de outubro diretamente com um interlocutor identificado como Caio Ló por meio de mensagens de áudio no Whatsapp, Marcus fala abertamente em sair distribuindo dinheiro nas vésperas da votação. E pede apoio para Caio Ló, que se compromete a ajudar.

"Ei macho. Tu tem que vim pra 'nóis' ir pedir voto... voto pra ANDRÉ FUFUCA. 'Nóis' tem é que cair no campo. Deixa o dinheiro aqui pra 'nóis'. Pra 'nóis'... lá do escritório 'nóis' sai distribuindo", diz o áudio, segundo a transcrição da Polícia Federal. Abaixo, a íntegra da conversa transcrita pela PF:

No dia 6 de outubro, os dois seguem conversando por áudios de Whatsapp e Marcus pede uma transferência de R$ 5 mil para Caio Ló. Em troca, ele repassaria a quantia em espécie para o interlocutor.

"Já no dia 06/10 2018, véspera das eleições, Marcus pergunta para Caio Ló se ele consegue realizar uma transferência de R$ 5 mil e Marcus daria em 'espécie' para Caio Ló. Caio Ló pede para Marcus ir até ele", afirma a PF no relatório sobre as conversas, sem mostrar a transcrição.

A reportagem tentou contato com o telefone do interlocutor de Marcus identificado como Caio Ló, mas ele não atendeu e nem respondeu à mensagem pelo Whatsapp. O Brasil de Fato também tentou ligar para Marcus Sales, mas ele tampouco atendeu ou respondeu às mensagens de Whatsapp.

Procurado, o advogado Willey Azevedo, que representa Francisco Vieira e seu filho Caio Vieira, afirmou que todas as provas produzidas pela Polícia Federal seriam irregulares, pois os celulares foram apreendidos sem ordem judicial, e que todas as ilicitudes da ação da PF seriam questionadas no momento oportuno.

O delegado da PF responsável pela abertura do inquérito em 2018, Wedson Cajé Lopes, tomou os depoimentos no fim da noite do dia 6 e, no dia 7 de outubro, encaminhou toda a documentação e um relatório à juíza eleitoral, que autorizou no mesmo dia a abertura do inquérito e a quebra de sigilo dos aparelhos que foram apreendidos.

O caso se arrasta na Polícia Federal do Maranhão desde então. Apesar do grande volume de informações identificado, a PF ainda aguarda o retorno de companhias telefônicas para identificar alguns dos interlocutores dos diálogos encontrados nos celulares e precisa ouvir mais pessoas que aparecem nos diálogos aqui citados e em outras conversas suspeitas. Até o momento, pelo que consta nos autos, Fufuca não foi chamado para depor sobre o episódio.

O crime de compra de votos tem uma prescrição de oito anos, portanto, em tese o caso poderia prescrever em 2026. Entretanto, se o Ministério Público considerar haver provas suficientes e apresentar uma denúncia antes, o prazo para contagem do tempo de prescrição para de contar.

Segundo apurou a reportagem, como não há uma delegacia da PF na cidade de Santa Luzia, toda apuração é conduzida por policiais que ficam na sede da superintendência da Polícia Federal no Maranhão, localizada na capital São Luiz, a cerca de 300 quilômetros de Santa Luzia. A distância acaba se tornando um obstáculo para uma apuração rápida sobre o caso, pois eventuais diligências que a polícia tenha que fazer na região envolvem o deslocamento de agentes para a cidade, com pagamento de diárias para um caso que é mais um entre vários outros em apuração pela equipe.

Da mesma forma, a perícia do conteúdo que estava nos aparelhos celulares tampouco foi feita na cidade de Santa Luzia. No caso do celular de Marcus Sales, onde foi encontrada a maior parte das informações de interesse da PF, o relatório com a análise do conteúdo, cujos trechos foram usados nesta reportagem, só foi concluído em setembro de 2019, quase um ano após a operação.

Ainda assim, os autos indicam que o inquérito teria ficado parado entre 11 de agosto de 2021 e 24 de maio de 2022, período em que não foi juntada nenhuma informação nova pela PF nos autos.

Em janeiro deste ano, um novo delegado, chamado Diego Augusto Frota Alves, assumiu o caso e, no último dia 16 de novembro, pediu a prorrogação por mais 90 dias para ouvir ainda oito pessoas, incluindo o Careca, que aparece nas mensagens mencionadas nessa matéria.

Fonte:  https://www.brasil247.com/brasil/bolos-de-dinheiro-e-conversas-abertas-sobre-compra-de-votos-as-provas-da-pf-contra-andre-fufuca-ministro-indicado-pelo-centrao

 

Alcolumbre marca sabatina de Dino e Gonet no Senado para o mesmo dia

Expectativa é que a sabatina ocorra na quarta-feira (13) e os nomes sejam votados em plenário no dia seguinte

Davi Alcolumbre
Davi Alcolumbre (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O senador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP marcou para o dia 13 de dezembro as sabatinas de Flávio Dino, indicado para o Supremo Tribunal Federal, e Paulo Gonet, proposto como o novo procurador-geral da República. As indicações foram oficializadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (27).

Segundo a coluna da jornalista Camila Bonfim, do G1, Alcolumbre também designou os relatores para as duas indicações: o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), será responsável pela avaliação da indicação de Paulo Gonet, enquanto o aliado do indicado e do governo, Weverton (PDT-MA), ficará encarregado da indicação de Dino.

A realização de duas sabatinas no mesmo dia é incomum, considerando o tempo extenso geralmente dedicado a cada uma, envolvendo perguntas e respostas detalhadas. Contudo, após negociações políticas, Alcolumbre decidiu consolidar os compromissos em uma única quarta-feira.

Ainda conforme a reportagem, “a expectativa é de que os nomes sejam votados em plenário no dia seguinte, uma quinta-feira (14) – a menos que um novo acordo encurte as sabatinas e permita a votação ainda no dia 13.O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (27) que o Senado fará um esforço concentrado para analisar ainda em dezembro as duas indicações”.

Fonte:  https://www.brasil247.com/poder/alcolumbre-marca-sabatina-de-dino-e-gonet-no-senado-para-o-mesmo-dia

 

Contra o programa privatista de Tarcísio, categorias se unem e cruzam os braços nesta terça-feira

Metroviários, ferroviários, professores da rede estadual pública, trabalhadores da Sabesp e parte do funcionalismo público paulista paralisam suas atividades

Tarcisio de Freitas e Metrô de São Paulo Tarcisio de Freitas e Metrô de São Paulo (Foto: ABR | GOV SP)

247 – Metroviários, ferroviários, professores da rede estadual pública, trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e parte do funcionalismo público paulista, como os funcionários da Fundação Casa, paralisam suas atividades nesta terça-feira (28), desde à 0h, como protesto contra os planos de privatização das companhias executados pelo governador Tarcísio de Freitas.

A categoria dos metroviários propôs  ao governo três alternativas à greve, todas negadas: suspender a tramitação do projeto de privatização da Sabesp, um  plebiscito para a população votar sobre o tema, além  da catraca livre no momento da paralisação. 

Linhas do Metrô que NÃO operam:-Linha 1- Azul -Linha 2 – Verde -Linha 3 – Vermelha -Linha 15 – Prata
Operam:
-Linha 4 – Amarela -Linha 5 – Lilás

Linhas da CPTM que NÃO operam:
-Linha 7 – Rubi -Linha 10 – Turquesa -Linha 13 – Jade
Operam parcialmente:
-Linha 11 – Coral (por conta da greve, trens circulam com maior intervalo entre as estações Luz e Guaianazes)
Operam normalmente:
-Linha 8 – Diamante -Linha 9 – Esmeralda

De acordo com G1, Tarcísio de Freitas e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, decretaram ponto facultativo nesta terça em órgãos públicos da cidade. Além disso, o rodízio de veículos está suspenso nesta terça-feira. A Justiça do Trabalho determinou que funcionários do Metrô trabalhem com 80% da capacidade total nos horários de pico.

Tarcísio classificou a greve como “partidária” e exigiu que 4 mil policiais sigam para as estações de metrô.

Já os grevistas indicam perseguição. “O governador Tarcísio e o Metrô estão assediando os trabalhadores, violando o direito de greve. Enviando declarações e matérias que dizem que a greve é abusiva e ilegal. Ameaçando os trabalhadores de punição, inclusive, individualmente. Anunciando o deslocamento de 4 mil policiais militares para as linhas de metrô e trem. E agora enviando a todos os trabalhadores por e-mail uma lista de nomes convocados a trabalhar.  Não aceitaremos isso! Nossa luta é em defesa da população, que sofre com a privatização, os cortes, as falhas, as tarifas altas e a falta de luz”,diz um comunicado dos metroviários.

Muito lucro e pouca eficiência- Os repasses do Bilhete Único (BU), em 2022, foram quatro vezes maiores para as concessionárias do que para Metrô e CPTM. Responsável pela operação das linhas de trem 8-Diamante e 9-Esmeralda desde 2022, a ViaMobilidade, empresa do grupo CCR, é uma das que tem prioridade nos saques, revela reportagem do portal UOL.

No entanto, apesar do alto lucro, a concessionária tem sido alvo de muitas reclamações. Em um ano de operação foram registradas 166 falhas, entre trens que pararam nos trilhos, descarrilamentos e até uma trombada na estação Júlio Prestes.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/contra-o-programa-privatista-de-tarcisio-categorias-se-unem-e-cruzam-os-bracos-nesta-terca-feira

 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Confirmado: Lula indica Dino para o STF e Gonet para a PGR

A informação foi confirmada ao 247 e será anunciada pelo Palácio do Planalto antes da viagem do presidente Lula à Arábia Saudita

Lula, Flávio Dino e Paulo Gonet
Lula, Flávio Dino e Paulo Gonet (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABR | STF)

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Em seu lugar, assume como interino seu secretário-executivo Ricardo Cappelli, até a definição do novo ministro da Justiça.

Para a vaga de procurador-geral da República, o escolhido é o subprocurador-geral Paulo Gonet, que enfrentava resistências por parte de setores da esquerda, mas foi confirmado. As duas escolhas representam uma vitória de uma ala do Supremo Tribunal Federal liderada pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Tanto Dino como Gonet terão que ser sabatinados pelo Senado Federal.

Fonte:  https://www.brasil247.com/poder/confirmado-lula-indica-dino-para-o-stf-e-gonet-para-a-pgr

 

BNDES envia hoje ao Congresso projeto vital para a retomada da engenharia brasileira

Banco comandado por Aloizio Mercadante poderá voltar a financiar obras de construtoras brasileiras no exterior

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, durante posse do presidente do banco no Rio de Janeiro
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, durante posse do presidente do banco no Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

247 – Nesta segunda-feira (27), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva envia ao Congresso Nacional uma proposta legislativa com o objetivo de permitir que o BNDES volte a oferecer financiamentos para projetos de construção e serviços de empresas brasileiras em outros países, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Essa prática havia sido suspensa desde 2016, em decorrência da Lava Jato, que teve como um de seus objetivos centrais a destruição das grandes construtoras brasileiras.

O executivo José Luis Gordon, diretor do BNDES, afirma que o projeto do governo, em colaboração com o Tribunal de Contas da União, estabelece que não sejam concedidos financiamentos a entidades estrangeiras que estejam inadimplentes com o Brasil, a não ser que haja um acordo de renegociação da dívida.

Gordon ressalta que o objetivo principal do financiamento é apoiar as empresas brasileiras, promovendo emprego e renda no país, e não beneficiar diretamente as nações estrangeiras. O projeto também prevê a criação de filiais do BNDES no Brasil, inspirando-se nos Eximbanks de outras nações, e exige que as transações sigam as normas da OMC e da OCDE. Com este projeto, o governo busca reforçar sua política de neoindustrialização, ressaltando a necessidade de apoiar as empresas brasileiras no mercado global. Em entrevista recente à TV 247, Gordon defendeu esses financiamentos:

Fone:  https://www.brasil247.com/economia/bndes-envia-hoje-ao-congresso-projeto-vital-para-a-retomada-da-engenharia-brasileira

 

José Luis Gordon: o BNDES vai voltar a financiar a exportação de serviços

Futura chanceler da Argentina faz viagem secreta ao Brasil e se reúne com Mauro Vieira

Diana Mondino e Mauro Vieira

O encontro só foi divulgado depois da presença de Diana Mondino em Brasília. Futura ministra havia dito que o governo argentino pararia de interagir com o Brasil.Diana Mondino e Mauro Vieira (Foto: Divulgaçã/Embaixada da Argentina no Brasil)

247 – A futura chanceler argentina, Diana Mondino, desembarcou neste domingo em Brasília para se encontrar com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. A economista foi escolhida pelo presidente eleito do país, Javier Milei, para comandar o Ministério das Relações Exteriores a partir de sua posse, em 10 de dezembro.

A primeira viagem internacional de Mondino foi preparada em segredo nos últimos dias, com o objetivo principal de aparar arestas entre o governo Lula e o governo eleito da Argentina, e evitar um retrocesso na relação bilateral a partir da mudança de governo no país vizinho, informa Janaína Figueiredo, no jornal O Globo.

Dois dos principais articuladores da viagem foram o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, que estiveram presentes no encontro. Poucas pessoas souberam com antecipação que Mondino iria a Brasília, em meio a esforços diplomáticos e de colaboradores de Milei para que, além de conseguir uma primeira aproximação entre os dois governos, Lula possa reavaliar sua intenção de não presenciar a posse do presidente eleito da Argentina.

O governo brasileiro cogita não enviar nem o chanceler Mauro Vieira à posse, dependendo do tratamento que for dado a Bolsonaro, que Milei convidou para a posse.

A visita ocorre um dia antes da realização, em Brasília, de um fórum empresarial que contará com as principais câmaras industriais dos dois países, entre elas a Confederação Nacional da Industria (CNI) e a União Industrial Argentina (UIA). Existe temor entre empresários brasileiros e argentinos pelo futuro da relação, e a presença de Mondino em Brasília é um gesto que busca, nesse sentido, transmitir uma mensagem de tranquilidade.

No início da semana passada, quando questionada se o país promoveria as exportações e importações com ambos os países, Diana Mondino afirmou: “Vamos parar de interagir com os governos do Brasil e da China”.

O Brasil e a China são os dois principais parceiros comerciais da Argentina. No entanto, durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Javier Milei expressou críticas e lançou ataques aos dois países.

Na época, Milei disse que Lula era “comunista”, “ladrão” e “corrupto”, e não o encontraria se fosse eleito. O argentino convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para participar da cerimônia de posse, no dia 10 de dezembro.

O presidente eleito da Argentina também já afirmou que o Partido Comunista Chinês (PCC) é um “assassino” e que o povo da China “não era livre”.

Ainda não está claro se o presidente brasileiro — e seus assessores internacionais — mudará de opinião, mas a principal preocupação dos que promoveram a viagem de Mondino, e da própria futura chanceler, é que o vínculo bilateral seja preservado.

Semana passada, Milei declarou que, se Lula for à posse, “será bem recebido”. O problema, na visão de alguns assessores do presidente brasileiro, é a presença, já confirmada, do ex-presidente Jair Bolsonaro — que viajará com uma delegação expressiva e pretende passar alguns dias na capital argentina.

As primeiras conversas entre Scioli e a equipe de colaboradores de Milei ocorreram através de Guillermo Francos, futuro ministro do Interior do governo eleito. Os dois se conhecem há muitos anos e têm uma excelente relação. Francos transmitiu ao embaixador o desejo de Milei de ter uma boa relação com o governo Lula e conectou o embaixador com a futura chanceler. Na primeira conversa entre Mondino e Scioli surgiu a ideia de uma viagem da futura ministra a Brasília.

Encontro ocorreu em BrasíliaEncontro ocorreu em Brasília(Photo: Divulgação/Embaixada da Argentina no Brasil)Divulgação/Embaixada da Argentina no Brasil

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/futura-chanceler-da-argentina-faz-viagem-secreta-ao-brasil-e-se-reune-com-mauro-vieira

 

Lula visita Mohammed bin Salman em busca de parceria bilionária na área energética

Presidente embarca nesta tarde para a Arábia Saudita

Luiz Inácio Lula da Silva e Mohammed bin Salman al Saud
Luiz Inácio Lula da Silva e Mohammed bin Salman al Saud (Foto: Reuters)

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca hoje para a Arábia Saudita, onde se reunirá com Mohammed bin Salman (MbS), líder da Arábia Saudita, com foco em discussões sobre investimentos. Este encontro, segundo a mídia saudita Al Arabiya, pode marcar o início de uma parceria estratégica entre Brasil e Arábia Saudita. A visita de Lula também incluirá o Qatar, onde temas semelhantes serão abordados, segundo informa a coluna do jornalista Nelson de Sá.

A agenda da visita inclui discussões sobre a guerra, conforme relatado pelo Arab News, que cobriu a conversa preparatória entre os ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Arábia Saudita. O Gulf News, dos Emirados Árabes Unidos, destacou a recente cúpula dos Brics que abordou questões relacionadas à guerra, evento que contou com a participação de Lula e líderes de países convidados, incluindo Mohamed bin Zayed (MbZ) dos Emirados e MbS, que se posicionaram em defesa de um cessar-fogo e do estabelecimento de um Estado palestino.

A cobertura da Al Jazeera e do Arab News ressalta o fortalecimento das relações entre Brasília e Riad. Recentemente, o ministro saudita de Assuntos Islâmicos, Awaad bin Sabti Al-Anzi, esteve em São Paulo para a Conferência Internacional dos Muçulmanos da América Latina, onde destacou o apoio da Arábia Saudita à causa palestina. Além disso, o ministro saudita do Investimento, Khalid al-Falih, visitou São Paulo há dois meses, reforçando a ideia de que Brasil e Arábia Saudita estão bem posicionados para se tornarem parceiros estratégicos. Notícias relacionadas aos Emirados Árabes Unidos indicam que a Petrobras está em negociações com o fundo soberano de Abu Dhabi para recomprar parte da refinaria Landulpho Alves, na Bahia. 

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/lula-visita-mohammed-bin-salman-em-busca-de-parceria-bilionaria-na-area-energetica

 

domingo, 26 de novembro de 2023

Redução de resíduos, de energia e de água são ações adotadas por mais de 80% das indústrias instaladas no Brasil

Agência CNI - O setor industrial tem implementado diversas ações para contribuir com a sustentabilidade ambiental na linha de produção. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada com empresários de todo o país revela que nove em cada dez empresas industriais (89%) adotam medidas para reduzir a geração de resíduos sólidos. Já 86% têm ações para otimizar o consumo de energia, enquanto 83% implementam medidas para otimizar o uso de água.

Os três itens estão no topo de uma lista de nove ações elencadas no levantamento. Do total de indústrias respondentes, 36% adotam de 5 a 6 ações e 22% de 7 a 8. Apenas 3% das empresas industriais não desenvolvem nenhuma medida relacionada à sustentabilidade.

“A indústria brasileira já é parte da solução quando o assunto é sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas. Nós já fizemos, há muito tempo, o que muitos setores industriais de outros países estão correndo para fazer agora”, destaca Ricardo Alban, presidente da CNI. “A nossa indústria, principalmente aquela intensiva em uso de energia, como a do cimento, por exemplo, já fez esse dever de casa e temos muito para compartilhar com o mundo. As emissões de gases de efeito estufa dos fabricantes de cimento instalados no país são 10% menores do que a média mundial. No setor do alumínio, cerca de 60% de todo material consumido no país é reciclado”, exemplifica o dirigente.

>> Confira aqui entrevista com gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, sobre a pesquisa.

A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes em todas as unidades da Federação. O levantamento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre os dias 3 e 20 de novembro.

O que mais precisa ser feito para descarbonizar a produção industrial?

Apesar das medidas que vêm sendo adotadas pela indústria, ainda há muito a ser feito para que o Brasil avance em relação à redução das emissões de gases de efeito estufa e atinja as metas estabelecidas no Acordo de Paris. Quando perguntados sobre as ações prioritárias para que a indústria contribua com a descarbonização do país, os empresários elencaram a modernização de máquinas (27%), o uso de fontes de energias renováveis (23%) e investimento em tecnologias de baixo carbono (19%). Outras medidas citadas foram investimento em inovação (14%) e acesso a financiamento (10%).

E, para incrementar as ações sustentáveis, nos próximos dois anos, o principal foco de investimento dos empresários industriais é o uso de fontes renováveis de energia, citado por 42% dos entrevistados, seguido por modernização de máquinas (36%) e medidas para otimizar o consumo de energia, indicado como prioridade para 32% dos industriais.

A energia solar é a fonte renovável que desperta o maior interesse entre os empresários industriais. Na amostra geral, 75% dos entrevistados disseram ter muito ou algum interesse em adotar esse tipo de fonte energética. Em segundo lugar, aparece o hidrogênio verde ou de baixo carbono, com 19% e, em terceiro, a eólica, com 13%.

A pesquisa mostra, ainda, que 53% das indústrias já têm projetos ou ação voltados para o uso de fontes renováveis de energia. A fonte solar é a que concentra o foco dessas iniciativas, que responde por 91% delas. Biomassa (5%), eólica (3%) e hidrogênio de baixo carbono (1%) respondem pelas demais fontes sendo estudadas pelas empresas. 

“O Brasil se encontra na vanguarda da transição energética, com elevada participação de fontes renováveis na matriz energética, e segue em uma trajetória sustentável, ampliando e diversificando, cada vez mais, o uso dessas fontes limpas e renováveis”, afirma Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.

Financiamento e novas tecnologias verdes 

A necessidade de expansão do número de indústrias que conseguem acessar formas de financiamento para iniciativas sustentáveis é uma das necessidades apontadas pelo setor privado para impulsionar uma economia de baixo carbono, assim como a disseminação de tecnologias verdes.

Do total de entrevistados, 67% demonstraram interesse em acessar linhas de crédito com esse objetivo, mas nem todos concretizaram essa intenção. Apenas 16% buscaram algum incentivo de crédito público para projetos sustentáveis e 6% conseguiram. O crédito privado se mostrou mais acessível aos empresários: 24% buscaram e 15% conseguiram. Para 62%, o acesso ao financiamento para ações em sustentabilidade é considerado difícil ou muito difícil.

A dificuldade de crédito ou financiamento aparece como a terceira principal barreira para implantar ações de sustentabilidade (apontada por 22%), atrás apenas da falta de incentivo do governo (51%) e falta de cultura de sustentabilidade no mercado consumidor (39%).

Quanto à adoção de novas tecnologias para impulsionar a produção sustentável nas fábricas, 75% têm interesse em linhas de crédito para novas tecnologias verdes. Outros 66% disseram precisar de novas tecnologias de baixo carbono e 59% têm interesse em modernização de maquinário para atingir metas de descarbonização. Também nesse ponto, a atuação do poder público é considerada insuficiente: 88% acreditam que há falta de incentivo tributário para fazer esse tipo de mudança.

Mercado de carbono 

Além dessas medidas, no plano regulatório, a criação de um mercado regulado de carbono é apontada como um avanço necessário na agenda sustentável. Para 78% dos entrevistados, a lei que regulamenta a iniciativa, em discussão na Câmara dos Deputados, é considerada importante ou muito importante.

“O mercado regulado de carbono que contemple, por exemplo, a participação da indústria na governança e não considere sanções e penalidade desproporcionais, vai contribuir para que o país atinja as metas climáticas de longo prazo estabelecidas no Acordo de Paris. A iniciativa precisa ser entendida como uma medida complementar a outras agendas verdes, como a expansão das energias renováveis, o fortalecimento da política nacional de biocombustíveis e, principalmente, a redução do desmatamento ilegal”, destaca o diretor Muniz.

ÍNTEGRA DA PESQUISA

Fonte:  https://www.brasil247.com/reindustrializacao/reducao-de-residuos-de-energia-e-de-agua-sao-acoes-adotadas-por-mais-de-80-das-industrias-instaladas-no-brasil