O clima ainda é de bastante revolta entre eles por conta de uma agressão que uma das mulheres teria sofrido por parte do comandante do Ronda do Quarteirão. Uma viatura do Corpo de Bombeiros que foi chamada para atender uma ocorrências no local acabou ficando presa, sem condições de se deslocar por teve o s pneus esvaziados. Na tarde de sexta-feira, 30, no horário de 17h30, o quadro não demonstrava sinais de mudança, apesar do prefeito Veveu Arruda, ter ido ao local. Segundo testemunhas foi recebido com vaias.
Comenta-se entre os grevistas que ameaças de transferências já começam a surgir. Alguns deles já correm o risco de ser transferido para o batalhão de Juazeiro do Norte, distante, 620km de Sobral.
Em nota, a secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado divulgada agora há pouco, diz que:
O movimento que está ocorrendo em unidades da Polícia Militar do Ceará é flagrantemente inconstitucional e caracteriza o cometimento de crime militar infração militar por homens que prestaram juramento de honra de combater crimes e proteger permanentemente a sociedade cearense.
Os únicos representantes legais e legítimos dos interesses da Polícia Militar perante o Governo do Estado são o Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e o Comandante da Polícia Militar. Somente esses estão autorizados a discutir os problemas das Corporações com o Governo do Estado.
A única reivindicação formal encaminhada pelo atual Comando da Polícia Militar ao Governo do Estado foi a Lei de Organização Básica – LOB.
O Governo do Estado é ciente de que outras reivindicações deverão ser encaminhadas pelos representantes legais, dentro de um planejamento responsável.O Governo do Estado avaliará todas as reivindicações à medida em que forem apresentadas pelos representantes legais, com a certeza da importância da atividade militar.
O movimento ilegal que ocorre é, portanto, extremamente precipitado e fortemente prejudicial à sociedade, que fica à mercê do incremento de crimes, frente à omissão de homens que juraram protegê-la.
Não haverá, sob qualquer hipótese e condição, anistia àqueles militares que estejam descumprindo os seus deveres e juramentos.
O Governo do Estado tem a certeza de que a Polícia Militar se manterá na retidão que a caracteriza, convocando os militares estaduais a permanecerem na normalidade institucional.
O Governo do Estado tem ciência do dever de proteger a sociedade, e está adotando todas as medidas para que a ordem e a tranquilidade públicas sejam mantidas.
Sevilho Paiva – Corregedor-Geral de Disciplina